14 de abril de 2011

A Era da Inteligência

Animados pelo papel de apoio ao desenvolvimento de inovações que é feito pela CIAT, a nossa intenção com este comentário é apresentar uma breve introdução acerca da tencologia da inteligência combinada, ainda desconhecida, que vem para completar a nossa atual tecnologia da informação, e transformar o mundo em um paraíso para a humanidade. Depois da Era da Inteligência, que ora está se apresentando, a última era a ser atingida pela humanidade será a Era da Sabedoria, que virá naturalmente, mas só depois que a inteligência combinada filtrar as informações disponíveis da humanidade, e selecionar o conhecimento útil, que hoje está desarticulado e misturado em um gigantesco oceano de informações incoerentes, que não pára de crescer em velocidade cada vez maior, transformando os homens mais inteligêntes e sábios em meros ignorantes especializados.

Como já foi escrito neste mesmo blog, o desenvolvimento não é apenas o crescimento econômico doentio, que só visa o lucro e a mais-valia, mas principalmente o desenvolvimento social, caracterizado pela evolução das instituições e pelo progresso na qualidade de vida do seres humanos. Nos dias atuais os sociopatas e os psicopatas, aliados a seus servos, os hipócritas e os mentecaptos, ainda estão permeando e dominando todas as instituições do mundo, espalhando terror na humanidade, explorando os pobres, mergulhando-o na marginalidade, criando milhares de monstros ignorantes e criminosos sanguinários, que em conjunto fazem do nosso Planeta o inferno em que vivemos. Mas essa doença da humanidade não vai continuar por muito tempo porque os avanços da tecnologia estão chegando para acabar com a festa dos meliantes.

A primeira boa notícia já chegou! Ela veio com os mais recentes avanços da tecnologia médica, que permitem identificar os psicopatas e sociopatas através de exames do cérebro. Esses doentes mentais, que são os responsáveis por toda a maldade que existe no mundo, já podem ser facilmente detectados pelas anomalias das áreas cerebrais que trabalham com a emoções, permitindo que se criem novas leis, obrigando os ocupantes de cargos públicos a fazer esse exame para detectar a doença. Até hoje, apenas os pobres que pertencem a essas duas categorias de criminosos seriais são punidos e colocados nas prisões.

Apesar de já existir lei coibindo a sonegação, os abusos de poder, a perseguição, o asédio moral, a calúnia e a difamação, o boicote e a discriminação, essas leis são insuficientes e de pouco adiantam. Os psicopatas e sociopatas ricos e poderosos são intocáveis, porque são justamente eles estão no poder e se protegem uns aos outros, criando uma força maligna ameaçadora, que mantêm a todos que os cercam submissos e amedrontados, enquanto esses doentes perseguem a todos a quem eles invejam, e os raros que eles não conseguem dominar. Os comparsas subalternos, testemunham passivamente a ação dos picopatas, permitindo que os criminosos sigam prejudicando os raros cidadãos que têm caráter, incidindo no crime de omissão. Os omissos agem assim por covardia, ou por conveniência, para seguir compartilhando de vantagens e viver confortavelmente. Mas esses dois tipos de monstro que a medicina já pode identificar são apenas 4% do total da humanidade. Como vai ser possível identificar os submisos que aceitam o jogo dos psicopatas, os servos coniventes que também são inimigos da sociedade, os safados, os hipócritas, os mentecaptos, os desonestos, os ladrões, os corruptos, os caluniadores, os torturadores, os covardes, os pervesos, os egoístas e o tarados, que somados são em número muito maior?

A resposta para essa questão é justamente o aumento da inteligência combinada nas instituições, que vai poder detectar as incoerências geradas pelas mentiras e falsidades dos homens sem caráter, e permitir que eles sejam identificados, punidos e expurgados das instituições. Mas, afinal, o que isso tudo tem a ver com a CIAT e com o fortalecimento dos sistemas tributários?

Primeiro, a tecnologia atual já permite que as bases de dados sejam unificadas em bases de dados universais em todos os países, e todos vão compartilhar da mesma realidade minimizando as atuais assimetrias de informação. Segundo, todos os programas de computador no futuros serão dotados da capacidade de fazer a verificação de coerrência lógica em documentos de texto, exatamente como já podem fazer hoje com as bases numéricas, para cruzar informaçõe e apontar todas as incoerências. Os programas do futuro vão varrer as bases documentais em busca de incoerências, decobrir as irregularidades e facilitar o proceso de investigação, e pegar em flagrante todos esse criminosos menores que sangram os cofres públicos e causam inúmero malefícios para toda a sociedade.

Mas a identificação dos psicopatas e seus atos criminosos, e a identificação dos comparsas, é apenas a metade das tranformações que irão ocorrer em consequência do aumento da inteligência combinada nas instituições. A a outra metade é construtiva, e trará grandes benefícios para toda a humanidade e para o Planeta. A inteligência combinada vai permitir a recuperação do meio ambiente, porque vai evitar que milhares de decisões erradas do cotidiano das instituições públicas e privadas continuem a tranformar os investimento em mero consumo inútil, e os bens desperdiçados em lixo tóxico. A energia consumida com a fabricação de montanhas de bens desperdiçados em empreendimentos fracassados será poupada e dirigida para o conforto da humanidade. E toda a energia humana que é gasta com deslocamentos das pessoas desorientadas em busca de solução para seus problemas será melhor aproveitada em atividades úteis para garantir o sustento e o conforto das famílias.

Apesar de toda inovação ser algo desconhecido do público, é interessante saber o que os leitores desse blog pensam, e o que desejam saber, a respeito dessa nova tecnologia de inteligência combinada que pode transformar o mundo, bem como ela poderá ser adotada pela CIAT para potencializar todo os seu esforço em benefício da humanidade.

Estaremos sempre diponíveis para avançar no esclarecimento das questões sobre essa tecnologia, tanto em linguagem corrente para satisfazer a curiosidade dos leitores, quanto para estruturar uma análise profunda em linguagem científica, financeira e tecnológica com os especialistas e stakeholder da CIAT.

Saudações a todos,
COVA, Claydson Guimarães

O Gargalo Relacional

Com este comentário, que trata da evolução da tecnologia de bancos de dados, nós esperamos estar contribuindo com a discussão sobre a integração dos sistemas institucionais em cada país membro da CIAT.

O principal problema dos sistemas atuais é a dificuldade que eles apresentam para aumentar a inteligência institucional, que é imprescindível para cruzar informações e detectar fraudes fiscais. A conhecida planilha eletrônica de dados que ainda hoje está sendo usada, foi desenvolvida na década de sessenta, tendo como base os trabalhos do professor e matemático Igor Ansoff. Ela recebeu o nome de "Sistema de Planejamento Estratégico", porque integrava todos os cálculos de planejamento financeiro e contábil que eram usados para orientar a estratégia das empresas naquela época. A planilha eletrônica usa a Standard Query Language - SQL, uma linguagem padrão, que foi criada para operar somente com matrizes de dados uniformes (caracteres numéricos e literais da tabela ASCII que são gerados pelo teclado do comptador) .

A planilha de dados serviu de paradigma para a construção dos bancos de dados relacionais, SGBDs, que atingiram o máximo sucesso na década de oitenta, mas ainda estão sendo usados até hoje nos países menos desenvolvidos. A tecnologia relacional evoluiu rapido e facilitou a vida dos usuários corporativos. Mas em pouco tempo ela praticamente esgotou seus recursos diante das crescentes exigências de uso de “software” em rede, multimídia, multitarefa, multiusuário, e comunicação múltipla e simultânea em tempo real.

A tecnologia relacional foi superada pela tecnologia dos bancos de dados orientados ao objeto na década de 1990, na qual cada objeto é um registro que tem seus dados protegidos, e uma identidade única, tornando obsoletos os problemáticos números identificadores de registro. Essa nova tecnologia de “software”, inicialmente, não era usada nos grandes bancos de dados, porque gerava programas grandes e lentos, que exigiam muita memória para operar. Mas a evolução dos sistemas operacionais unix orientados ao objeto, a evolução permanente do “hardware”, o aumento da velocidade e barateamento de memórias eletrônicas, permitiram essa nova tecnologia superar os grandes problemas de engenharia de software dos anos 90, que os modelos relacionais não podiam resolver.

A crise dos bancos de dados relacionais ficou evidente com o uso das redes de microcomputadores e sistemas operacionais dotados de interface gráfica com múltiplas janelas, icones e botões, e recursos de "drag drop", que não podiam ser usados com aqueles programas antigos, baseados em interface "primitivas", deixando os usuários decepcionados. Pressionados pelas reclamações dos usuários das redes de microcomputadores, os grandes fabricantes de banco de dados relacional adotaram interfaces gráficas e foram criando novas rotinas para simular as operações orientadas ao objeto, porque precisavam preservar seus grande clientes corporativos. E assim, os antigos bancos de dados relacionais puderam resistir até os dias atuais.

