14 de julho de 2008

Sistema de Integração Corporativa – Sicorp (Parte final)

O crescimento da complexidade

No passado, a tecnologia era rudimentar e as mudanças na sociedade humana ocorriam de forma lenta. A atividade de política econômica era praticada de forma empírica e os processos de ajuste eram “malthusianos”. Com o progresso das técnicas e a revolução industrial o mundo se transforma, as pessoas vivem mais e a população mundial se multiplica.

Os avanços da ciência e da tecnologia permitem uma crescente comunicação entre os povos e aumenta a demanda por inúmeros tipos diferentes de produtos e mercadorias. A “globalização” facilitou a transferência do conhecimento para todos os povos, acirrando a competição tecnológica entre os estados.

A eficiência dos processos de produção cresceu muito nos últimos séculos, apesar disso, para competir, as indústrias buscam sempre agregar valor aos seus produtos. O mercado de bens tradicionais é o mais árduo campo para competir, porque é preciso dominar uma técnica de ajuste fino das medidas e resultados. Hoje, para competir nessas áreas é preciso investir em robótica para reduzir ainda mais os "ciclos operacionais" nas plantas de fabricação de bens.

A competição tecnológica está provocando a redução contínua do ciclo de vida e aumentando o valor agregado aos produtos de alta tecnologia. A disputa tecnológica está voltada para o desenvolvimento de inovações, onde a comercialização ocorre sem concorrência.

A decisão de investimento exige cada vez mais rapidez, porque as transformações provocadas pelos saltos de tecnologia nas áreas de transporte, computação, comunicação, inteligência artificial e automação afetaram profundamente o ambiente econômico. O transporte de "mensagens para tomada de decisão" evoluiu desde o lombo de animais e do transporte marítimo para o rádio-telégrafo, e dai até o estágio atual, onde quantidades incríveis de informação trafegam por segundo.

Os banqueiros de investimento, especialistas em fusões e aquisições, estão lentamente sendo substituídos por operadores, especialistas em transferências lucrativas. As operadoras contratam PhDs ou "quants" para desenvolver programas secretos, inteligentes, voltados para administrar operações instantâneas de compra e venda de valores. O foco das finanças mudou de investimentos para transações, em conseqüência da automação e integração do mercado financeiro (Kurtzman, J.).

As mudanças tecnológicas podem alterar significativamente as relações econômicas entre as empresas e as nações. A escolha do investimento em tecnologia oferece infinitas possibilidades estratégicas e táticas. O aumento da complexidade no ambiente econômico pode ser visto pelo contínuo lançamento de novos produtos e pelas oscilações no mercado financeiro globalizado.

As transformações tecnológica são tão rápidas, que poucos estão podendo acompanhar e muito menos compreender os fatos da realidade. A quantidade de informação disponível está além da capacidade do ser humano.

Compreender um negócio, neste mar agitado que é a economia moderna requer grande esforço intelectual. Para isso executivos modernos usam os mais modernos sistemas de informação, inteligência, computação e comunicação. Esse uso já se reflete na economia americana, os investimentos em tecnologia aumentam a produtividade e as inovações em tecnologia da informação começam a mudar o modo de produzir riqueza (The Economist, july, 24-30 / 1999, pg. 22-24).

Sistema de Integração Corporativa – Sicorp (5ª parte)

Pensamento, lógica e análise conjuntural

O que é um fato?

Fato é um termo, usado na linguagem científica, para indicar qualquer coisa que existe na realidade. Assim, este texto é um fato, mas também é um fato que você o leitor está lendo este texto. As palavras que aqui estão escritas constituem um fato. Mas, por outro lado, não são fatos, o conjunto das idéias que estas palavras podem suscitar na mente do leitor, porque elas só vão existir, uma de cada vez, durante a leitura, quando o processamento mental se tornar também um fato. Na ciência, um fato não é certo nem errado, é apenas um fato, sem classificação. O fato apenas "é", se existe prova da sua existência, ou "não é", se não existe tal comprovação. Os fatos podem ser produzidos espontaneamente na natureza ou provocados intencionalmente pelo homem, por exemplo, com o objetivo de estudá-los. Uma grande parte do esforço da ciência destina-se ao conhecimento dos fatos ainda desconhecidos e suas implicações. O conjunto dos objetos do mundo real são fatos da realidade, mas não são fatos a realização futura das promessas que fazemos uns aos outros. Assim, o valor variável associado ao dinheiro, sendo uma promessa de pagamento ainda a se realizar no futuro, não constitui nenhum fato, mas, mera ficção.

O que é uma idéia?

As idéias isoladas são entidades de informação que surgem naturalmente no interior da mente. As idéias surgem na mente por diversos motivos. Idéias como "faz frio", "está chovendo", são produtos da estimulação dos sentidos. As lembranças de uma pessoa ou coisa são idéias que surgem na mente por causa das informações do passado que estão registradas na memória, e surgem eventualmente em momentos de reflexão. A inteligência da mente humana é capaz de criar idéias novas, imaginar coisas que ainda não existem e assim por diante.

O que é um pensamento?

Um pensamento é uma associação que se estabelece entre duas ou mais idéias. Um pensamento pode ser simples ou complexo, envolvendo muitas idéias. A ligação entre as idéias pode ser de diversos tipos. Se estabelecermos ligações sem qualquer motivo entre as idéias, nós estaremos diante de um pensamento aleatório e muito provavelmente sem qualquer sentido; se estabelecemos associações do tipo emocionais entre as idéias, nós estaremos produzindo um pensamento no campo da poesia; quando nós estabelecemos associações entre idéias existentes e idéias criadas na nossa imaginação, nos estaremos muito provavelmente desenvolvendo um pensamento de ficção, que pertence ao universo da fantasia. Um pensamento pode ser uma declaração, pode ser uma questão em aberto, ou pode ser uma suposição ou uma hipótese. Toda questão em aberto é um problema para a mente inteligente resolver.

O que é raciocínio?

Quando tentamos verificar uma hipótese para que ela se torne uma declaração, e para isso, nós usarmos a capacidade da razão da mente inteligente para ordenar as ligações entre os fatos, nós estaremos estabelecendo um raciocínio. Nem todo pensamento é raciocínio, porque raciocínio é uma associação especial de implicação entre duas idéias, onde a primeira é a premissa e a segunda a conclusão. Assim, quando nós mesclamos associações entre idéias conhecidas e verdadeiras com idéias falsas, nós estamos cometendo inadvertidamente um engano; quando apresentamos somente as virtudes ou somente os defeitos de alguma coisa, estamos gerando pensamentos tendenciosos ou ingênuos; quando a tendência dos pensamentos é intencional, nós estamos gerando uma peça de propaganda enganosa, com objetivo de persuasão; quando estabelecemos somente as relações francas entre as idéias nós estaremos descrevendo os diferentes aspectos da nossa visão de realidade, a nossa verdade particular; quando descrevemos as relações entre as idéias de acordo com os princípios gerais comprovados pela ciência, estamos tentando estabelecer uma verdade única ou absoluta; quando estabelecemos um raciocínio através de associações sem sentido entre as idéias nós estamos desenvolvendo um raciocínio falacioso.

O que é raciocínio lógico?

Como vimos acima, as idéias, os pensamentos e os raciocínios pode ser de vários tipos. Mas um pensamento só é raciocínio lógico se ele satisfizer aos três princípios fundamentais da lógica, que são: o princípio da identidade, o princípio da não-contradição e o princípio do terceiro-excluído. A lógica não se preocupa se uma idéia ou pensamento é falso ou verdadeiro; a lógica é apenas uma maneira particular de ordenar o pensamento, entre outras infinitas maneiras diferentes de se fazer isso, pois se estabelecemos outros princípios "lógicos" como sendo princípios fundamentais, matematicamente nós estaremos diante de outros tipos de lógica. Quem deve estabelecer se uma idéia é falsa ou verdadeira não é a lógica, mas a ciência. A utilidade da lógica é apenas verificar se um raciocínio é válido ou inválido, ou seja, se um determinado raciocínio é composto de relações válidas a ponto de ser considerado coerente ou se apresenta relações não-válidas a ponto de ser considerado incoerente. Os documentos irracionais, sem sentido, contendo erros, os tendenciosos, poéticos, esotéricos, emocionais, subjetivos e falaciosos são inúteis para auxiliar racionalmente na tomada de decisão. Toda a informação técnica e científica é lógica, toda documentação institucional é um documento com valor jurídico, todo documento jurídico deve ser lógico, assim, todos os documentos institucionais, para terem valor operacional e jurídico, devem apresentar total coerência lógica em relação às suas declarações ou proposições.

O que é realidade?

O conceito de realidade não implica necessariamente no conjunto de todas as verdades absolutas, se considerarmos que: primeiro, a realidade é um conjunto de idéias que pertence ao domínio da percepção humana; segundo, que esta é limitada pelos sentidos, pelas limitações da razão e da inteligência humana; terceiro, a realidade de cada um está restrita ao universo limitado das informações corretas disponíveis. Assim o conceito de realidade é relativo e variável, no tempo e no espaço.

O que é conjuntura?

Conjuntura é o nome que se dá a uma visão abrangente da realidade econômica. A realidade econômica é dividida em duas partes bem distintas, a conjuntura real e a conjuntura fictícia: a primeira é estabelecida através de um conjunto de fatos da realidade que compõem a economia positiva ou economia real; a segunda parte da conjuntura se refere aquilo que podemos denominar de economia fictícia, porque trata com o valor presente e futuro dos bens e com as promessas de pagamento decorrentes do uso do dinheiro.

Mesmo considerando apenas a realidade positiva, podemos observar que ela está submetida a um contínuo processo de transformação, de forma que podemos dizer que a realidade é como o vento, quando encerramos o vento em uma caixa ele se torna ar estagnado, do mesmo modo, quando fixamos a realidade na forma de um conjuntura ela se torna uma imagem estagnada. Em função da complexidade, variedade e mutabilidade, haverá sempre, portanto, uma parcela da realidade que será desconhecida e não estará contida em uma determinada conjuntura. O melhor que nós podemos fazer é acompanhar o movimento da realidade através de um esforço de atualização permanente e contínuo.

Para melhor conhecer a realidade positiva os analistas de mercado desenvolvem os estudos de análise fundamentalista, que são baseados principalmente no que realmente existe em de cada sociedade de capital aberto do mercado de capitais, mas também considera as potencialidades futuras e bens imponderáveis. Os analistas de longo prazo estudam em conjunto, a influência mútua dos diversos setores da economia e seus mercados em expansão ou retração, tudo isso, levando em conta os aspectos políticos e sociais presentes na realidade, e suas respectivas tendências, dentre outras informações obtidas de forma exclusiva.