Hoje, a tecnologia relacional pouco pode contribuir com o aumento da inteligência institucional, porque as associações entre os dados relacionais são construídas pelos analistas de sistemas na forma de rotinas de programação compiladas, usando a hermética linguagem de banco de dados para criar novas páginas de dados e tabelas de ponteiros, enquanto as associações orientadas ao objeto são feitas facilmente, e de forma transparente, porque usam associações que também são classes de objetos.(transparência em análise de sistemas significa tornar"invisível"; na área financeira e institucional, significa tornar “tudo” visível).

Usando sistemas orientados ao objeto os usuários finais podem gerar novas associações entre os objetos sem qualquer problema, diretamente na interface, usando o recursos das "templates", que permitem ao usuário final, por exemplo, criar um novo editor de textos "customizado", em poucos minutos, meramente escolhendo os componentes na tela, como se estivesse numa prateleira de supermercado.

A integração dos sistemas através de bases de dados universais é uma mudança inexorável nas instituições. O controle dos registros em diferentes instituições torna quase impossível a integração dos sistemas. O mesmo cidadão está registrado no departamento de trânsito, na receita federal, nos órgãos de identificação, nas forças armadas, no sistema de proteção ao crédito, na polícia federal, nos sistemas de pagamento, nos sistemas de controlde de pessoal, nos sistemas de previdência, nos sistemas bancários, na companhia telefônica, nos sistemas de patrimônio, nos quase inúmeros sistemas comerciais privados, nos órgãos da justiça etc. Como nem todos esses sistemas estão igualmente protegidos, a vida dos cidadãos e das pessoas jurídicas ficam a mercê dos inimigos, e dos profissionais invasores de sistemas, que estão décadas mais avançados em termos de tecnologia do que os "defensores dos sistemas", que são geralmente “micreiros”, empregados de nível médio, subalternos com pouca informação, e mal pagos.

Para obter a inadiável integração dos sistemas institucionais, a solução é adotar uma base de dados universal, que possa absorver as existentes, e sistemas de alta disponibilidade, para permitir o uso simultâneo de todas as instituições. Essa é uma simplificação drástica, que somente as base de dados puramente orientadas ao objeto podem oferecer, porque são constituídas de instâncias únicas de objetos de cada classe, com atributos únicos no ambiente virtual, cada uma delas correspondendo a um único objeto com identidade e existência no mundo real. A identidade única de cada objeto é um princípio fundamental da Lógica, e portanto, uma exigência básica para implementar a verificação de coerência lógica, sem a qual, não é possível construir sistemas realmente inteligentes.

Saudações a todos
COVA, Claydson Guimarães

Sistemas Nacionais de Inovação

Pesquisa científica é essencial para o progresso da humanidade. As nações desenvolvidas criaram sistemas cumulativos de informações científicas, que são compartilhados pelos setores acadêmico, governamental e privado, para alimentar suas usinas de idéias ou sistemas nacionais de inovação. Esses sistemas de inovação dispõem de agências de financiamento, e reúnem as universidades e seus laboratórios, os centros de pesquisa públicos e privados, e seus pesquisadores, para realizar estudos e gerar conhecimento e patentes. Além disso, promovem eventos e concursos acadêmicos, intercâmbio, publicações científicas e sistemas de pesquisa de grandes questões. A coisa toda funcionou muito bem, e a produção científica se multiplicou nos países ricos, aumentando ainda mais a distância entre eles e os países em desenvolvimento.

Falácia em Administração

Mesmo com dezenas de programas de mestrado e doutorado, eventos científicos e periódicos sobre Administração, no Brasil, a produção acadêmica brasileira em Administração é periférica, metodologicamente fraca, ignora os avanços mais recentes, e retorna modesta contribuição. Os acadêmicos estão desviando culpa para o processo de avaliação da CAPES, alegando que desperdiça talento, cria burocratas da pesquisa alienados do mundo real, que só pensam em ganhar “pontinhos” com publicações fáceis, mas ignoram os fenômenos a explicar e as questões práticas a resolver, etc. Porém, esse é apenas outro problema, e não é a causa principal desse fracasso.

A universidade pouco significa em termos de administração, porque está pelo menos vinte anos atrasada nesse assunto. A universidade não tem acesso ao mundo corporativo real, porque as empresas guardam “o verdadeiro segredo do sucesso” da concorrência, a verdade financeira do fisco, e os fatos reais da polícia. Tudo que elas revelam ao público é pura propaganda. Por outro lado, a pesquisa acadêmica em administração só estuda rotinas, e casos de fracasso ou sucesso em pequenos negócios. Os professores não têm experiência real em administração. Poucos professores conhecem a própria metodologia de estudo; raros conhecem metodologia científica, e apesar de falar muito no assunto, eles desenvolvem um grande temor pelo empresariado, desprezam o conhecimento dos profissionais experientes, e não dominam as atividades de estratégia, planejamento integrado, e gerência da criatividade, porque as próprias universidades vivem de vaidade, calúnia e difamação. Elas são defasadas e desestruturadas, porque são muito mal administradas.

A grande dificuldade da administração real está no dia-a-dia dentro da empresa. Pouco importa o conhecimento acadêmico teórico na tomada de decisão. Principalmente quando o dirigente de uma empresa ou instituição e depara com situações externas novas e desconhecidas. A decisão acadêmica em administração é uma "fantasia ideal", primeiro, porque a Ciência exige o conhecimento total do problema. Segundo, porque o cientista tem todo o tempo do mundo para pensar e resolver o problema. Terceiro, porque a universidade está distanciada da realidade. O mesmo não acontece com a tomada de decisão real, que ocorre em regime de assimetria de informação, tem prazo para se realizar, e dirigente tem que decidir de um jeito ou de outro para não perder as oportunidades. O mercado também não é igual a um fenômeno físico que sempre se repete numa relação de causa efeito. O mercado é um ser vivo, dinâmico, dotado de inteligência própria e crescente. Por isso, a realidade é mutável e nunca se repete da mesma forma. A tomada de decisão, no mundo real, requer informação atualizada da realidade, experiência, assessoria técnica, estratégia e sabedoria.

Sistemas Nacionais de Decisão

Do mesmo modo que nos países desenvolvidos foram criados os sistemas cumulativos de informações científicas para ajudar os cientistas e pesquisadores, e alimentar os sistemas nacionais de inovação, agora é preciso criar os “sistemas nacionais de informação da realidade”, igualmente compartilhado entre o estado, a universidade e o setor privado, que vai reduzir as assimetrias de informação e harmonizar as intervenções das instituições públicas e privadas, que em seu conjunto formam um corpo que poderia ser chamado de “Sistema nacional de decisão”.

Realidade única Compartilhada e Oportunidade

O fornecimento e gerenciamento da informação da realidade, aliado ao fornecimento de si temas de inteligência para tratar essa informação, constitui a grande oportunidade do momento para realizar grandes investimentos financeiros, seguros, permanentes e lucrativos. Este trabalho mostra apenas uma visão geral, sem revelar detalhes de como essa oportunidade pode se transformar em um projeto de investimento para fornecer bases de dados e comercializar sistemas de inteligência para corporações. Essa é uma discussão especializada, que envolve muito conhecimento, segredo de inovação, parcerias estratégicas com "stakeholders", e segredos de mercado, que não podem ser divulgados pela Internet.

Além de sempre poder usar a informação em primeira mão para realizar seus próprios investimentos, uma grande empresa empenhada com processamento da informação poderia também ganhar muito dinheiro e poder, direta e indiretamente, não apenas compartilhando essa informação como um produto para orientar milhares de outros investidores e clientes, mas também usar a mesma estrutura para comercializar melhor inúmeros produtos da área de tecnologia. Uma ou mais instituições internacionais poderiam se manter facilmente no mercado, reunindo e compartilhando as informações da realidade entre todos os interessados, porque informação de qualidade é um produto que realmente interessa a todos.

Porém, o simples fornecimento de informação em quantidade não é suficiente para alcançar um bom resultado, primeiro, porque muitos já fazem isso; segundo, porque já é fato muito conhecido que o excesso de informação pode confundir, e ser tão ruim quanto a falta de informação. Portanto, a decisão empresarial requer somente a informação essencial, objetiva e confiável. Assim, esse tipo de instituição só terá sucesso se puder organizar e sistematizar o conhecimento da realidade e, além de fornecer acesso aos dados da informação bruta, também puder facilitar a vida dos seus usuários, apresentando informação mais elaboradas, na forma de conclusões lógicas inquestionáveis. Além de fornecer um conjunto de possibilidades, também é útil apontar as impossibilidades, para restringir o espaço matemático das soluções e das ocorrências possíveis. A informação adequada vai facilitar o planejamento e acelerar a tomada de decisão nas instituições. O tempo de reação ao fatos novos da economia é um fator determinante para atuar de forma consistente no mercado.

O conhecimento da realidade global é um fator de grande importância nas grandes decisões de investimento. Qualquer projeto de investimento, mesmo que seja envolvendo atividade simples, como a produção de aves ou de frutas, não pode ser planejado de forma responsável sem levar em conta o conhecimento da realidade nos níveis local, regional, nacional e global.

A realidade é única para todos. Compartilhar as informações da realidade é do interesse de todas as instituições públicas e privadas e de toda as pessoas. Mas a realidade é conhecida de forma diferente em cada lugar. A fonte da informação local esta na própria localidade. Só quem está in loco pode conhecer profundamente a sua pro pia realidade. Quem está distante precisa de sistemas de informação confiáveis para conhecer a realidade de outros lugares de forma mais econômica.

Todas as localidades precisam divulgar a sua realidade local para obter ajuda financeira, realizar investimentos em parcerias e manter bem informados os investidores. Para isso, elas gastam com material de propaganda e divulgação, realizam eventos e festividades locais, e participam de grandes eventos, feiras e exposições nacionais e internacionais. A Internet é um recurso cada vez mais utilizado pelas comunidades locais para divulgar as suas virtudes. Milhares delas já tentam fazer isso, cada uma a seu próprio modo, mas nem sempre com a mesma qualidade. Assim, um sistema de informações da realidade nacional de cada país, que fosse amplamente compartilhado, poderia ser alimentado e atualizado com as informações fornecidas pelo seus próprios usuários, ou seja, as empresas, instituições públicas e privadas e cidadãos de cada localidade.

Finalmente, uma decisão que é tomada em um local pode levar ao colapso um empreendimento em outra localidade. Um sistema nacional de decisão, que promovesse uma harmonização de interesses, poderia encontrar soluções de consenso e transição para evitar que problemas dessa natureza ocorram, prejudicando a sociedade e a economia nacional como um todo.

Autor
COVA, Calydson Guimarães.

Trem Bala-perdida

Na esteira da tragédia de Realengo, a polêmica sobre armas de fogo renasce forte na mídia sensacionalista. Os especialistas discutem as providências do estado e os índices de criminalidade. No Congresso, vários políticos se aproveitaram da tragédia, num esforço para sair da sombra que foi criada pelo recente pronunciamento de Aécio Neves, que foi aparteado por uma grande lista de senadores. Logo em seguida, o País está sendo alvejado por um trem bala-perdida, que vai aniquilar de vez com a pobreza.
O Senado aprovou o projeto economicamente inviável do trem de alta velocidade, que será subsidiado eternamente pelos pobres. A justificativa da urgência deve ser o aumento das mortes por homicídio, combinado com o aumento da renda, com a qual os pobres estão engordando tanto, que precisam ser contidos pelo estado de calamidade, para a soma dos fenômenos não resultar em obesidade mórbida. A democracia é uma forma de governo de três lados. Dois são os lados de dentro, situação e oposição, que estão sempre brigando para se locupletar, e o lado de fora, a periferia marginalizada, que aplaude tudo sem entender nada, mas vai ter que pagar sorrindo todo o subsídio eterno do trem bala-perdida, que será construído meramente para ampliar a diversão dos ricos.

O criminoso do colégio carioca deixou pistas de que era um demente psicótico, mas os autores do projeto do trem bala, segundo o Senador Roberto Requião de Mello e Silva, não são psicóticos, são apenas assaltantes pecuniófilos descarados. As investigações revelaram que o jovem criminoso vinha apresentando sintomas de transtorno mental. Já os autores do projeto do trem bala demonstram insanidade quando alegam a urgência e a relevância do trem bala-perdida. Na busca de causas dessa tragédia, muitas teorias "científicas" são elaboradas, e a discussão se ramifica em vários caminhos teóricos, como: a facilidade de obter armas; o comportamento típico dos criminosos; à imitação irracional dos países ricos; a busca de fama e fortuna com grandes projetos genocidas; à influência dos jogos digitais violentos; o complexo de país subdesenvolvido; as relações e o acesso aos projetos criminosos via Internet, e finalmente o tratamento brutal das pessoas na infância e na juventude. Mas ninguém fala da infelicidade que é gerada por uma sociedade dominada por sociopatas, que é a verdadeira causa de todos os males. A miséria humana vai aumentar muito com os gastos absurdos e com o perene pagamento dos subsídios do trem bala-perdida, que retira dinheiro de todos os demais investimentos públicos para beneficiar poucos sociopatas que não sabem nem mais o que fazer com tanto dinheiro.

Na mídia, os psicopatas disfarçados de "cientistas", tentam induzir o seguinte "raciocínio" falacioso: "se o criminoso nessa tragédia tinha comportamento estranho e era doente mental, então todos os estranhos são doentes mentais e criminosos". Essa tese é falsa e perversa, porque tenta transformar os doentes mentais em criminosos. Os doentes mentais não são criminosos, porque eles não fazem projetos de trens bala-perdida para explorar eternamente a população ignorante. Deturpar a imagem dos doentes mentais é um ato perverso, irracional, é uma ação de extrema covardia. Essa proposição, assim como a proposta do trem bala-perdida, é uma ação típica de sociopatas insensíveis. Qualquer dia desses, esses extremistas vão dizer que os doentes mentais possuem até mentalidade com tendência política. Os sociopatas que dominam os países sem lei, sempre querem que as pessoas diferentes sejam prejulgadas e atacadas, tanto pelos medíocres, como pelas instituições policiais, unicamente por causa do comportamento potencialmente rebelde e antimonocrático. 

A repressão aos diferentes é uma atitude inconsciente, irracional, instintiva e normal, em quase todo o reino animal. Mas na sociedade humana esse instinto de perseguir os diferentes é uma doença cultural, que alimenta o racismo e todas as formas de preconceito e discriminação. Nenhum pobre vai poder viajar no trem bala-perdida sem o devido acompanhamento da vigilância sanitária. Toda agressão aos diferentes é uma atitude repressiva, que fere a liberdade de comportamento individual. Mas, esse comportamento covarde, caracterizado pela perseguição aos diferentes, causa muito prazer aos medíocres ignorantes, que fingem que se deixam enganar e manipular pelos sociopatas, para poder cometer ilícitos e maldades sem sentir remorso nem culpa nem medo, porque o mandante é o sociopata poderoso. Essa forma de sofrimento social é fruto direto da infelicidade eterna dos sociopatas, mas ela só se alastra tão facilmente na sociedade como uma cultura por causa da pouca inteligência, e pela maldade invejosa da felicidade alheia, que caracterizam os medíocres.

Assim, a tragédia do trem bala-perdida é uma grande festa para os sociopatas, porque vai garantir o aumento da pobreza e da miséria, e o sofrimento social vai praticamente se eternizar. A arte da política recomenda criar dificuldade para vender facilidade. Nesse contexto de sofrimento e revolta, os psicopatas vão usar sua maldade para conduzir as emoções dos ignorantes, e desviar o foco da atenção para longe da verdadeira causa da tragédias, que é a infelicidade humana. Na esteira da miséria que resultará dos gastos com o trem bala-perdida, os sociopatas ainda vão poder continuar lançando os medíocres sobre os incautos discordantes.

Os sociopatas são monstros irracionais insensíveis. Quando eles buscam cercear os direitos e liberdades individuais dos seres humanos, eles querem manter todas as pessoas tristes e infelizes, bebendo cerveja, vibrando com seu crack no futebol, e assistindo o gugu-faustão. A única mudança que esse malfadado projeto do trem bala-perdida trará para a sociedade, é que os pobres vão poder olhar e ser olhados, quando o trem bala-perdida blindado passar entre milhares de pobres em alta velocidade, conduzindo milhares de rostos sádicos, corados, sorridentes e perversos, sob uma chuva de balas traçantes de fuzil AR15.