A conjuntura da economia fictícia é muito mais complexa, subjetiva e mutável que a economia real. Ela é objeto de procedimentos automáticos e de análises gráficas nas mesas de operação das instituições financeiras. A grande complexidade e mutabilidade da economia fictícia globalizada pode ser observada com a intensa alteração dos índices e cotações dos papéis da empresas nas bolsas de valores. Nesta área não mais é possível competir sem a ajuda de poderosos sistema informatizados de computação trabalhando com máquinas de grande capacidade.

O que é previsão?

Se perguntarmos a um analista de mercado de capitais se o trabalho que ele realiza é racional ou irracional ele certamente responderá que é racional. Esta resposta certamente se refere ao uso do raciocínio, mas não implica uso exclusivo da lógica, nem está amparada em certezas absolutas porque a decisão do mercado de capitais costuma ser também uma aposta intuitiva no futuro. Os fatos que vão ocorrer no futuro não existem ainda e nada garante que eles realmente venham a existir "de fato", assim, o que não existe não tendo identidade não atende ao primeiro princípio da lógica.

A lógica que até aqui nos referimos e cujo poder de análise foi ultrapassado pela complexidade conjuntural, é denominada de Lógica de Classes. Para poder analisar melhor a conjuntura é preciso recorrer a um outro tipo de lógica, a Lógica Dialética, que é um tipo de lógica que além de considerar as coisas que existem, também considera as coisas que têm possibilidade de existir, em termos probabilísticos.

A lógica dialética segue aproximadamente os mesmos princípios da lógica de classes, estabelecendo associações entre as idéias ou declarações, onde as primeiras são as premissas e as segundas as conclusões. Mas o que é considerado falso e verdadeiro na lógica dialética nem é mais estabelecido pela ciência, é meramente uma afirmação, pela qual assume total responsabilidade apenas a pessoa do analista que desenvolve a análise.

Conclusão

Uma vez estabelecido, que tanto a lógica de classes como a lógica dialética podem ser sistematizadas através dos mesmos princípios de implicação, e que a lógica é a base dos computadores atuais que adotam o modelo Von Newman, então, se forem superadas as dificuldades da semântica da linguagem, será possível fazer com que o computador verifique a coerência lógica de uma base de dados no formato de dados complexos do tipo texto.

A utilidade de um sistema de verificação de coerência lógica é muito simples: além de evitar o retrabalho, erros e enganos internamente na corporação, causados por desinformação, e aumentar o tempo disponível para o descanso e criatividade dos funcionários, a principal vantagem prática está na possibilidade de reduzir drasticamente o tempo de reação das corporações em relação aos fatos novos e potenciais da economia real e da economia fictícia. Uma análise conjuntural que hoje é feita em meses poderá ser realizada e atualizada instantaneamente, com maior qualidade, absoluta coerência e grande facilidade de verificação, colocando as corporações usuárias em grande vantagem em relação a todos os demais investidores no mercado de capitais.

Sistema de Integração Corporativa – Sicorp (4ª parte)

Roteiro de Análise da Proposta de Parceria

Questões leigas

Qc1 - Quais as aplicações de um sistema genérico, como o Sicorp, que tem a capacidade de fazer verificação de coerência lógica em dados complexos de texto?
Resposta: Essa pergunta é semelhante a perguntar: quais as planilhas ou aplicações que podem ser feitas com o programa de planilha eletrônica? quais as contas que podem ser feitas com o sistema numérico? quais os textos que podem ser escritos com as palavras da língua escrita? que viagens podem ser feitas com um avião? para onde os pássaros podem voar? para onde os peixes podem nadar? etc..
Observação: a pergunta correta é: o que o sistema faz? e a resposta é simples: "verificação de coerência lógica em dados complexos de texto" - quem não entende como se usa a lógica na ciência não sabe a importância disso.

Qc2 - Onde está o Sistema?
Resposta: As informações estão nas corporações usuárias; a tecnologia de informática para automação está nas empresas de software e hardware; a inteligência está nos cérebros humanos; o conteúdo operacional excelente está na International Standard Organization - ISO; o conteúdo das inovações do processo EBEP - ISO e a solução do problema da verificação de coerência lógica em dados complexos de texto estão na PlanNet.

Questões gerais

Qg1 - Qual o objetivo de se fazer uma proposta de parceria em um negócio?
Resposta: O objetivo de se fazer uma proposta de parceria em um negócio é definir o objeto da proposta, apresentar as vantagens e a contrapartida necessária para cada parceiro, de modo a permitir uma avaliação criteriosa que conduza cada parceiro à decisão de aceitar ou não a proposta.

Qg2 - Uma parceria é estabelecida de forma unilateral?
Resposta: Parceria é um acordo, logo, não pode ser unilateral. Está implícito em uma parceria que cada parceiro está sendo convidado para analisar e discutir e aprimorar a proposta.

Qg3 - Quais são as regras de negociação entre instituições?
Resposta: Além de atender aos requisitos da lei, uma negociação deve observar as regras de comportamento ético e profissional entre os parceiros.

Questões metodológicas

Qm1- Como analisar um documento técnico?
Resposta: A análise de um documento técnico é dividida nas seguintes fases: a) verificação da estrutura de tópicos do documento; b) verificação da coerência lógica no conteúdo dos tópicos; c) avaliação do mérito da proposta contida no documento.

Qm2 - Como verificar a estrutura de tópicos de uma proposta técnica?
Resposta: Verificando se a estrutura de tópicos tem, pelo menos, um resumo, uma apresentação, uma justificação e uma conclusão.

Qm3 - Como verificar a coerência lógica da proposta?
Resposta: Verificando se o conteúdo de cada tópico apresenta clareza, concisão e coerência lógica entre os períodos e entre os tópicos.

Qm4 - Como avaliar o mérito da proposta?
Resposta: O mérito de uma proposta é o conjunto de benefícios e vantagens que ela oferece, em comparação com o esforço necessário para sua implementação.

Qm5 - Como avaliar uma proposta de parceria em projeto de investimento?
Resposta: Como se trata de análise de projeto de investimento, que é um assunto técnico, então, esta avaliação requer uma análise criteriosa, racional e objetiva, desenvolvida por técnicos competentes em análise de projetos de investimento.

Qm6 - Que abordagem de análise deve ser utilizada?
Resposta: A análise racional emprega a lógica matemática e a abordagem científica cartesiana de análise ou método reducionista, assim definido:
“Análise, segundo Descartes, é uma das quatro regras do método científico reducionista, que consiste em: "dividir cada uma das dificuldades, isolando-as em tantas partes quantas forem necessárias para melhor resolvê-las". A enumeração é outra regra do método científico de Descartes, que recomenda realizar enumerações tão cuidadosas e revisões tão gerais, que se possa ter certeza de nada haver omitido. A evidência: é a regra da metodologia científica pela qual não se deve acolher jamais como verdadeira uma coisa que não se reconheça evidentemente como tal, isto é, evitar a precipitação e o preconceito e não incluir juízos, senão aquilo que se apresente com tal clareza ao espírito que se torne impossível a dúvida. A síntese é o processo de conduzir ordenadamente os pensamentos, principiando com os objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, em seguida, pouco a pouco, até o conhecimento dos objetos que não se disponham, de forma natural, em seqüência de complexidade crescente.”

Qm7 - Quais os critérios que devem ser utilizados para julgar um projeto de investimento?
Resposta: Devem ser utilizados os critérios específicos de aprovação de projetos de investimento.

Em resumo, concluímos que devemos proceder uma análise "top down" da proposta de parceria, de acordo com um processo, que inicia com uma visão do conjunto, para depois enumerar e analisar cada uma das partes, desenvolvendo questões e buscando respostas na forma de evidências. E finalmente, deduzir uma conclusão, com base nos critérios de aprovação para projetos de investimento.

Outras questões gerais relativas a projetos de investimento

Conforme concluímos, para avaliar o mérito da proposta de parceria é preciso conduzir uma análise em diferentes níveis de aprofundamento.

Qe1 - O que é esperado de uma proposta de parceria?
Resposta: A proposta deve apresentar um objeto de parceria que ofereça benefícios e vantagens bastantes para satisfazer aos interesses de cada parceiro.

Qe2 - Quais as regras para negociar parcerias em inovações tecnológicas?
Resposta: Além das regras de negociação institucional é preciso seguir o protocolo para revelação de conteúdo, de forma a garantir os direitos da propriedade intelectual.

Qe3 - O que é exigido de um projeto de investimento?
Resposta: Um projeto de investimento deve acenar com benefícios e vantagens para os investidores e para a sociedade. Além disso deve apresentar viabilidade técnica, que se desdobra em: viabilidade jurídica e contratual, viabilidade econômica, viabilidade tecnológica e exeqüibilidade.

Qe4 - Como se verifica a viabilidade jurídica e contratual de um projeto de investimento em parceria?
Resposta: A viabilidade jurídica se verifica através da legalidade da atividade econômica e a viabilidade contratual através da verificação da legalidade e abrangência das cláusulas contratuais.

Qe5 - Como se verifica a viabilidade econômica de um projeto de investimento?
Resposta: Supondo que existe uma necessidade ou demanda significativa a ser atendida na sociedade; supondo que o objeto atende a essa demanda de forma satisfatória e de acordo com os preceitos da lei; então, a viabilidade econômica de um projeto de investimento pode ser verificada através de comparação com outros projetos concorrentes usando os seguintes parâmetros: valor total do investimento; custos operacionais; taxa de retorno do investimento e estimativa de risco do empreendimento; tendência de crescimento do setor da atividade econômica do projeto.

Qe6 - Como se verifica a viabilidade tecnológica de um investimento?
Resposta: Supondo a existência e disponibilidade da tecnologia e supondo o emprego correto da tecnologia, então a viabilidade tecnológica de um investimento é aferida através dos parâmetros usados para medir a funcionalidade do processo de produção de bens ou serviços (eficiência, eficácia e efetividade).

Qe7 - Como se verifica a exeqüibilidade de um projeto de investimento?
Resposta: Supondo que haja viabilidade técnica, e observando que todo projeto é fixo no tempo e no espaço, a verificação de exeqüibilidade é a verificação da existência de algum outro fator presente na realidade, que impeça ou dificulte a implementação do projeto de investimento, como por exemplo: a falta de inteligência; existência de interesses políticos contrariados; a não existência de recursos humanos capacitados; falta de matéria-prima ou insumos; existência ou formação de grandes forças concorrentes; a falta de capital para o investimento.

12 de julho de 2008

Sistema de Integração Corporativa – Sicorp (3ª parte)

O Sicorp é um sistema universal e definitivo


Uma língua falada ou escrita, qualquer que seja ela, procura estabelecer uma representação para se referir a cada coisa concreta ou abstrata existente no mundo, de forma que, há uma palavra para representar cada coisa. Se estamos nos referindo a um objeto desconhecido, para o qual não há uma palavra específica como sua representação, sempre será possível criar uma nova ou usar uma palavra genérica seguida de uma descrição qualquer do objeto. É fácil concluir que, através de uma linguagem nós podemos representar todas as coisas existentes no nosso universo.


O Sicorp é um sistema de inteligência combinada que utiliza a linguagem escrita como forma de representação dos fatos. Como a existência de um objeto é um fato, então, existe uma representação na linguagem escrita, associada a cada classe de objetos, e para cada objeto com existência e identidade no mundo real. Assim, podemos também afirmar que todos os objetos existentes no mundo podem ser representados através da linguagem escrita. As relações entre os objetos também são fatos que podem ser representados pela linguagem escrita.A estrutura de objetos do Sicorp é universal, porque ele engloba todos os signos usados na linguagem escrita. Ao representar todos os substantivos concretos e abstratos através de suas classes, o Sicorp engloba representações internas para todas as classes de objetos com existência e identidade no mundo real. Ao representar a classe dos verbos da linguagem e a classe dos quantificadores, ele também pode representar todas as ações e todas as relações ou associações que se estabelecem entre os objetos do mundo real.


Internamente ao Sicorp, todas as classes de objetos com existência e identidade no mundo real são, em termos de programação, tipos de dados abstratos ou classes derivadas da classe substantivo. Ao englobar todos os objetos do mundo real e suas relações e associações, o Sicorp cria no interior da máquina uma representação virtual do mundo no seu universo virtual, onde todos os fenômenos da natureza podem ser representados.


A importância disso não é meramente retórica, mas também prática, porque se estivermos considerando todas as classes de objetos ou tipos de dados abstratos e todas as relações usadas em todos os sistemas de informática existentes no mundo reunidas, nós teremos, no máximo, um subconjunto da base de dados abstratos do Sicorp.


A conseqüência disso é que o Sicorp pode evoluir na sua estrutura, de forma a substituir qualquer outro sistema existente no mundo, sem que tenhamos que criar novas representações para classes de objetos. Em outras palavras, a base de dados criada a partir do Sicorp é uma base de dados definitiva, que jamais precisará ser mudada, enquanto a tecnologia de computadores modelo Von Newman predominar. Por isso o Sicorp é um sistema praticamente definitivo.

Sistema de Integração Corporativa – Sicorp (2ª parte)

O Nascimento do Sicorp

A experiência acumulada na PlanNet

A PlanNet é uma empresa de consultoria que se dedica ao desenvolvimento de inovações tecnológicas e suas aplicações na forma de projetos de investimento. A empresa foi fundada por um profissional formado em engenharia pela Universidade Federal Fluminense em 1980, que acumulou variada experiência em estratégia e planejamento ao longo das suas atividades profissionais, atuando nas seguintes áreas:

. análise e planejamento funcional de sistemas de engenharia;
. planejamento da execução de obras de engenharia (PERT);
. planejamento urbano municipal integrado;
. planejamento de obras e serviços públicos municipal;
. planejamento científico e tecnológico estadual;
. planejamento de administração financeira de empresas;
. planejamento de campanhas políticas;
. planejamento mineral nacional;
. planejamento energético nacional;
. análise e planejamento de sistemas de informática estruturados;
. análise e planejamento de sistemas de informática orientado ao objeto;
. planejamento em universidade;
. planejamento de apoio ao desenvolvimento tecnológico para empresas de alta tecnologia;
. planejamento de política econômica.


O esforço da PlanNet


A PlanNet Consultoria, empresa que se dedica ao desenvolvimento de conteúdo para inteligência corporativa, usando redes de computadores, investiu na linha de pesquisa da inteligência combinada, em busca de solução para o problema da verificação de coerência em dados complexos de computador no formato de texto. Este esforço foi realizado, visando sua aplicação na automação das análises positivas da realidade para a definição de estratégias e planejamento corporativo.


Inspirando-se nos sistemas nacionais de inovação dos países desenvolvidos, a PlanNet encontrou duas respostas satisfatórias, dois sistemas de análise, que podem ser implementados em computador, para realizar o trabalho em conjunto com as equipes humanas, e possibilitar o processamento automático das informações corporativas, inclusive os dados complexos de computador no formato de texto.

A barreira semântica foi superada adicionando inteligência combinada ao processo científico de análise econômica. A PlanNet teve a sorte de resolver este importante problema, que surge especificamente no campo científico da tradução mecanizada da linguagem.

Uma das soluções aplica lógica jurídica, é mais fácil de entender e foi gerado um produto demonstrativo em 1997, prevendo os acontecimentos econômicos em 2002. Hoje já se tem notícias de sistemas semelhantes sendo desenvolvidos em outras áreas, como na indústria petrolífera. A segunda solução é mais complexa e envolve outros campos do conhecimento, como o Cálculo de Predicados e Inteligência Artificial. Os aspectos internos desta solução representam um salto tecnológico e somente os especialistas em alta tecnologia podem entender.

O sistema de análise

Após reunir todo o conhecimento prático e teórico de estratégia e planejamento, o fundador da empresa se aliou a consultores da área de economia, ligados ao mercado de capitais, administração da informação e alta tecnologia de informática. Agregando o conteúdo excelente nessas áreas, desenvolveu vários projetos inovadores. Uma dessas inovações é um sistema de análise, capaz de fazer verificação de coerência lógica em dados complexos de computador no formato de texto.

O sistema de análise é uma inovação tecnológica, que permite realizar a verificação de coerência lógica em dados complexos de texto, em tempo real de leitura e digitação, através das inteligências humana e artificial combinadas.

Superar o problema da semântica e construir um sistema de análise de textos com verificação de coerência lógica em tempo real de leitura e digitação, permite resolver inúmeros problemas acadêmicos. Mas essa solução não se traduz em capital se não tiver uma aplicação prática. Por outro lado, uma aplicação prática não se traduz em dinheiro se não houver um grande interesse comercial.


A escolha da aplicação comercial


Para atender os requisitos do capital, a aplicação escolhida foi o desenvolvimento de inteligência para corporações que atuam no mercado financeiro, onde pequenos avanços podem representar grandes somas de capital, evitando erros que trazem grandes prejuízos ou acertando nas decisões mais lucrativas.

O intento da PlanNet viabiliza várias aplicações úteis e lucrativas no mercado financeiro, trazendo grande aumento de capacidade na análise da economia real. Nas duas soluções encontradas a análise lógica de longo prazo pode ser realizada instantaneamente se uma base cumulativa de dados complexos estiver disponível. Esse aumento de capacidade permite reduzir drasticamente o tempo de resposta aos fatos novos no mercado financeiro, onde tempo é dinheiro, proporcionando uma grande vantagem operacional aos usuários capitalistas.


Conseqüências


Se esta grande vantagem na capacidade de análise permanecer por tempo suficiente nas mãos de um grande capitalista, então, uma grande quantidade dos recursos mundiais poderá mudar de propriedade.

Além desses aspectos, depois que os programas com essa nova tecnologia surgirem no mercado, todos os programas da classe "office", atualmente em uso nas corporações, vão se tornar obsoletos. Como não se pode parar o que existe, novos sistemas deverão ser instalados em paralelo aos já existentes. Por isso, os parceiros potencialmente mais interessados são os fornecedores de hardware em todo o mundo.

Finalmente, o dinheiro que deverá ser gasto para implementar estes novos programas é muito pouco comparado com os ganhos obtidos com a aplicação, tanto com o uso no mercado financeiro quanto com a comercialização do programa.


O nascimento do Sicorp


A inteligência nas corporações, seja humana ou combinada, é totalmente dependente  das informações que estão contidas nos documentos registrados e contidos nos sistemas de documentação e informação. Logo, antes de poder aplicar o sistema de análise nas corporações é preciso ter acesso, coletar, classificar, reunir, selecionar e processar as informações contidas em todos os sistemas de informações da corporação.

Para encontrar uma solução comercial, que sirva para todas as corporações, é preciso que o sistema seja de uso genérico. Para isso foi desenvolvido um estudo para definir uma estrutura básica de informações que existe em todas as corporações e que não pode deixar de existir em nenhuma delas. Os cinco sistemas fundamentais da Estrutura Básica de Estratégia e Planejamento - EBEP - são: Sistema de Biblioteca; Sistema de Arquivo; Sistema de Acesso, Protocolo e Comunicação; Sistema de Planejamento e Programação de Projetos; Sistema de Controle de Atividades.

O padrão de excelência desses sistemas básicos é objeto da International Standard Organization - ISO. Por esse motivo adotamos a denominação de Estrutura Básica de Estratégia e Planejamento - EBEP - ISO.

Quando a tecnologia dos cinco sistemas EBEP-ISO foi reunida ao sistema de análise em um único sistema, com uma mesma hierarquia de objetos abstratos, nasceu o Sistema de Integração Corporativa – Sicorp, e para viabilizar a comercialização foi desenvolvido o projeto de investimento SPIAM S.A., para o mercado aberto.

7 de julho de 2008

Sistema de Integração Corporativa – Sicorp (1ª parte)

O Sistema de análise do Sicorp

Estratégias e planejamento institucional

A definição de estratégias e o planejamento são atividades desenvolvidas em todas as instituições públicas nacionais e internacionais em todos os níveis de governo. As grandes corporações têm seus próprios sistemas de estratégia e planejamento. As empresas privadas também necessitam desse conhecimento para a tomada de decisão dos seus dirigentes. Mas essas atividades são de grande importância nas instituições financeiras que atuam no mercado de capitais.