Diante da complexidade do mundo moderno, os medíocres são, por consequência do hiato neuronial, pessoas infelizes, covardes e carentes. Por isso, eles tentam demonstrar coragem, poder e força, atacando e reprimindo os solitários, os intelectuais, os tímidos, os fracos, e todos que se comportam de forma diferente. A polícia sabe, e a invasão dos morros demonstra, que todo bandido é covarde. Portanto, agredir os fracos é apenas uma triste e desesperada busca de puxar o saco dos outros para amealhar algum afago do seu grupo bestial. O maior sonho do medíocre é ser convidado para se candidatar na política. Essa reação irracional contra os diferentes e os fracos é a causa do tão hoje tão falado "bulling", uma forma de crime que é praticado não apenas pelos jovens adolescentes durante a dança do acasalamento, mas por todas as faixas etárias da população, cada qual a seu próprio modo. Milhares de maridos pobres e bêbados ficaram viciados em espancar, e hoje praticam nas companheiras e filhos, depois de servir aos psicopatas torturadores da ditadura vergonhosa. Alguns se aperfeiçoaram tanto, que também enterram seus mortos no quintal de casa, e também vivem impunemente. 

Durante a ditadura vergonhosa muitos civis "certinhos" e bem vestidinhos, saíam de suas casas de "família", e iam gratuitamente participar de seções de torturas nas prisões, somente para se alimentar com o padecimento humano. Embora esses psicopatas da alta sociedade estejam agora privados assistir os espetáculos de tortura, que antes eram amplamente promovidos pela ditadura vergonhosa, eles ainda agora estão exercitando essa tara sádica nas instituições nacionais. O regime da crueldade explícita passou impune, mas eles continuam ativos, a maior diferença é, que agora, antes de iniciar a tortura, esses covardes precisam saber primeiro se não é alguém protegido, depois, é só observar as suas vítimas de perto para testar suas reações e identificar suas fraquezas, e finalmente realizar suas manobras doentias. Os psicopatas sempre se mostram certinhos para o público, mas quando estão no comando das instituições, externamente, eles praticam o tráfico de influência em busca de mais poder, e internamente, eles aproveitam para se realizar bestialmente, promovendo a cizânia, a calúnia, a difamação, o boicote, a perseguição, e o assédio sexual às mulheres e o assédio moral aos diferentes. 

Os psicopatas pensam que enganam facilmente os medíocres, porque esses idiotas não raciocinam, apenas repetem o que ouvem e imitam os outros. Além disso, eles são mentirosos, egoístas, medrosos e covardes, que se vendem muito barato. Por isso, o "projeto" inconstitucional do trem bala-perdida foi facilmente aprovado, apesar dos muitos que protestaram insatisfeitos com a divisão do dinheiro. A atividade social dos psicopatas esbarra justamente nas pessoas inteligentes, que entendem os fatos da realidade. As pessoas diferentes são difíceis de serem entendidas, porque os sociopatas são apenas especialistas em mediocridade. Por isso, os intelectuais, mesmo sem mentir nem esconder os fatos da vida, são sempre perigosos, enigmáticos, misteriosos para os psicopatas. O comportamento dos sábios é indecifrável para os sociopatas, porque esses monstros são guiados somente pelo egoísmo. Os psicopatas adoram os medíocres, porque estes são previsíveis e passivos, mas odeiam todos os rebeldes que reagem contra suas investidas doentias de dominação. Os medíocres não raciocinam, apenas tentam imitar os seus líderes, e agem por instinto. É por causa desse instinto irracional que as crianças diferentes estão sendo agredidas nas escolas pelos medíocres, e a multidão marginal está sendo vitimada pelos sociopatas com o projeto do trem bala-perdida.

O fato evidente, de que a grande maioria dos crimes, inclusive os mais bárbaros e sangrentos, são praticados por pessoas e aparentemente "normais", refuta a tese da ligação entre o comportamento diferente e comportamento criminoso. Os psicopatas apresentam, em público, um comportamento "politicamente correto". Os médicos psicólogos, psicanalistas e psiquiatras afirmam que é muito difícil reconhecer um psicopata apenas pelo seu comportamento. Os psicopatas e sociopatas são especialistas em imitar o comportamento considerado "certinho", e espelhar o comportamento dos medíocres, que é sempre o comportamento da moda. Os políticos que aprovaram o projeto do trem bala-perdida, são um exemplo disso, porque, rindo com sarcasmo da inerme oposição desesperada, eles se comportaram como qualquer pessoa vulgar. O discurso deles nunca vai exigir da parte dos torturadores da ditadura oculta nenhuma ação drástica de "diverticulite", mesmo porque, nenhum deles costuma ser aparteado com o mesmo vigor dos pronunciamentos do Senador Aécio neves.

O comportamento sempre "certinho" dos sociopatas não passa de fingimento para enganar os idiotas, para enganar os trouxas, enquanto eles aguardam a oportunidade para lançar seus próprios projetos de trem bala-perdida. Apenas a ansiedade pode prejudicar o sociopata em sua ação deletéria. Por exemplo, o "ex-reitor" que foi execrado por causa do encantamento causado pelo brilho no cinzeiro dourado, fingiu durante tanto tempo que era um comportado puxa-saco de gabinete, que quando pegou o pote de mel nas mãos, e a mosca azul pousou na cabeça, ele ficou tão ansioso e descontrolado, que teve uma ejaculação precoce de consumo, e se lambuzou todo moralmente, cobrindo de vergonha toda a categoria dos sociopatas profissionais. 

Assim, pelo que foi explicado nos parágrafos acima, em termos de crimes bárbaros e grandes ameaças aos cidadãos, o maior suspeito é justamente o homem de comportamento normal, aquele que imita o medíocre, cuja personalidade não apresenta nenhuma peculiaridade, desvio ou excentricidade. Por causa disso, estatisticamente, ao contrario do que é falado pelo senso comum, o "certinho" pode ser justamente o indivíduo mais perigoso para a sociedade, e deve sempre ser considerado o principal suspeito em todos os crimes bárbaros, mesmo sem usar uniforme. 

No mesmo dia em que ocorreu essa tragédia na escola de Realengo, que resultou em doze mortes, um terrível acidente rodoviário matou dezessete pessoas. Mas essa tragédia, estranhamente, apenas mereceu uma breve e curta nota no noticiário. Em contraste, a esperada morte de um jornalista da Rede Globo, que era previsível, porque ele se infiltrou no antro da criminalidade, causou uma ampla onda internacional de protestos midiáticos, que já dura vários anos, e que culminou com a pacificação dos pobres na favela do alemão. Cabe perguntar: por que as mortes nos colégios, e os crimes na alta sociedade, causam bem maior comoção midiática do que todos as outras tragédias, inclusive as chacinas, que são promovidas quase diariamente pelas polícias e milícias, superando infinitamente os projetos de trens bala-perdida? 

O perfil das vítima é a resposta para essa questão. Os criminosos, os marginais, as prostitutas, os pederastas pobres, os desempregados, os jovens, os membros das minorias e os adultos pobres, todos esses podem sofrer tortura, podem ser assassinados, podem sofrer espoliação todos os dias, que ninguém se incomoda. Ninguém gosta de pobre, porque este projeto genocida do trem bala-perdida, que vai fulminar a felicidade dos pobres definitivamente, não provoca nem mesmo um rosto corado de perua. Em contraste, um rico ou um famoso que foi apenas ofendido verbalmente já constitui bastante motivo para uma ampla reportagem. Viva a demoniocracia!