Inteligência nas corporações

A necessidade de inteligência nas corporações existe porque:
. a realidade econômica mundial é muito complexa e mutável;
. a realidade da economia se divide em economia real e economia fictícia;
. a realidade da economia positiva é única mas muda a cada instante;
. a realidade da economia fictícia é abstrata, baseada em promessa de pagamento;
. as decisões econômicas dependem do conhecimento da realidade global;
. a estratégia e o planejamento institucional dependem do conhecimento da realidade única;
. as análises da realidade são feitas por muitas pessoas dentro e fora das corporações;
. para sobreviver no mercado as empresas precisam desenvolver a sua própria inteligência;
. a inteligência humana de uma corporação é a reunião dos cérebros do seu "staff";
. os computadores são usados para auxiliar a inteligência nas corporações.

Inteligência para corporações, em poucas palavras, é um grupo de pessoas da corporação que coletam, selecionam, ordenam, aprendem e entendem as mais importantes informações a respeito da sua própria realidade de mercado.Nos dias atuais, toda grande corporação necessita conhecer os fatos e os dados a respeito de mais de um país. Porém, a quantidade de informações que é preciso manter e entender em apenas uma economia é enorme. Mas, a quantidade correspondente na economia global é muito maior.

A corporação precisa seguir adiante para sobreviver. Se ela apenas fechar os seus olhos não resolve o problema. Assim, ela é forçada a enfrentar a grande complexidade da era atual. Atualmente, essa análise lógica complexa e ampla da realidade precisa ser feita por cerca de mil indivíduos especialistas, e o tempo requerido nessa classe de decisão de mercado e sua margem de erro são enormes.

Análise da realidade e computador

O computador não tem inteligência própria, mas a solução dos problemas pode ser automatizada através do computador, na forma de programas. O computador não resolve problemas, apenas automatiza os cálculos para ajudar na solução dos problemas já resolvidos pelo homem. O computador não resolve nenhum problema sem que o homem desenvolva uma solução e a transforme em uma programa de computador.

A realidade econômica fornece um conjunto muito grande de diferentes informações que podem ser traduzidas em várias linguagens usando suportes físicos diferentes, e dentro do computador, em especial, na forma de tipos de dados uniformes e tipos de dados complexos.

Hoje existem vários caminhos para controlar e usar dados uniformes com o auxílio do processador do computador, que pode operar satisfatoriamente com uma grande quantidade de registros de uma base de dados contendo milhões de unidades de dados uniformes, na forma de números e "strings" de caracteres. Mas a vantagem disso é apenas aparente diante da complexidade da realidade.

Apesar do grande poder de processamento das máquinas, a pesquisa especializada mostrou que a qualidade da tomada de decisão diminuiu, pelo menos ao longo das duas primeiras décadas, depois da adoção generalizada do uso do computador nas grandes empresas.

Isso ocorreu porque há uma clara falta de inteligência no processamento de dados complexos através do computador. A máquina apenas realiza rapidamente as operações matemáticas com dados uniformes. Os dados complexos são meramente usados como inúteis adornos, que são apenas comparados, movidos e copiados, exatamente como se faz com um arquivo digital inteiro. A verificação de coerência em dados complexos é uma operação que apenas pode ser feita através do cérebro humano, o programa de computador não pode ainda realizar este trabalho.

O estado atual da arte

A planilha eletrônica, quando foi desenvolvida na década de 1960, se chamava Sistema de Planejamento Estratégico. Este nome foi escolhido porque na época se acreditava que o modelo de planejamento estratégico matemático desenvolvido por H. Igor Ansoff era capaz de fazer qualquer coisa em termos de planejamento. Com os grandes fracassos nas grandes corporações, ela voltou a ser apenas uma planilha eletrônica para a automação de processos de cálculo numérico.

As planilhas eletrônicas são capazes de realizar todos os tipos de cálculo com números e ajudar na automação de todos os problemas científicos relacionados com fenômenos que podem se traduzir em relações numéricas, mas somente isto.

Como as áreas financeiras e contábeis das empresas e do mercado de capitais trabalham somente com números, as planilhas eletrônicas e os gráficos que elas fazem são muito usados nas empresas para o controle contábil e administração financeira, entre outras aplicações numéricas.

Os tradutores mecanizados de linguagem foram desenvolvidos para fazer traduções em tempo real de leitura e digitação de texto. Mas, como tudo depende da máquina e os modelos de computadores atuais, do tipo Von Newman, só funcionam com lógica booleana, que é a lógica dos circuitos elétricos, eles não conseguem resolver os problemas da semântica que se apresentam na língua, porque este campo do saber humano é complexo.

Os problemas de interpretação da linguagem não obedecem aos três princípios fundamentais da lógica. Os cinco níveis de semântica complexa da língua não se encaixam ao princípio da identidade, e os paradoxos e alusões metafóricas não se encaixam no princípio do terceiro excluído, nem a melhor interpretação de um texto se encaixa no princípio da não contradição. O resultado é que todos os textos traduzidos por essas máquinas apresentam elevado número de erros que precisam da correção humana.

A inteligência artificial entrou no problema de interpretação da linguagem e avançou no rumo dos cálculos de lógica complexa, aplicando o cálculo de predicados na solução desses problemas, mas ninguém pode, até hoje, confiar nos resultados obtidos, de modo que as aplicações não foram adiante no uso prático, mas são usadas na programação de robôs "inteligentes", permitindo que eles possam responder algumas perguntas típicas.

O computador é muito eficiente e rápido na solução dos cálculos numéricos e manipulação de "strings" de caracteres, que são os tipos de dados abstratos mais simples que ele é capaz de operar, também chamados de dados uniformes. Como vimos, o processamento da lógica dos dados complexos no formato texto já é uma barreira intransponível para os computadores.

A inteligência combinada

Até hoje, ninguém costuma ressaltar isso, talvez porque seja óbvio, mas somente a inteligência combinada entre homens e máquinas tem permitido encontrar a solução de problemas realmente complexos, que exigem muitos cálculos, como os que ocorrem na estatística multivariada, que é usada em biologia, meteorologia, astronomia, astrofísica, simulações nucleares, etc..

A inteligência combinada para corporações evoluiu muito com o uso das redes de computadores, que permitiu a automação de muitos aspectos do trabalho em grupo, "groupware", de onde se originaram as técnicas de trabalho em equipe e os conceitos de Intranet, como o Lotus Notes, originalmente lançado no mercado pela empresa fornecedora da planilha eletrônica Lotus 123.

Há uma grande massa de informações no formato de texto que não é processada pelos computadores das corporações, mas apenas pelos cérebros humanos, trabalhando de forma primitiva e isolada. A questão é: se a inteligência combinada tem sido a solução dos problemas complexos, porque não seria também a solução para processar toda essa informação mal utilizada?

12 de junho de 2008

Política Agrícola Estrutural Integrada

Política Agrícola Estrutural Integrada
COVA, Claydson G.

Este trabalho apresenta uma solução multidisciplinar de política econômica agrícola. Resulta de um esforço de planejamento nacional integrado, que une o determinismo da engenharia com a visão integrada da economia. A implementação das unidades locais ocorre em fases de crescente capacitação das células agrícolas experimentais. É um projeto integrado de investimento de capital em agricultura, produção de alimentos, habitação, geração de emprego e renda, defesa nacional e proteção ao meio ambiente, que apresenta resultados macroeconômicos determinísticos. Fixa o homem no campo, dá o máximo apoio possível para toda agricultura, alarga um mercado profissional inesgotável, ao disseminar variedade e multiplicidade em pesquisa agrícola e biotecnologia. Pela via da educação ambiental preserva o meio ambiente. No curto prazo, aquece a indústria da construção civil e a indústria agrícola. No médio prazo, o crescimento nacional da renda e da poupança aquece o mercado financeiro e o mercado interno de bens duráveis. A estratégia de desenvolvimento é definida pela macroeconomia, a metodologia de análise do problema e o processo de síntese vêm da engenharia, mas o formal de verificação dos impactos vem da macroeconomia.

I – Introdução
Economia dual


Os principais fundamentos foram restabelecidos, a economia tem crédito e reservas, mas apresenta falhas de infra-estrutura e setores deficientes, como o setor estado, que é corrupto e carente de inteligência institucional. O setor trabalho vem apresentando alto nível de desemprego, em contraponto, milhares de vagas ainda abertas pela escassez de capital humano. Excluída do mercado digital, a massa crítica pouco retorna ao berço esplêndido. São desigualdades sociais e regionais as características de uma economia dual, na qual uma "suíça" industrializada convive com uma "bifara" miserável. Nas regiões de contato entre esses dois mundos ocorrem conflitos sociais, e as famílias, abandonadas no campo e nas favelas, são reprimidas pela força das armas, como "inimigos". Por tudo isso, temos uma economia dual.

Os dois últimos séculos de história econômica mostraram que o aumento dos índices de desenvolvimento nos países ricos, iniciou com alguma forma de "preparação preliminar", antes da aceleração do crescimento, ou "big push". Já, alguns críticos da globalização afirmam que agora as economias em desenvolvimento podem "esquecer" tais estratégias preparatórias e partir para investimentos em aumento de eficiência e ganho de produtividade, apoiados por mecanismos de exportação. Neste ponto, o Dr. Jan Tinbergen, pai do planejamento de política econômica, recomenda mudança estrutural para ajudar os setores carentes da economia, e ainda estabelecer restrições de qualidade; aprimorar os controles ou reforma fiscal; reforma tributária ou adequação de taxas; políticas de monopólio; políticas administrativas (descentralização, meritocracia), apreciar projetos estruturais consensuais de investimento. [ARROW] Na academia, esta visão de investimento estratégico integrado está associada ao conceito de ”big push", divulgada por Rosenstein-Rodan (1943), Preobrazhensky (1929), Feldman (1928), Nurkse (1953), Scitovsky (1954) e Fleming (1955). Murphy, Shleifer and Vishny (1989), em uma perspectiva da "new growth theory", exploraram a idéia de que a industrialização simultânea em diversos setores é lucrativa para todos. O enfoque está associado ao "big push" e tem como contexto a competição imperfeita. É preciso alcançar o equilíbrio das contas externas e usar uma teoria do crescimento endógeno mais ampla, que considere o "big push". A abordagem de Feldman (1928) e Mahalanobis (1955) repensada para incorporar elementos teóricos recentes, contrasta com Romer (1986) e Lucas (1988) quanto aos mecanismos que alavancam o crescimento econômico. É preciso criar renda, para expandir a demanda por bens de consumo e serviços, nos demais setores da economia, induzindo a expansão do mercado. Outro modo, comprovado, é o próprio estado alavancar o "big push", sustentar a demanda e criar uma poderosa indústria, baseada numa demanda estatal crescente (como armamentos nos EUA). É preciso refletir sobre o papel do estado quanto ao uso de excedentes da economia para promover o "big push". Partindo do modelo de Mahalanobis para criar um modelo de três setores, Hornby (1968) e Oyarzun (1983) consideram o setor de bens de investimento ou meios de produção, indústria de bens de consumo e incluíram o setor agrícola. Mas esta é uma abordagem inadequada ao moderno “agrobusiness”. Hoje, é mais importante a utilização de capital humano como acelerador do processo de crescimento. [TEIXEIRA]



(figura 1)

Problema genérico
Como uma economia dual deve proceder para iniciar um processo endógeno auto-sustentado de crescimento e desenvolvimento?

A solução genérica de política econômica, discutida acima, consiste em utilizar o capital humano e realizar investimentos integrados de capital (consensuais, adequados, coordenados e simultâneos), de modo a equilibrar a oferta e demanda nos setores estratégicos da economia.

Especificamente, no nosso caso, é preciso encontrar uma solução de política econômica auto-sustentada, que conduza ao desenvolvimento, mantendo o regime democrático e o sistema capitalista, numa economia aberta.

A exeqüibilidade de um projeto de governo é um problema essencialmente político. Pois, havendo interesse real, por parte das forças vivas da sociedade, em qualquer regime de dominação social, tecnicamente, é quase sempre possível conceber e realizar projetos para reduzir as mazelas sociais.

O máximo de exeqüibilidade ocorre, quando um projeto é claramente de interesse consensual, e mediante sua implementação, implicaria significativos benefícios para todos os agentes da economia.

II - Metodologia
Considerações metodológicas


Para elevar os índices nacionais de desenvolvimento humano, econômico e social, temos que enfrentar o complexo problema de conhecer a realidade conjuntural. (segundo a metodologia da Ciência ou método científico, o conhecimento do problema implica: conhecer as características e atributos do objeto sob análise, e as influências derivadas da fronteira dele com o ambiente externo).

A necessidade de reunir o conhecimento profundo, necessário e permanente, da realidade, nos leva a um problema prático complexo e transdisciplinar.

O esforço de acompanhar todas as mudanças da realidade global está além da capacidade de uma só pessoa.

Portanto, esta análise exige boa técnica de trabalho de equipe, disciplina, e perfeita documentação. Sem esquecer a humildade necessária para uma eficiente abordagem multidisciplinar.

O método não se inventa, depende do objeto da investigação. A época do empirismo passou, hoje em dia não é mais possível improvisar. A atual fase é da técnica, da precisão, da previsão e do planejamento. Ninguém se pode dar ao luxo de fazer tentativas ao acaso para ver se colhe algum êxito inesperado. [CERVO]

Não existe uma teoria simples e geral, plenamente adequada para orientar a decisão de política econômica, em todas as situações possíveis de desestruturação de uma economia. Logo, também não há uma teoria geral que possa atender à decisão de política econômica, numa economia desestruturada específica.

Apesar disso, para orientar o conjunto das ações de investimento, nós consideramos observar ainda uma teoria macroeconômica que trata do problema específico de uma economia dual. Consideramos, sobretudo, que é sempre recomendável "retornar aos passos básicos do método científico e procurar descobrir a verdade dos fatos para guiar o uso do método" [CERVO&BERVIAN]. Numa citação em [HYWEL], Harrod deixa bem claro, que o método de pensar é algo mais amplo, que está além da validade de um simples modelo matemático e ainda afirma: "é necessário pensar dinamicamente".

Segundo Tinbergen, o problema agora é restaurar a estrutura produtiva danificada. Para isso é preciso definir um conjunto estratégico de projetos de investimento. Além disso, em face à competitividade internacional, cada vez mais, passa a ter uma importância maior a diferença entre, buscar uma solução qualquer e buscar a melhor solução possível de projeto de investimento.

O nosso problema de definir projetos de investimento para restaurar a estrutura econômica danificada, exige, que se interprete a situação real da economia através de uma análise positiva. Mas, antes que se recomende uma solução, será preciso fazer uma outra análise, com clara intenção normativa, para evitar conflitos de interesse e atender aos desígnios da dominação social. Porque é a teoria normativa da política econômica que busca orientar estrategicamente as ações governamentais reais de política econômica. [SACHS&LARRAIN]. Os problemas sociais brasileiros têm caráter complexo. De forma que, estamos na fronteira do subjetivo, onde difere de pessoa para pessoa o julgamento dos valores das coisas e das situações. Uma vez estabelecidos os critérios normativos de avaliação, as diretrizes e as restrições, o espaço das soluções também se define.

A análise econômica positiva serve para se obter a previsão mais acertada do comportamento real da economia. Esta é uma tarefa árdua, tanto pela necessidade de lidar com grande número de variáveis, quanto pelo comportamento sempre mutável da economia. Diante disso, nós vamos desenvolver uma abordagem "top-dawn", partindo do todo para a parte, e considerando, primeiro, os aspectos positivos e relevantes da realidade; observando principalmente o conjunto das necessidades reais da sociedade, como um todo. Não havendo uma teoria macroeconômica geral específica para o caso brasileiro, é uma decisão lógica correta, e plenamente de acordo com as recomendações de Samuelson, considerar precisamente, os fatos da realidade, traduzindo-os em quantidades, qualidades e relacionamentos.

A análise deve incorporar as contínuas mudanças e tendências relevantes no contexto real, em busca da identificação de oportunidades, que vão indicar o perfil da solução do problema. Identificar e relacionar os fatos relevantes, diante da facilidade de comunicação e disponibilidade de informação, é uma simples questão de ordenamento e vinculação coerentes, e então, podemos aplicar os métodos conhecidos na análise de documentos.

Antes de desenvolver a análise lógica de predicados é prudente fazer uma análise semântica que é bem mais rica em relacionamentos, porque pode considerar predicados mais complexos que aqueles da análise sentencial e da lógica Booleana. Esta análise das associações subjetivas que envolvem o próprio autor é encontrada na sua forma mais complexa no método de análise de documentos [GIERING].

Com o emprego da lógica de predicados, e partindo dos fatos da realidade, vão surgindo relações de implicação ou sincronismo estatístico, entre os elementos, parâmetros e variáveis, que vão se aglutinando e restringindo o espaço da solução.

Na matemática temos uma versão mais adequada à tomada de decisão, despojada da análise subjetiva, denominada "Cálculo de predicados" [HEGENBERG], na mesma linha do "cálculo sentencial" [MONINI] porém, muito mais rica, porque considera predicados mais complexos, onde se admite todas as formas de relações entre os elementos do discurso, desde os relacionamentos monádicos aos "n-ádicos". Esse método permite observar claramente as interseções entre as estruturas lógicas, que, na forma mais complexa, assume um formato de floresta, composta de muitas árvores proposicionais enárias interligadas. Após definir o espaço das soluções, depois de percorrer todo o processo de estratégia e planejamento de intervenções, vamos aplicar a técnica de engenharia de projetos de investimento e definir os detalhes da solução.

Metodologia do Planejamento

Conforme a nossa Introdução evidencia, a metodologia para uma tomada de decisão estratégica de grande porte, que afetaria todo o país, deve ser cautelosa, e se firmar em experimentos reais, como fatos históricos, ocorridos nas economias desenvolvidas. Esses fatos devem ser vistos sob os métodos de análise das modernas teorias macroeconômicas, especialmente aquelas que buscam entender o caminho do crescimento endógeno auto-sustentado. Neste ponto, o nosso objetivo é definir uma solução estratégica nacional genérica de política econômica, usando a visão abrangente e ampla das ferramentas de análise da macroeconomia, e do planejamento de política econômica. A solução genérica, especificada acima, aponta apenas os requisitos econômicos relevantes da solução, o rumo estratégico a ser tomado por uma economia subdesenvolvida, ainda algo combalida em alguns setores, rumo ao seu real desenvolvimento.

Para ousar sugerir uma intervenção de política econômica no mundo real, temos que considerar os maiores mestres do planejamento de política econômica (especialmente Tinbergen) e aplicar o seu amplo conhecimento de macroeconomia e planejamento de política econômica, em busca de uma solução especifica para esta nossa economia dual. Portanto, neste ponto do esforço de pesquisa, nós ainda estamos na busca de definir o perfil da nossa solução ideal.

Conhecida a solução genérica a nossa meta agora é encontrar a nossa solução ideal, especificar a melhor forma de intervenção preparatória para o "big push", ou seja, o melhor projeto integrado de investimento de capital, aquele que vai restaurar a estrutura econômica, aumentar a eficiência do setor produtivo e ampliar a taxa de reprodução do capital, para induzir o crescimento nos demais setores da economia, cuja garantia de sucesso também é pressuposto primário das teorias do crescimento econômico, sem o qual "sucesso do investimento produtivo" tudo falha. O projeto integrado ideal precisa ser algo seguro, viável técnica e economicamente, também deve atender amplo espectro de necessidades sociais e interesses dos vários setores da economia para ser de interesse consensual, política e materialmente exeqüível na realidade.

A orientação dada pela solução genérica nos leva a enfrentar agora uma pesquisa criativa em busca de projetos de investimento integrado para beneficiar ao mesmo tempo vários setores articulados da economia.

Essa pesquisa requer necessariamente uma aplicação da conhecida metodologia do planejamento estratégico situacional integrado, nos níveis municipal, regional e nacional. Sendo o problema integrado e, portanto, transdisciplinar, é preciso conhecimento multidisciplinar, para definir exatamente quais são os requisitos e atributos específicos da melhor solução, a solução ideal.

Nesta fase, antes de tudo, depois de uma criteriosa coleta de dados, é realizada uma análise racional macroestratégica da realidade nacional face à conjuntura externa, que vai apontar os caminhos estratégicos mais naturais e seguros frente às reais demandas, interesses e necessidades dos agentes sociais; necessidades de infra-estrutura, recursos disponíveis (naturais, humanos e financeiros); limites e restrições(*1), tendências, demandas e necessidades, prioridades, e diretrizes situacionais que indicam que setores serão fortalecidos e beneficiados. Com isso tudo, já podemos estabelecer o melhor esquema de articulação entre os elementos estruturais do projeto.
(*1)Pressupostos, diretrizes e orientações superiores são os limites normativos

Depois da definição e análise macroestratégica dos elementos relevantes da realidade atual, já é possível definir o perfil estratégico da nossa solução ideal particular, a nossa melhor alternativa de projeto integrado de investimento de capital. Para isso, será utilizada a metodologia criativa que surge naturalmente na prática da engenharia. No método cartesiano de análise, temos a dissecação ou divisão do problema em suas partes mais singelas. A síntese criativa recompõe as novas partes e os novos conjuntos, de modo a satisfazer plenamente aos limites e requisitos da solução ideal.