9 de abril de 2011

O cálculo prévio

A defesa do ataque é o máximo contra-ataque. Durante o tempo em que estivermos sob ataque nós devemos visualizar a situação global, e as oportunidades que a realidade nos oferece a escolher, é preciso considerar o adversário com indiferença, e com o mais profundo respeito.
Conheça antes a força do adversário, as ameaças não surgem apenas do nada, elas são coisas latentes, que podem ser ignoradas ou não, a qualquer tempo, tornam-se reais para nós, quando nós não as evitamos.
Primeiro passo, mentalize que o disparo do adverário foi efetuado, e depois pare a cena! imagine o que aconteceu exatamente a cada coisa, que vantagens posicionais adquiriu o adversário? que novas ameaças surgem desse novo posicionamento e quais de nossas cidadelas podem ser defendidas e mantidas?
Diante da nova realidade, o movimento do adverário já foi realizado, agora, nós precisamos tentar identificar várias coisas. Primeiro, sabendo que uma peça se moveu, vamos observar primeiro o óbvio, as mudanças.
Quais peças aumentaram o seu poder, e em quais pontos elas ameaçam, quais pontos do terreno perderam sua proteção, e que ameças imediatas há, de ambos os lados, em consequencia dos possíveis movimentos, movendo aquela peça mentalmente para cada posição possível.
Registramos mentalmente as ameaças possíveis, e procurando identidficar, quais das nossas opções de defesa poderia melhor neutralizar aquela vantagem imediatemente e ainda, atender ao nosso plano. A outra opção é não tentar neutralizar as ações do adversário, mas buscar se expandir em outra direção, compensando o ganho de poder do adversário com um aumento próprio de força equivalente. Mas, como escolher entre essas duas opcções?
É aqui o nosso ponto de contato com a Arte da Estratégia. O que é melhor? Defender, reforçando a defesa em cada ponto mais remoto do território de combate, ou se mover de forma coordenada para atacar o núcleo central do comando adversário. Devemos contra-atacar imediatamente aonde estamos sendo provocados, ou devemos atacar em algum outro ponto determinado para testar o ânimo do adversário?
Para resolver ese problema é preciso concentrar a energia mental na análise progressiva e serena de cada uma das posições futuras, dando cada passo de uma vez, sempre considerando cada nova posição, como se fosse uma nova partida, com uma nova estratégia.
Considerando a situação, identificamos, já no calor do combate, que o adversário realizou uma de suas potências, escolhendo uma posição nova. Ou seja, ele se moveu e preparou com isso uma ameaça que antes era latente, mas agora foi constitída para disparar logo no lance a frente, e segue com outras ameaças no seguinte etc..
É preciso investigar se é possível evitar que tal ameaça se realize, decerto, tentando evitar pelo menos de imediato, que aconteça o mal maior. Mas a situação atual nos oferece várias maneiras de evitá-lo. Qual delas escolher, como escolher?
Escolha a solução que impeça a realização da ameaça de forma definitiva, force o adversário a tomar outro caminho.
A situação atual, no jogo de Xadrez, é sempre constituída de um conjunto finito de possibilidades. Só um pequeno número de jogadas podem ser feitas a cada lance que se sucede. A escolha é irreversível. Então a mente do guerreiro precisa entrar serenamente para investigar os acontecimentos futuros que poderão ocorrer em cada porta existente adiante.
Para identificar as portas existentes percorra os diversos caminhos possíveis aleatoriamente, dado que todas serão verificadas na análise passo a passso. É preciso executar mentalmente cada uma das jogadas possíveis, desde as mais prováveis até e as mais improváveis sem discriminação ou preconceito, e observando seus detalhes.
Os detalhes são os alvos possíveis no campo adversário e as defesas possíveis. Faça o mesmo no seu próprio campo, considerando e avaliando o custo de cada ação em termos materiais e posicionais.
Dado mentalmente o primeiro passo de forma cuidadosa, em seguida avance mais rapidamente e percorra os passos seguintes de modo intuitivo. Essa é a fase da seleção da alternativas reais, e para cada uma delas investigue as únicas respostas que são realmente possíveis no próximo lance do adversário.
Volte ao caminho mais interessante de acordo com sua análise, explorando-o com atenção e concentração, observando os seus detalhes em busca de possíveis falhas na primeira análise intuitiva. Então, mentalize a nova situação, e avance mentalmente de acordo com um critério de seleção de alternativas, A esse exercício mental nós denominamos "cálculo prévio".
Retorne ao proceso de mentalização, passo a passo, e depois siga caminhos intuitivos, e repita mais um passo, e tente dar mais um passo, e caminhe desse modo, considerando os lances mais fortes em termos estratégicos e táticos, após estudar os elementos componentes do ataque dos adversários e todas as suas potenciais ameaças combinadas. Considere a vantagem principal e em seguida a secundária.

A arte da defesa

A Preparação para o Combate

No passado remoto, as negras jogavam para se defender. Mas foi o Campeão mundial Bobby Fischer, jogando num torneio contra mais poderoso da época, o então Campeão Mundial russo Vassily Smyslov, no ano de 1970, que demonstrou, que as negras podem praticar desde um defesa tenaz, até jogar para vencer. Aqui nesse ponto entra a Arte da Estratégia, a parte mais importante da Arte da Guerra.
A recomendação geral da arte da guerra para uma situação de conflito iminente, é que cada lado conheça a si mesmo e seu adversário, conhecer as prórias armas e as armas do adversário, como ocorre no início da partida, quando ainda nenhuma ameaça se concretizou. Uma ameaça possível só vai se concretizar em consequência de uma ação real da parte do nosso adversário, e apenas uma delas, uma das ameaça posíveis vai se tornar realidade, uma de cada vez, não todas ao mesmo tempo como pode ocorrer na vida real com um grande exército.
Quando estamos no início de uma partida de Xadrez, tudo que o adversário pode fazer é se mover, ou seja, dar o primeiro passo, realizar a sua primeira jogada. Nós permanecemos tranquilos e apenas ficamos de prontidão. Isso significa permanecer mentalmente atento ao que é mais importante de ser observado e meditado, que são as potencialidades defensivas e ameaças existentes em torno do nosso "Reino".
Segundo a recomendação dos mestres na arte da guerra, o nosso adverário, neste caso, o condutor das peças brancas, deveria testar o nosso ânimo para a luta, usando para isso de um estratagema qualquer, porque a posição inicial é de quase absoluta igualdade. A diferença é apenas o direito de realizar a primeira jogada, que pertence sempre ao jogador que conduz as peças brancas. Apenas por isso as peças negras são obrigadas a aguardar de forma serena o primeiro passo das brancas.
O estratagema recomendado na guerra convencional, em caso de aboluta igualdade de forças, é atacar, usando de forças ligeiras, algum ponto de grande importância do território inimigo, e observar como ele reage diante da nossa provocação.
Nós também sabemos que em seguida aos perigos do primeiro movimento virá outra e mais outra ameaça. Porque o nosso adversário real, durante uma análise de uma posição qualquer, é sempre considerado por nós o mais poderoso de todos. Ele é o mestre supremo. Se uma coisa pode ser feita então ele pode fazer. Se ele quizer fazer, ele fará, qualquer uma delas. Dele tudo podemos esperar. Nunca podemos jogar contando com um erro do advrsário, não posemos subestimar o nosso adversário.
Só o nosso próprio adversário pode tentar se desfazer da sua magnitude, cometendo erros voluntários, e nos concedendo vantagens. Da nossa parte isso não é possível. O nosso conceito é firme, ele, o noso adversário, é sempre o mais poderoso. Ele é aquele que tudo vê, aquele que sabe de tudo, aquele que realmente pode tudo, aquele que tira o melhor proveito de tudo.
Quando situação permite conhecer os planos do adversário
Para exemplificar a arte da defesa no Xadrez, em uma situação de conflito entre duas partes em igualdade de forças. O que essa partida tem de especial é uma exemplo daquilo que pode acontecer quando a posição revela os planos, e nós conhecemos o modo de agir do nosso oponente. Após o adversário assumir uma tendência que revele os eus planos, e nós traçamos um plano estratégico adequado aapresentamos a partida abaixo:

[Event ""] Experimental Chess Match ; [Site ""] intellectvs.blogspot.com; [Date "4-4-2011"]; [Round ""] one; [White "Chessmaster"]; [Black "Claydson"]; [Result "0-1"]; [ECO "oft "]
1. c4 ...
O conecido movimento 1. c4 ... caracteriza a famosa Abertura Inglesa, muito jogada em torneiros de grandes mestres. Mas esse é um lance bem tendencioso, porque destrói a estrutura de peões do lado da Dama e praticamente define a intenção das brancas em atacar na ala da Dama e realizar o roque pequeno. Imediatamente nós definimos a forma de agir, decidimos que o nosso avanço será na ala do Rei, atrair o adversário mas evitar o combate, deixando o centro bloqueado para evitar contrajogo, e finalmente deixando as posições de defesa intactas, na posição original que é a mais recuada possível, na ala da Dama, para o ataque branco consumir o máximo de energia e tempo.
1. c4 Cc6
A nossa resposta é uma provocação, criar imediatamente uma pessão no centro para testar o ânimo do adversário, utilizando forças ligeiras das categorias inferiores, conforme recomenda a Arte da Guerra.
2. d4 ...
A infantaria do adversário reage imediatamente em busca de atacar a nossa cavalaria ligeira estacionada em c6. O adversário quer tirar proveito das mínima vantagens imediatemente.
2. d4 e5
Conta-atacamos com a nossa infantaria a infantaria do adversário, oferecendo a ele a oportunidade de abrir o jogo com um combate em e5. Mas nosa infantaria em e5 está bem protegida pela nossa cavalaria em c6, e tal confronto resultaria na nossa ocupação do centro do tabuleiro com a nossa cavalaria bem posicionada, fazendo pressão em c4 etc.
3. d5 ...
As brancas decidem evitar a proposta das negras e preferem atacar e colocar em "fuga" e reduzir o domínio da cavalaria negra no centro, conquistar espaço central e ainda ganhar um tempo. Esse conjunto de vantagens é tudo que um grande mestrte desejaria obter.
Mas, assim fazendo, os incautos caem numa cilada estratégica posicional. A" fuga" do cavalo já etava prevista e tratava-se de um engodo. Na realidade é apenas um movimento de reagrupamento, porque pretendemos movimentar nossas peças da Ala da Dama para realizar um ataque na ala do Rei. O espaço central foi cedido pelas negras em troca da possibilidade de bloquear a posição central. O bloqueio central evita o contra-ataque no centro para neutralizar um ataque em uma das alas, uma conhecida recomendação da teoria clássica do Xadrez.
3. d5 Cce7
A cavalaria das negra segue atraindo o adversário incauto para avançar e se expor, enquanto as negras fingem que estão fugindo, movendo duas vezes a mesma peça na fase de abertura, o que constitui um erro de abertura nos dizeres da teoria clássica do Xadrez.
4. Cc3 ...
Desconfiado, o inimigo resolveu ser prudente, e não avançou a sua infantaria. Em vez disso ele resolveu usar a sua cavalaria da ala da Dama para proteger a sua infantaria que está estacionada em d5, e ao mesmo tempo, prevenir um avanço da nossa infantaria para e4.
4. Cc3 f5
Aproveitamdo o ensejo, insistimos em pressionar e4, provocando o adversário para um confronto nesse ponto. É uma tentação para as brancas porque nesse conflito elas sairiam em vantagem posicional, porque sua cavalaria ficaria bem posicionada no centro do tabuleiro, em uma posição aberta, na qual as brancas têm mais espaço de domínio e mais desenvolvimento de peças do que as negras. Isso é tudo que um jogador agressivo como um tiranossauro rex, que tenta se aproveitar das mínimas vantagens, desejaria no combate.
5. Cf3 ...
As brancas, resolveram avançar sua cavalaria da ala do Rei para ganhar um tempo atacando a infantaria das negras estacionada em e5. Elas resolveram provocar o avanço das negras para e4 para depois contra-atacar, usando de sua superioridade em desenvolvimento.
5. Cf3 d6
Essa defesa de e5 com o avanço da infantaria negra para d6 bloqueia o movimento do Bispo do Rei da negras e perde realmente um tempo. Mas, impede o avanço da infantaria branca em d5, iniciando o bloqueio da posição. Também liberta o Bispo da Dama das negras, que agora protege a infantaria negra em f5 e ambos fazem pressão na ala do Rei. A abertura da diagonal e8-a4, possibilitanto um xeque, cria mais um motivo para as brancas se manterem animadas com o seu ataque na ala da Dama.
6. e4 ...
Como as negras recusaram a oferta de avançar para atacar a cavalaria das brancas em f3, as branca resolveram partir para o confronto pelo domínio de e4, do qual sairiam com a cavalaria postada em e4, e seguir adiante na luta em uma posição aberta, confiando na superioridade de espaço e de desenvolvimento que tal confronto resultaria.
6. e4 f4
As negras preferem cerrar o centro e iniciar a construção da sua hegemonia na Ala do Rei, conforme recomenda Kasparov, cortanto o caminho do Bispo da Dama das brancas para a Ala do Rei.
7. Bd2 ...
Uma jogada típica de desenvolvimento, sem qualquer objetivo especial, que de fato apenas acelera o roque grande. Por outro lado, essa jogada também aparenta construir uma possibilidade de ataque, combinando a ação do bispo em a5 com a cavalaria da Dama em b5 para juntos atacarem em c7. Isso aconteceria depois de um ataque, combinando essa mesma cavalaria com a Dama branca colocada em a4 para ganhar tempo com o xeque, e ao mesmo tempo realizar um ataque duplo em a7 que só é defendida pela Torre da Dama das negras. O que irão decidir as brancas?
7. Bd2 h6
As negras estão muito atrasadas em desenvolvimento de peças, mas, apesar disso, realizam aparentemente apenas mais um lance defensivo, que não desenvolve nenhuma peça, se limitando a dominar a casa g5, que poderia ser usada pela cavalaria das brancas colocada em f3. Mas na verdade as negras apenas seguem o seu plano de obter hegemonia na Ala do Rei. Evidentemente, essa tímida jogada também prepara o avanço da infantaria para g5, construindo a posição designada de vitória que vai possibilitar o assalto final na Ala do Rei.
8. Bd3 ...
As brancas decidem insistir num ataque na Ala da Dama, movimentando seu Bispo do Rei para lá, combinado com o roque para a Ala do Rei. Evidentemente ela contaram os tempos necessários e diante de um centro bloqueado, o roque largo exigiria muitos lances de reagrupamento das Brancas antes de poder atacar de forma organizada. De fato elas tentaram tantas manobras de curto prazo que acabaram desarticuladas para agir em conjunto, estão meramente ocupando espaço sem ter mais nenhum plano de ataque consistente.
8. Bd3 b6
Essa jogada dificulta e retarda o avanço da infantaria das brancas para c5 com objetivo de confrontar a infantaria negra em d6 e abrir a posição. Por outro lado libera o Bispo da Dama das negras do compromisso de defender b7, soltando-o para agir na Ala do Rei, se for necessário.
9. O-O ...
Finalmente as brancas caem na cilada estratégica que foi planejada desde o primeiro lance das negras.
9. O-O g5
Esse avanço impede o movimento da cavalaria das brancas colocada em f3 para uma reação de contra-jogo na Ala do Rei via h4, finalizando a posição designada de vitória para as negras, contruindo finalmente sua hegemonia na Ala do Rei.
10. h3 ...
Uma ação tímida de defesa, que apenas adia o ataque das negras, mas enfraquece mais ainda a posiçao das brancas. O destino já está traçado...
10. h3 Cg6
A cavalaria das negras segue tanquilamente o seu rumo para o assalto ao Rei das brancas, cobrindo a casa h4 para poder avançar a infantaria para o combate planejado em g4
11. Bc2 ...
Tudo que reta fazer para as brancas em tentar criar confusão e gerar algum contra-jogo
11. Bc2 h5
O plano das negras segue implacável sem obstrução, preparando para retormar a posição g4 com a sua infantaria em h5, abrindo uma coluna de ataque com a peça pesadas diretamente para o interior do roque branco, aonde a única peça de defesa é o próprio Rei encurralado.
12. Ba4+ ...
As brancas seguem buscando contra-jogo, tentando inutilmente construir um ataque, e no mínimo provocar trocas para arrefecer o ataque das negras.
12. Ba4+ Rf7
O Rei negro simplesmente ignora a perda do roque e segue para o combate na Ala do Rei, deixando as brancas a ver navios, sem ter nada para atacar.
13. Bc6 ...
As brancas insistem em protelar o seu destino, meramente atacando uma peça sem perspectiva nenhuma de obter nenhum lucro.
13. Bc6 Tb8
A Torre negra se move para se defender, mas agora dificulta mais ainda o avanço da infantaria da brancas para c5.
14. Ce1 ...
A cavalaria do Rei das branca resolve recuar para se reagrupar e se mover para uma posição de sacrifício em busca de contrajogo.
14. Ce1 g4
O confronto da infantarias marca o início do inexorável assalto das negras na cidadela do Rei das brancas.
15. Cd3 ...
Liberando espaço e se preparando para um eventual sacrifício no centro para criar alternativas de contra-jogo
15. Cd3 Bh6
Medida para garantir que eventuais sacrifícios serão duramente punidos, bem como abrindo espaço para a movimentação da peças pesadas das negras ao longo da última linha.
16. hxg4 hxg4
Tudo acontece conforme havia sido previsto, agora as negras abriram uma coluna de ataque com peças pesadas diretamente para a o interior do roque das brancas.
17. g3 ...
As branca querem espaço para repirar e propõem trocas ...
17. g3 f3
Mas as negra se recusam a abrir a posição. A coluna da torre aberta ja é suficiente. Elas preferem encerrar o Rei branco em seu esquife definitivamente.
18. Bc1 ...
A troca do Bispo só acelera o ataque das negras e de nada adianta. As brancas preferem mover a peça para libertar sua dama do compromisso de dar proteção ao bispo.
18. Bc1 Df8
A rainha negra entra em cena
19. Be8+ Rxe8
Início do desespero total as brancas começam a entregar as suas peças para retardar sua morte sem outra mínima compensação, além de um xeque ...
20. Da4+ Rf7
21. Cxe5+ Cxe5
outro acrifício inútil em troca de um mísero tempo
22. Dd1 Dg7
A Dama branca não sabe o que fazer, a Dama negra, ao contrário, não tem a mínima dúvida... segur seu caminho inexoravelmente
23. Cb5 Dh7
Agora a posição fatal está preparada e pouco resta a fazer para evitar a morte do Rei da Brancas.
24. Cxd6+ cxd6
Coisa triste...
25. Da4 Bxc1
A dama branca fica possuida pelo desespero, enquanto o bispo negro abre o caminho para sua Dama "finalizar" o Rei das brancas.
26. Dxa7+ Bb7
A brancas ainda esperneiam ...
27. Dxb7+ Txb7
Lamentável situação ... mesmo um jogador comum teria desistido há muito tempo
28. Tfxc1 Dh1#
Uma morte há muito tempo anunciada!
0-1

A Arte do Ataque

Quando inuciamos a luta, Sun Tzu recomenda, em absoluta igualdade de forças materiais: teste o ânimo do adversário, avance rápido, ameace atacar pontos importantes do seu território e provoque ira; depois finja covardia, recue e provoque perda de tempo com o seu avanço indolente; Para isso, use forças ligeiras dos escalões inferiores.