Um resultado deste estudo é o que está sendo mostrado neste trabalho. É só um perfil esquemático da solução definitiva, com um conjunto de orientações e diretrizes estratégicas.

Neste ponto, o projeto de investimento já apresenta uma clara definição da articulação entre os seus elementos: é uma associação parcial, genérica, indefinida, sem detalhes. As peças de comunicação do projeto devem estar afetadas pela linguagem de comunicação usada na política, e atender requisitos normativos legais; devem também apontar a qualidade das associações e ligações entre os elementos da sua estrutura.

O esquema adiante mostra os fluxos financeiros e produtivos, e define as ligações a serem estabelecidas entre os diferentes setores da economia, a participação de cada agente, as fontes de financiamento, origem e aplicação dos recursos, também atende à vocação natural da economia de acordo com as características geográficas e as imposições da realidade, das demandas e disponibilidade de recursos, dos limites e restrições determinantes, e finalmente interesses e necessidades dos agentes econômicos. O detalhamento de cada elemento e ligação da estrutura do projeto de investimento estrutural será orientada por especialistas de cada disciplina.

Verificações macroeconômicas formais para determinar os efeitos positivos do projeto na economia, são simples, com modelos de crescimento em dois setores, ou com modelos para economia dual.

III - Apresentação
Análise positiva das necessidades sociais


O País apresenta um grande conjunto de necessidades da população não atendidas, quando comparamos a situação do povo brasileiro com os países desenvolvidos. Sofrimento e penúria, que ameaçam a preservação da vida das pessoas e do meio ambiente. Essa calamidade pública requer uma intervenção racional para evitar o colapso das instituições, por falência ou insurgência. Assim, devemos considerar os seguintes conjuntos de necessidades:
1º) necessidade de desenvolvimento - melhoria da qualidade de vida da população e da infra-estrutura; redução do "custo Brasil" com o aprimoramento das instituições nacionais públicas e privadas; aumento da taxa de reprodução do capital nacional;
2º) necessidade de auto-sustentação econômica local - a produção local de bens deve ser maior que as necessidades de consumo desses mesmos bens, para evitar a evasão da renda municipal;
3º) necessidades superiores da classe dominante - liderança, valores humanos, respeito, admiração, segurança, direito à privacidade e à intimidade, qualidade de vida psicológica, ética, inteligência, compreensão, criatividade, conhecimento universal, estratégico, político, científico, informação e finalmente, o bem mais precioso, a sabedoria;
4º) necessidades da classe média - segurança, informação, liberdade e qualidade de vida, habitação, alimentação sadia, emprego e renda, poupança, previdência e seguridade social;
5º) necessidades da classe operária - segurança, informação, liberdade e qualidade de vida, habitação, alimentação sadia, educação adequada, emprego e renda, previdência e seguridade social, equipamento público e infra-estrutura urbana;
6º) necessidades do homem periférico-urbano - os desempregados, carentes e marginais necessitam de assistência médica e dentária, regras básicas de comportamento, noções de higiene, saúde nutrição e direito, alimentação, orientação profissional, terapia, ocupação, lazer, esporte, assistência social, segurança, informação, liberdade e qualidade de vida, habitação, educação, emprego e renda, previdência e seguridade social, equipamento público e infra-estrutura urbana;
7º) necessidades do homem rural - assistência médica e dentária, regras básicas de comportamento e noções de higiene, limpeza e saneamento, saúde e nutrição, segurança, orientação profissional, terapia, ocupação, lazer, esporte, assistência social, informação, educação, emprego e renda, previdência e seguridade social, equipamento público, vias de transporte e infra-estrutura.

Diretrizes situacionais ou necessidades nacionais

N01 - aumentar o desempenho dos executivos das instituições em geral;
N02 - orientação dos esforços governamentais de capacitação de RH nas áreas de alta tecnologia;
N03 - ativar o potencial criativo da população brasileira e aproveitá-lo comercialmente;
N04 - identificar o perfil dos produtos de alta tecnologia compatíveis com a capacitação tecnológica já existente e que apresentem perspectivas comerciais notadamente favoráveis, no mercado interno e no externo;
N05 - tornar mais competitivo o parque produtivo brasileiro de produtos de alta tecnologia;
N06 - desenvolver soluções que elevem os índices de qualidade de vida da população para reduzir o comprometimento do meio ambiente, tanto nas zonas urbanas quanto nas rurais;
N07 - fomentar as iniciativas de empreendimento em empresas de base tecnológica;
N08 - reduzir o impacto da dominação tecnológica nas importações de bens de alto valor agregado;
N09 - acompanhar as condições de produção nos demais países do mundo;
N10 - manter os centros de pesquisa básica;
N11 - desenvolver e utilizar um modelo de gestão do ensino superior e uma geometria institucional mais eficientes e adequados às reais necessidades do país e da sociedade;
N12 - obter superávit, aumentar a arrecadação de fato, ampliar os investimentos em infra-estrutura e utilizar melhor os recursos públicos;
N13 - direcionar e racionalizar os investimentos públicos em pesquisa aplicada no País;
N14 - transformar a energia solar em biomassa comercial com a exploração econômica das potencialidades das terras férteis, da biota e do clima;
N15 - investimento para promover o desenvolvimento e o crescimento econômico;
N16 - desenvolver as cidades de pequeno e médio porte, invertendo a urbanização dos grandes centros e reduzindo a evasão da renda municipal com a importação de alimentos de outras regiões;
N17 - explorar o potencial turístico do país;
N18 - reduzir o déficit habitacional para favorecer o turismo;
N19 - reduzir o custo de vida;
N20 - ampliar a produção agrícola;
N21 - aumentar a produção e a competitividade da economia como um todo;
N22 - preservar o meio ambiente;
N23 - aumentar a produção de alimentos e a competitividade da produção doméstica de alimentos;
N24 - reduzir os conflitos urbanos e rurais, evitando insurgências e soluções de continuidade.

Requisitos da solução

A solução deverá apontar uma alternativa exeqüível e viável, para eliminar as causas e os sintomas dos problemas nacionais e sustentar o crescimento da economia. A solução deste problema passa pela definição de uma política econômica que conduza efetivamente ao fim das mazelas sociais. A solução de um problema tão complexo não se resume a uma única disciplina, mas deve procurar atender a todas. Uma tal solução válida de política econômica deve ter os seguintes atributos: 1º) que as variáveis enumeráveis da economia real apontem resultados significativos, sendo preferíveis aqueles de ordem de grandeza superior em relação ao do investimento, e no sentido desejado pela sociedade, como: aumento das ofertas de habitação, emprego, renda, alimentação, nutrição, educação etc.; 2º) que a solução esclareça e especifique os montantes, os valores e a origem dos recursos utilizados; 3º) favoreça o equilíbrio demográfico espacial do País e a reversão do processo de urbanização ou êxodo rural; 4º) que tenha flexibilidade e adaptabilidade para explorar e atender às peculiaridades locais em todo o País, onde houver disponibilidade, necessidade e oportunidade de exploração econômica dos recursos naturais, como fontes de energia e de matérias-primas renováveis e não renováveis; 5º) considerar a realidade social e política, a diversidade geográfica, racial e cultural do País.

Formalização

Considerações iniciais


O crescimento equilibrado como um fio de navalha, na visão de Harrod é inadequado [HYWEL], preferindo ele fazer analogia com uma economia desenvolvida à estrutura regular de uma bola, haveria uma trajetória do crescimento sobre uma superfície inclinada, na qual a bola estaria inicialmente estacionária, esperando por um impulso correto, para se mover e poder seguir rolando declive abaixo.

Podemos comparar um economia em desenvolvimento com uma bola murcha, que exige freqüentes chutes para se mover em cursos breves e incertos. As deformidades estruturais são estudadas também em [JORGENSON] como armadilhas de equilíbrio de baixo nível, onde o impulso dado, na forma de capital, perde energia e finda, consumido pela ineficiência. Uma tal economia constitui sério risco para o investidor. Por outro lado, ainda na analogia de Harrod, o tal amplo gramado em suave declive (que representa disponibilidade de capital bastante para dispor de várias rotas alternativas) que necessita somente de um pequeno empurrão para acelerar ladeira abaixo, não nos parece uma analogia seguramente adequada para economias desestruturadas. Algumas experiências africanas recentes mostram que algumas economias mais frágeis podem seguir desgovernadas, num terreno irregular e cheio de armadilhas, como é o mundo real.

As teorias do crescimento não ressaltam a hipótese implícita da abundância de recursos para investimento nas economia desenvolvidas. Na economia pobre não se pode errar. É preciso acertar o caminho porque os recursos são provenientes de empréstimos. Quando o investimento é escasso, sua administração correta é um fator determinante, se falhar, a próxima chance ocorrerá em condições piores.

O produto nacional pode ser vendido, se o nível de investimento for elevado. O aumento da capacidade produtiva é fundamental para o desenvolvimento do capitalismo, afirma Tugan-Baranovsk. Rosa Luxemburgo destaca que a reprodução ampliada é impossível num sistema capitalista fechado, atribuindo todo o seu desenvolvimento à possibilidade de vender suas mercadorias em mercados externos. As duas teorias encontram uma espécie de ponto de interseção no capitalismo contemporâneo - especialmente nos EUA, onde o papel decisivo é exercido por um mercado criado pelo governo para a criação de armamentos.

Até aqui ficou patente, que: a) uma espécie de estrutura econômica deve ser implementada, através de um conjunto coordenado de ações paralelas e encadeadas de política econômica; b) em função de estarmos tratando com uma economia dual desestruturada, não podemos evitar um investimento estruturador da economia que implica na apreciação de projetos de investimento, notadamente aqueles voltados para promover um excedente na agricultura [JORGENSON]; c) que o investimento é uma forma de aumentar diretamente a venda do produto nacional; d) que vender mercadorias, competindo no mercado externo é fundamental para o desenvolvimento econômico moderno.

Perfil da solução

Os projetos de desenvolvimento que irão receber o investimento social, devem prioritariamente se voltar para o atendimento das necessidades ou diretrizes situacionais. Assim, algumas alternativas já podem ser consideradas, levando-se em conta as potencialidades e oportunidades do momento, no contexto mundial e nacional. A solução vem na forma de um projeto de célula agrícola periférica experimental. Adiante, na análise matemática, este projeto celular será tomado como já disseminado em nível municipal, para nos estudos de dois setores serem agregados de forma determinística em um novo setor R ou setor de reintegração.