O novo programa já nos surpreendeu três vezes. Agimos com descuido e precipitação e aprendemos muito, capitulamos nas três partidas anteriores e esta é nossa quarta partida.
Jogadas anteriores apenas levemente desconexas não foram suficientes para sustentar o jogo.

Ao desconhecer o adversário, na dúvida, fique na defesa, seja temeroso, seja prudente, mas é preciso se defender no ataque, mantendo sempre a iniciativa.

Ataque a força central do adversário com o estardalhaço de um bloco de pedra; caminhe sempre de forma imprevisível suas forças para a frente de combate, sem se tornar um alvo fixo e permitir trocas.
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Logo:
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. As expressões no campo desta arte da guerra se dá através do uso das suas armas;
. neste caso temos um embate entre estratégia e tática;
. a Lógica na guerra é o elemento principal, a espada é o raciocínio, os adversários são as proposições falsas e os golpes são os argumentos verdadeiros;

Observando o palco da luta, observamos os seguintes fatos:

(1) a cavalaria da nossa rainha em b1 neste momento nada defende de tão importante;
(2) a sua saída em nada enfraquece a estrutura de defesa;
(3) uma estrutura de defesa já está preparada contra um qualquer ataque isolado do inimigo (isso já é assim desde o início do jogo, com o alinhamento inicial das diversas peças-de-guerra na ala da dama, onde só dois ataques convergindo num ponto será uma ameaça real);
(4) sobra defesa na ala da dama, onde o adversário não tem qualquer motivação de atacar porque o nosso monarca não está lá;
(5) a cavalaria da rainha precisa de muitos lances para avançar até entrar em combate na ala do rei, ou seja, a imediata saída da cavalaria da rainha acelera o nosso ataque;
(6) a saída da cavalaria da dama iguala os tempos necessários para realizar o roque das brancas para ambas as alas. Isso confunde o cálculo matemático do adversário programado matematicamente, tornando-o indeciso;
(7) este avanço nem mesmo é irreversível pois ainda oferece as alternativas de recuo ou mesmo retorno em segurança;

portanto: a cavalaria da dama poderá ser a força ligeira que faz o papel de bobo no centro do tabuleiro, sem qualquer prejuízo de uma estratégia mais profunda de ataque;

os mestres atuais do xadrez não valorizam esta jogada nas aberturas, considerando-a passiva, lenta, sem iniciativa, porque que ela não cria problemas para o adversário. O computador é orientado do mesmo modo e agirá exatamente como tal.
Mas nós estamos seguindo a estratégia de guerra: queremos que o inimigo pense que somos tolos, e que nós não sabemos o que fazemos, e saia em nossa perseguição, avance demais e perca tempo, sem encontrar nada além ganhar espaço no vazio, tendo que evitar propostas mais desinteressantes ainda. Enquanto isso nós aguardamos o demorado avanço do inimigo para então abandonar a posição atacada, evitar a luta prematura, e seguir até a posição designada de vitória no bombate.

Assim, seguindo exatamente os preceitos do mestre da guerra, o militar assessor general da China antiga, Sun Tzu, e raciocinando logicamente com a nossa realidade, vamos tentar comeste nosso lance inicial, "confundir o adversário e testar seu ânimo", realizando "um ataque imediato de forças ligeiras dos escalões inferiores em posições importantes do território do combate", para isso, nós optamos pelo movimento mais natural de avanço da cavalaria da nossa dama para c3, de onde ameaça as casas centrais importantíssimas d5 e e4, porque podem servir de base apoio para um ataque ou defesa, em qualquer ala do tabuleiro.


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Partida comentada
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Primeira_vitória_x Xadrez Master
Claydson x nível profissional
25 de junho de 2007 -
(21:19)
1 - b1-c3 b8-c6
2 - d2-d3 d7-d5
3 - e2-e4 d5-d4
4 - c3-e2 e7-e5
5 - f2-f4 c8-g4
6 - h2-h3 g4-e2
7 - g1-e2 g8-f6
8 - f4-f5 h7-h6
9 - g2-g4 f8-b4
10 - e1-f2 h6-h5
11 - g4-g5 f6-d7
12 - h3-h4 e8-f8
13 - a2-a3 b4-e7
14 - b2-b4 c6-b4
15 - a3-b4 e7-b4
16 - c1-a3 b4-a3
17 - a1-a3 d8-e7
18 - d1-a1 e7-c5
19 - a1-a2 a7-a6
20 - a3-a5 c5-a7
21 - a2-d5 a8-d8
22 - g5-g6 f7-g6
23 - f5-g6 f8-e7
24 - d5-f7+ e7-d6
25 - a5-d5+ d6-c6
26 - f7-e6++

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1 - b1-c3
Como já dissemos, agora é fato, a cavalaria da rainha avançou e ameaça d5 e e4 no centro e b5 na ala da dama;
1 - b1-c3 b8-c6
Não entendendo o propósito de deslocar tropas ao ameaçar sem ocupar; o adversário é prudente, e iguala a posição apenas numericamente mas cria espacialmente e matematicamente uma asimetria de posições de força entre os dois lados.
2 - d2-d3
Mas resta uma assimetria e a iniciativa branca. Especula ampliar a pressão em e4 e d5.
2 - d2-d3 d7-d5
Ao ocupar d5 o peão é alvo em minoria de força em d5.
3 - e2-e4
decide ocupar d4 para manter a Iniciativa da pressão em d5, forçando trocas que perdem tempo e avançam as nossas forças;( a cavalaria da rainha iria para o centro do tabuleiro com ganho de tempo);
3 - e2-e4 d5-d4
As negras preferem ganhar espaço pelo tempo perdido e ainda forçar o recuo do cavalo. Mas o centro fica bloqueado. A cavalaria migra para formar uma frente oculta de ataque e estabelecer uma hegemonia na ala do rei (Kasparov).
4 - c3-e2
Uma aparente fuga, mas também é mais um deslocamento da cavalaria da rainha para formar uma frente oculta de combate na ala do rei;
4 - c3-e2 e7-e5
o bloqueio central agora se efetiva por completo;
5 - f2-f4
Uma nova ameaça para limitar as possibilidades das negras, e manter a iniciativa das ações, atacando sem parar, enquanto espera surgir uma oportunidade de vencer.
5 - f2-f4 c8-g4
Evitando a perda de tempo da troca e5xf4, e para não ficar com o bispo da dama estrangulado após o avanço do peão branco f4-f5.
6 - h2-h3
O bispo em g4 permite ganhar tempo ao ameaçá-lo ao avançar e fixar a infantaria para cercar a cavalaria do rei negro na ala do rei.
6 - h2-h3 g4-e2
A troca do bispo bom das negras pelo cavalo é vantagem de fato. É praticamente forçada, para a aliviar as tensões, abrir linhas e deixar caminhos para movimentqar as peças, e assim, evitar restringir suas opções de movimento.
Perderiam o bispo, se fosse para h5; ou ficaria restrito a d7 e c8, se recuando para e6 após o avanço branco f4-f5, porque a diagonal a2g8 está toda dominada pelas peças brancas.
Mas as negras de fato perdem a vantagem potencial do par de bispos, e a posição não é de bloqueio nas duas alas, permitindo assim abrir o jogo e tirar vantagem do par de bispos no final.
7 - g1-e2
Para adicionar mais uma vantagem, das brancas, esta é uma retomada com ganho de tempo no desenvolvimento do cavalo do rei branco, que trama com a dama e o bispo do rei, um assalto irresistível e rápido ao peão da torre das negras, perfurando facilmente a defesa na ala do rei, encerrando o rei negro com um avanço da infantaria, para finalmente vencer, jogando com a dama e apoiando com as torres.
7 - g1-e2 g8-f6
Este é um lance de desenvolvimento sem ganho de tempo, corrente, nada ataca, nada força.
8 - f4-f5
O lance passivo das negras permite encerrar a tensão central e estabelecer uma hegemonia na ala do rei avançando f4-f5.
8 - f4-f5 h7-h6
Perdem um tempo com este avanço de peão, que evita a eventual cravação do cavalo negro em f6 pelo bispo da dama branco.
9 - g2-g4
Isto é defender no ataque, impede a ida do cavalo de f6 para h5, e impede sutilmente as trocas precipitadas durante o avanço das brancas na ala do rei
9 - g2-g4 f8-b4
Lance normal de desenvolvimento da milícia do clero do rei negro com aparente ganho de tempo.
10 - e1-f2
Surpresa! após bloquear o centro, o rei branco usa os peões bloqueados como um escudo impenetrável, dado que não podem estes peões serem destruídos pelas negras. Ao evitar trocas na ala da dama, deixa o bispo negro a ver navios em b4, perde o roque e avança rumo ao combate na linha de frente. O rei libera a primeira linha para o livre movimento das torres, que avançam paralelamente à tropa ou em linha reta para diante contra o inimigo, repletas de arqueiros com setas incendiárias, capazes de destruir qualquer adversário incauto, que eventualmente se lhe oponha, mesmo que a própria torre possa se destruir também.
10 - e1-f2 h6-h5
As negras se animaram em criar linhas para contra-jogo. Agora elas querem abrir linhas e na ala do rei para criar espaço, simplificar via enfrentamento finalmente aliviar as tensões da batalha.
11 - g4-g5
Este avanço evita as trocas de peões precipitadas, mas vança conquista e ocupa território, com duplo ganho de tempo, força fugir a cavalaria negra a d7.
11 - g4-g5 f6-d7
Nessa altura o roque das brancas para a ala do rei está bem comprometido. Há uma deficiência do peão da torre em h5, que, está defendido pela torre negra em h8. após o roque ele necessitará de apoio, se for atacado, e então O céu desabará sobre o rei negro.
12 - h3-h4
A dupla de peões, lado a lado não permite trocas forçadas de peões em contra-jogo, mas permite um eventual bloqueio na ala do rei, se for conveniente, para impedir uma reação das negras.
12 - h3-h4 e8-f8
O rei negro despreza o roque e sai em socorro da sua ala do rei comprometida, que está na iminência de sofrer um forte ataque. É surpreendente também, mas não equivale à jogada 10 - e1-f2 do rei branco, por três motivos: 1) o rei branco deixou o bispo negro abandonado em b4, sem função, um alvo eventual, uma fraqueza (2) após o início do avanço branco o rei na 2 fila permitirá ampla movimentação das torres na primeira linha (3) a posição do rei negro bloqueia e divide as suas forças, tornando-as insuficientes em ambas as alas.
13 - a2-a3
Uma contra-ofensiva branca, na ala da dama, com ganho de tempo, para restringir mais ainda o jogo das negras, e tirar proveito da situação.
Agora as negras enfrentam indecisas os chifres de um touro que se arremete, como água enxurrada morro abaixo.
13 - a2-a3 b4-e7
Sem muita opção, o bispo negro recua diante da infantaria da torre da rainha para dar espaço e manter a pressão juntamente com o cavalo da dama negro na açao de contra-jogo desesperado que se anuncia.
14 - b2-b4
A infantaria da ala da dama avança velozmente conquistando território e restringindo o espaço das negras, confiantes no seu apoio pela retaguarda, que é confiado às torres logo unidas, e finalmente a dama.
14 - b2-b4 c6-b4

Um momento histórico e raro deste combate, nós presenciamos uma carga suicida de uma divisão de cavalaria negra contra duas divisões de infantaria das brancas.

Sacrifício suiscida para buscar alguma iniciativa e contra-jogo, sem base em alguma superioridade negra.

15 - a3-b4
Uma vitória de Pirro, metade dos homens morreram em apenas um combate, uma divisão inteira jaz quieta, irrigando a terra com o fluido da vida . A outra comemora sua vitória chorando em desespero ao lado dos feridos

15 - a3-b4 e7-b4

Mal o fumo da batalha se esvaia, veio o golpe rápido e mortal das negras conta a outra divisão restante, executado pela mesma milícia do clero do rei das negras que já conhecia bem o terreno, justamente para surpreender os feridos e sobreviventes feridos cançados e fracos no combate anterior...
16 - c1-a3
A milícia do clero da dama branca oferece combate diretamente contra a milícia do clero do rei negro desprotegida em b4 i diretamente interposta entre uma carga adversária e o seu monarca, tendo, portanto, pela honra entrar em combate. Não tem como fugir desta ameaça...
(na verdade esta troca parece forçada mas eu tentaria recuar para deixar a branca trocar e retomar avançando alguma peça de guerra).
Mas, espere! data venia isso é bom mesmo?
Por que isso? por que oferecer a troca do bispo bom branco pelo mau negro?
Isso só é bom após um grande sacrifício material como este feito pelo adversário, sacrificando uma divisão inteira de cavalaria.
Nesta situação nós podemos e devemos forçar as trocas rapidamente. É preciso frear o ímpeto adversário e conduzir rapidamente para um final vencedor, contando com a vantagem material.
16 - c1-a3 b4-a3
Um imediato embate sangrento entre as duas milícias, vencendo o ataque negro, sucumbindo a defesa branca ...
17 - a1-a3
Os sobreviventes milicianos feridos e cançados do combate agora são igualmente surpreendidos e mortos, muitos esmagados no solo pelo avanço da divisão mecanizada de torres brancas no mesmo local da batalha anterior.
17 - a1-a3 d8-e7
Enfim, a grandiosa e real divisão mecanizada da rainha das negras entra em ação, oferecendo perigo à divisão mecanizada de torres móveis das brancas, e interpondo-se ao seu monarca frente ao avanço das brancas.
18 - d1-a1
A resposta das brancas é um imediato reforço em proteção e reforço do se avanço
18 - d1-a1 e7-c5
A rainha avança por uma diagonal escura com ímpeto, pretendendo passar sobre uma divisão de infantaria branca desprotegida, que serve, protege ou avança sob o comando do eminente bispo da rainha branca.
19 - a1-a2
A rainha branca protege imediatamente seus infantes, assumindo também o controle de uma importante via clara diagonal que conduz diretamente a f7, nas cercanias do monarca negro.
19 - a1-a2 a7-a6
Observamos agora apenas uma tímida carga de infantaria apoiada pela divisão mecanizada das negras, não de ataque, mas de defesa, apenas para dar espaço ao deslocamento da rainha negra se alinhar mais na extremidade da sua própria ala que está sob ameaça direta iminente de todo o exército branco.
20 - a3-a5
A divisão mecanizada de torres móveis se posiciona em a5 para oferecer combate frontal as forças reais da rainha negra.
20 - a3-a5 c5-a7
A rainha negra se move para apoiar sua infantaria mais estrema em sua própria ala na linha de combate.
21 - a2-d5
Agora a Rainha branca avança suas forças para a região central do palco da guerra, ameaçando simultaneamente diversos pontos estratégicos e fraquezas das forças negras, notadamente uma divisão inteira de cavalaria sem proteção em d7, presa pela responsabilidade, é o único responsável pelo apoio da sua infantaria pessoal do rei negro, bloqueada em e5.
21 - a2-d5 a8-d8
Agora a proteção aparece para o cavalo
22 - g5-g6
A carga agora é de uma divisão de infantaria que serve a cavalaria do rei branco, que avança para ameaçar f7 em apoio à sua rainha que ameaça se impor e fazer capitular ao rei negro pela força.
22 - g5-g6 f7-g6
não tem escolha aceitar o combate ou perecer, assim, as negras atacam com sua infantaria que protegia o monarca negro e bravamente vencem o primeiro embate
23 - f5-g6
Mas o ataque branco sim está em verdadeira maioria e a ameaça da infantaria é imediatamente substituida e refeita, agora inevitável.
23 - f5-g6 f8-e7
Uma tentativa de fuga ...
24 - d5-f7+
Enfim a dama branca entra em f7 e persegue de perto a fuga do rei negro.
24 - d5-f7+ e7-d6
o monarca está totalmente cercado e perdido
25 - a5-d5+
uma divisão mecanizada bloqueia a passagem do monarca negro em fuga
25 - a5-d5+ d6-c6
Ele tenta seguir adiante mas não resiste ao fechamento do cerco ...
26 - f7-e6++
e finalmente, o rei negro está cercado e sem mais qualquer defesa. Assim, pela força bruta, as negras capitulam ao poder das brancas.