Intervenção prepara o "big push"

Para atender N01, .N02, .N03, .N04, .N05, .N07, .N08, .N09, .N11 e sabendo que mesmo um projeto de investimento sem risco de fracasso tem que ser bem administrado, a nossa primeira ação de investimento será a identificação e aquisição do melhor conteúdo existente em estratégia e planejamento e da melhor tecnologia de informação e comunicação, porque a qualidade da tomada de decisão determina o grau de sucesso ou insucesso de uma política pública.

Uma análise racional dos fatos determinantes, assim como na opinião de doutos como Salomon, e mais atualmente o Dr. Sachs J. [SACHS] e o Relatório do Banco Mundial 1996, concordam que o subdesenvolvimento está associado, obviamente, com uma deficiência em inteligência institucional. É óbvio que sem inteligência não tem como resolver, sem ajuda externa, o problema de desenvolvimento. A preparação inclui prótese de inteligência nas instituições.

A capacidade de produzir, tanto dos operários quanto dos dirigentes, depende do conhecimento atual e competitivo de tecnologia. Logo, a difusão da tecnologia para eficiência das empresas depende da comunicação efetiva da informação objetiva do conhecimento prático.

Portanto, uma outra ação preparatória é o aproveitamento do capital humano, e para isso é preciso implementar uma infra-estrutura para disseminação da informação objetiva do conhecimento que permita imediata capacitação máxima em massa do capital humano.

Um sistema de informações deve conter informação de qualidade, classificada, documentada e atualizada; temos um sistema de apoio à decisão, qualquer que seja o nível e o escopo da necessária tomada de decisão, assim a segunda ação de investimento será identificar a excelência em sistemas de informação e manter uma base de dados excelente para uso público.

Para defesa da produção nacional não adianta força bruta fiscal do estado. É preciso fortalecer as empresas existentes, criar melhores empresas e gerar estímulos para produção. Para isso é preciso investir em eficiência, reduzir custos, e eliminar riscos diversos, prover apoio técnico e infra-estrutura de apoio para escoamento do aumento da produção (transporte, energia, comunicação, saúde, educação e pesquisa).

A maioria das atividades institucionais que se repetem podem ser automatizadas, liberando o tempo dos cérebros para coisas mais inteligentes, como tomada de decisão em equipe, etc.

A maioria dos problemas institucionais são fáceis de resolver, poucos são realmente difíceis, e quase nenhum necessita de um grande gênio para resolver. Assim a nossa terceira ação de investimento é: identificar, desenvolver, sistematizar e automatizar as atividades na base de um eficiente sistema de apoio à decisão.

A solução agrícola

A solução encontrada tem a forma de um projeto de investimento de capital participativo no setor agrícola. Ela surge naturalmente da análise racional da realidade. Para eliminar e reduzir os riscos de implementação, nós buscamos causar efeitos determinísticos. O impacto na economia real é uma somatória das unidades celulares, agregadas. Mas a estimativa do impacto na economia fictícia é agora facilmente calculada pelo produto do experimento piloto.

Neste trabalho, que apenas por acaso é uma parceria PPP, o papel do estado é apenas de investidor discreto. O seu investimento de capital é na forma de incentivos. O estado pode ser agente de fomento e facilitador, para articular os interesses públicos sociais e os investidores privados. A exeqüibilidade advem do aspecto consensual obtido com o amplo atendimento de interesses e necessidades dos diversos agentes econômicos.

Para atender N06, N10, N12, N13, N14, N15, N16, N17, N18, N19, N20, N22, N23, N24, desenvolvemos este projeto de investimento de capital, que busca: a) aumentar a segurança nacional com o abastecimento amplo e descentralizado das necessidades da população; b) aumentar a competitividade da empresa nacional; c) aumentar a produção agrícola; d) aumentar as exportações de alimentos; e) elevar o poder de compra dos salários, reduzindo os custos de alimentação básica no País; f) gerar emprego, renda e reintegração da população não utilizada na economia; g) reduzir o déficit habitacional, melhorar a qualidade de vida da população e o equilíbrio ambiental; h) prevenir problemas públicos com saúde, educação, segurança e manutenção da res publica; i) aumentar o padrão de vida das classes média e baixa; j) apresenta efeitos secundários favoráveis, como: redução de gastos públicos com saúde da população; despesas e desgastes de peças de reposição com distâncias de transporte de passageiros e de mercadorias em vários sentidos.

Como um investimento, favorece o objetivo de máximo dispêndio real per capita, que é um objetivo clássico de política econômica; b) aumenta a oferta e reduz os preços e melhora a qualidade dos insumos agrícolas; c) aumenta a oferta de alimentos de qualidade a baixo preço reduzindo o custo de vida para todos.

Para que os pontos turísticos sejam preservados, é preciso reduzir o custo de vida e de hospedagem. É preciso também educar o povo, reduzir a criminalidade e melhorar a qualidade de vida da população em geral. Assim, esta solução influencia diretamente o turismo no País.

Para aumentar a oferta de alimentos e reduzir os preços para exportação é preciso produzir mais alimentos, com custo de produção drasticamente reduzido. Como não há indústria de alimentos sem que haja matéria prima proveniente da produção agrícola, as seguintes ações devem ser disparadas: 1) aumentar a oferta de insumos, defensivos e sementes, melhores e mais baratos; 2) aumentar a produtividade agrícola com a difusão tecnológica; 3) investir em pesquisa agropecuária e biotecnologia; 4) capacitar e contratar grandes contingentes de pesquisadores e auxiliares práticos habilitados ao manejo experimental agrícola; 5) aumentar o volume de financiamento da área plantada; 6) eliminar margens, encurtando a distância do produtor ao consumidor; 7) eliminar os riscos em geral para reduzir juros de financiamento; 8) reduzir as perdas e as ineficiências, na aquisição (insumos e matérias-primas) e no beneficiamento, na comercialização e na distribuição de produtos; 9) agregar valor aos produtos.


Para baixar drasticamente os preços do alimentos no mercado interno, as seguintes estratégias e componentes foram concebidas: a) estratégia para reduzir a demanda de alimentos, retirando grandes contingentes de consumidores do mercado, através de "produção de subsistência competitiva" associando: o crédito e capacidade de aprender e produzir do trabalhador desempregado das classes médias e baixa, o consumo de alimentos da classe média, a poupança da classe média, o capital do produtor rural e a tecnologia e o financiamento habitacional do governo; b) aumentar a oferta de alimentos. Esta solução apresenta efeitos secundários no sentido de reduzir perdas sistêmicas, como: a) elevados gastos em função da precariedade da saúde da população; b) despesas e desgastes de peças de reposição com distâncias de transporte de passageiros e de mercadorias; c) desperdício de insumos na produção, notadamente energia e matéria-prima; etc. Após todas essas considerações, é possível combinar as diversas ações em um mesmo sentido e encontrar um perfil de investimento para a economia, conforme mostra o diagrama da figura 2




(figura 2)

Definição: célula urbana experimental é uma combinação da seguintes idéias: 1) a idéia de míni-propriedade periférico-urbana, voltada para produção de subsistência e venda de eventuais excedentes para complementar da renda das família; 2) a idéia inédita de canteiro de pesquisa experimental agropecuária e biotecnológica, voltada para a excelência do cultivo e produção de insumos para a agricultura.(ex-inimigo é o aliado).

Apresentada a unidade da célula urbana experimental, vamos observar os fluxos numerados da figura 3, que inserem o setor de reintegração e a célula urbana experimental na economia nacional e mundial.



(figura 3)

Fluxo 0 (definição) é um fluxo de subsistência interno no setor R, permitido pelo próprio dimensionamento das células urbanas experimentais, que permite que as famílias dos trabalhadores reintegradas possam se abastecer, apenas sob algum risco climático, dos gêneros produzidos no plantio experimental, sem causar prejuízo à capacidade de produzir insumos para a pesquisa em agricultura. Os pesquisadores obtêm informações e inovações dos experimentos, que podem compensar muitas vezes o investimento na sua pesquisa. Este fluxo envolve apenas trabalho, produto e consumo, sem envolver lucro ou moeda.

Origem dos recursos - recursos a fundo perdido para pesquisa agropecuária, proteção do meio ambiente, educação ambiental e desenvolvimento social, porque a solução reúne todos esses requisitos específicos de capital; recursos públicos indiretos; 1) incentivos fiscais; 2) incentivos governamentais (terrenos e infra-estrutura urbana institucional, etc.).

Infra-estrutura - lote periférico-urbano, habitação segura, modular, equipamento agrícola de tração animal ou mecanizado, e até insumos agrícolas comunitários, agregando o máximo de tecnologia.

Fluxo 1 (definição) é um fluxo financeiro de moeda contra a mercadoria industrializada e beneficiada in natura. Ele ocorre sob a forma de mercadoria do setor R, para o consumo das famílias da classe média em A, que se tornaram acionistas do empreendimento e por força de contrato, adquirem os gêneros alimentícios a preço de custo, porque são consumidores-acionistas. (preço de custo como soma do valor do trabalho, dos insumos de produção e da reposição do capital)

Infra-estrutura - terras férteis para a agricultura em escala, instalações fabris, implementos agrícolas e sistemas de transporte, sistema de administração científica empresarial, com a qualidade no limite superior da excelência. Os insumos, o trabalho e a tecnologia são a contrapartida dos trabalhadores, técnicos e operários das células experimentais;

Origem dos recursos - para galgar ao estagio número 1 é preciso, agregar financiamento para pesquisa, articular os recursos de crédito do trabalhador formalizado no setor R, juntamente com os recursos da poupança das famílias consumidoras da classe média local, além de técnicos e pesquisadores envolvidos no projeto. Todos serão igualmente acionistas de uma sociedade anônima de capital fechado, com iguais cotas de participação. A poupança da classe média se transforma em ações de capital do setor R, em função dos significativos interesses e vantagens, como: (1) poder participar como acionista de um investimento moderno, seguro e lucrativo; (2) reduzir despesas com alimentação e aumentar a poupança; (3) exercer o duplo direito de fiscalização dos produtos e processos operacionais, como consumidor e como acionista; (4) ter a melhor saúde possível devida a garantia de sempre ter alimentos de qualidade, onde todo o processo de produção é tecnicamente acompanhado para dispensar processos químicos de amadurecimento artificial, evitar veneno etc.; (5) ter garantia de abastecimento alimentar nas depressões da economia mundial que levarem a colapso de abastecimento na economia doméstica; (6) dar a segurança estratégica nacional de abastecimento de víveres; (7) contribuir para a redução do custo de vida ou aumento do poder de compra dos salários; 8) recursos públicos fixos, algumas fontes passíveis de serem combinadas, em face às características do projeto, caso o governo não aprove no congresso um orçamento ideal para o setor de reintegração no primeiro período (crédito habitacional público destinado à habitações; recursos da reforma agrária; crédito do trabalhador; crédito da produção agrícola; crédito da educação; recursos de ciência e tecnologia, software; recursos da educação; recursos de infra-estrutura e saneamento; recursos da saúde; limpeza pública; e recursos vindos do mercado financeiro a juros reduzidos, em função das características seguras do investimento).

Fluxo 2 (definição) é um fluxo financeiro mais complexo: de um lado insumos agrícolas, tecnologia e trabalho saem do setor R para a agricultura de escala do setor T, em troca a comercialização da produção será através da indústria de alimentos. Do setor R saem os alimentos beneficiados, parcialmente processados, e industrializados, destinados ao consumo no mercado interno local, retornando dinheiro conforme os preços; toda a renda das famílias reintegradas será destinada ao consumo de bens duráveis no mercado local.

Fluxo 3 (definição) é um fluxo duplo, de trabalho da classe média acionista, contra moeda sob a forma de salários. Também de mercadorias do setor T contra moeda de consumo de A.


Fluxo 4 (definição) do setor R saem produtos alimentícios industrializados e insumos para o exterior, contra divisas para o país.

Fluxo 5 (definição) é fluxo de capital e mercadorias nos dois sentidos em relação ao ambiente econômico externo ao País.


IV - Conclusão

Os mestres do planejamento de política econômica foram ouvidos. A história mundial sob olhar amplo da macroeconomia foi observada. Experimentos reais deram confiança aos parâmetros das estimativas. A metodologia empregada para estudo da realidade foi detalhada para apontar as melhores oportunidades. Riscos foram eliminados por simplificação. Risco de mercado foi eliminado com as compras dos produtos pelos próprios acionistas. Custos de infra-estrutura foram eliminados com a situação espacial em pequenas cidades. Risco financeiro foi eliminado com a garantia de pagamento dos custos fixos. Riscos de implementação foram drasticamente reduzidos com a modularidade e experimentos-piloto em paralelo. Condições e influências externas contrárias foram exacerbadas em favor da segurança. Limitações e restrições foram atendidas. Divergências foram contornadas pela via do interesse comum e consenso. Usando a inferência de sinais conhecida na estatística não-paramétrica, podemos estabelecer comparações e perceber vantagens exclusivas inéditas e comparativas acentuadas, em muitos sentidos, destacando esta solução diante das concorrentes atuais, ou seja: reforma agrária, empresas de participação comunitária, sistema financeiro habitacional, sistemas de subsistência naturalistas, ou programas assistencialistas, renda mínima etc.

Portanto, este projeto agrícola estrutural integrado, parece agregar potencial para afetar o nível dos preços e retornar amplo espectro de benefícios diretos e indiretos para toda a sociedade, baixo risco, reduzido esforço financeiro, alto retorno econômico e ampla exeqüibilidade.

V - Bibliografia

[ARROW] Kennedyita. J. - Tinbergen on Economic Policy - Stanford University, American Statistical Association Journal, march, 1958.]
[TEIXEIRA] Joanílio Rodolpho - Infra-estrutura social e política econômica quantitativa rumo ao "big-push" - Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB);
[CERVO] A. L. & BERVIAN, P. A. - Metodologia Científica -3ª edição - São Paulo, MAKRON Books do Brasil
[HYWEL] Jones G.(1979) "Modernas Teorias do Crescimento Econômico" São Paulo, Atlas]
[SACHS&LARRAIN] Jefrey Sachs D. e Larrain. – Macroeconomia -- tradução Sara R. Gedanke; São Paulo, Makron Books,1995.
[GIERING] Maria. Eduarda., VEPPO, M. H. A. , MOURA, A. B. N. e GUEDES, R. - Análise e Produção de Textos - Universidade do Vale do Rio dos Sinos - São Leopoldo, RS, Brasil, 1992.
[HEGENBERG] Leônidas - Lógica - O Cálculo de Predicados - São Paulo - Herder, 1973;
[MONINI] Italiano - Introdução ao cálculo Sentencial - Goiânia, 1992
[JORGENSON] Dale W. - The Development of a Dual Economy - The Economic Journal, june, 1961;
[SACHS] Jeffrey. - O estado e o Mercado - Um diálogo com Jeffrey Sachs sobre reformas econômicas - Braudel Papers - Nº 2 março \ abril de 1993
[W.D.R]
(World Development Report 1997 - "The state in a changing world" - Oxford University Press, Inc.-- New York , N.Y. - USA - 6/25/97)






4 de abril de 2008

Verificação Lógica em Texto Digital

Verificação automática de coerência lógica em dados complexos de computador no formato de texto, em tempo real de leitura e digitação

Autor: Claydson Guimarães Cova - cgcova@vm.uff.br - (Niterói, RJ, Brasil, agosto de 2007)
Engenheiro do quadro permanente do Governo Federal, lotado no CTC/Universidade Federal Fluminense - UFF
Graduado no curso pleno de Engenharia Civil da Escola de Engenharia da UFF em julho de 1981


i - Comentários

Neste trabalho foram apresentados todos os elementos conceituais necessários para demonstrar a plena viabilidade de se alcançar o intento da verificação automática de coerência em textos. Todos os requisitos formais foram apontados de forma simples e discreta. Foram apresentadas todas as minúcias da implementação de um sistema capaz de realizar a tarefa de verificação automática de coerência lógica em dados complexos de computador no formato de texto em tempo real de leitura e digitação. Especificamente, e segundo recomenda a metodologia, foram omitidos os detalhes da análise do sistema, o paradigma, as técnicas e as linguagens de programação, porque este conhecimento é muito específico e mutável, e além disso, trata-se de uma inovação tecnológica. A revelação do conteúdo pleno de uma inovação tecnológica na área de sistemas, sem proteção de direito de patente, mas apenas proteção de direitos autorais, no mundo real, exige um protocolo de apresentação legal, institucional e juridicamente orientado para proteger a segurança de eventuais investimentos financeiros.

ii - Resumo

Há uma grande massa de informações no formato de texto que não é usada devidamente, embora esteja disponível nos computadores das pessoas e das corporações. Atualmente, apenas os cérebros humanos trabalham essas informações de forma primitiva e isolada. O computador não tem ainda inteligência autônoma própria, mas a solução de muitos tipos de problemas pode ser perfeitamente automatizada e colocada sob o comando de um programa de computador. Já existe conhecimento e tecnologia para representar perfeitamente na máquina o conhecimento e o bom senso, que permitem realizar facilmente a verificação de coerência lógica em textos. Uma grande parte do ferramental de Informática já existe, o que faltava era apenas auxiliar o computador a superar o problema da barreira semântica.
A inteligência combinada tem sido a solução para automação da análise de muitos problemas complexos, porque não seria também a solução para processar toda essa informação mal utilizada?
Este trabalho analisa rapidamente este problema e aponta o caminho conceitual para processar as informações no formato de texto, através de um sistema de verificação automática de coerência lógica em dados complexos de computador no formato de texto. São apresentadas as razões e os argumentos para demonstrar e concluir, que, pelo menos conceitualmente, é perfeitamente possível, implementar sistemas para realizar as tarefas de verificação de coerência lógica em dados complexos de computador no formato de texto.
Finalmente, apontar, que este fato aqui demonstrado abre uma janela para um novo universo de possibilidades de aplicação em computador, capazes de solucionar problemas relevantes em todas as áreas do interesse humano.

iii - Agradecimentos

Agradecemos a todos que não nos compreenderam, por sinalizar o nosso rumo, auxiliando-nos a encontrar o nosso melhor caminho. Agradecemos ao Universo pela virtude da vida, pela fortuna, riqueza, abundância, amor e felicidade. Agradecemos as virtudes daqueles que ofendemos e ainda assim nos compreenderam e nos perdoaram. Agradecemos e dedicamos estas linhas a nossa filha Hanna, que inunda nossa alma com amor, enleva o nosso espírito e renova continuamente a nossa paciência e a nossa força de vontade. Finalmente, nunca ficaremos satisfeitos de agradecer a todos aqueles nos estenderam as mãos, nos corrigiram, incentivaram e orientaram.

Sumário

i Comentários
ii Resumo
iii Agradecimentos
I - Introdução
1.1 - A linguagem humana
1.2 - A linguagem matemática
1.3 - A linguagem da máquina
1.4 - A mente humana
II - Apresentação
2.1 - O problema técnico relevante
2.2 - A nossa questão fundamental
2.3 - A causa objetiva do problema
2.4 - Como vem sendo tratado o problema
2.5 - O mote
2.6 - A inteligência combinada
2.7 - A demarcação conceitual do caminho para automação
2.8 - A solução conceitual do problema
2.9 - Conclusão, relevância e expectativas

I - Introdução

1.1 - A linguagem humana

A linguagem humana se multiplica numa variedade de línguas vivas de uso corrente no mundo real. Todas as línguas faladas podem transmitir mais informação que as correspondentes linguagens escritas. Toda linguagem humana tem uma escrita formal cuja complexidade é uma exigência natural para sobreviver, e portanto, apenas um reflexo da sua realidade existencial como um todo. Assim, toda linguagem humana é sempre misteriosa e simbólica; as palavras ou vocábulos da língua são termos que simbolizam os objetos, os atos e os fatos do mundo real. Além desta carga de significado objetivo, a linguagem carrega um misterioso conteúdo subjetivo emocional, que é de interesse de estudos humanos, filosóficos, artísticos e sociais. A parte misteriosa da linguagem humana surge em potência para expressar coisas não faladas, as intenções subjetivas não declaradas dentre outras revelações possíveis.

1.2 - A linguagem matemática

A linguagem matemática, apesar de genérica e variada, é essencialmente simbólica; os símbolos matemáticos caracteres e números são representações de classes, que são conjuntos uniformes de elementos-objetos; os símbolos das operações matemáticas são os verbos desta linguagem sintética, os quantificadores estatísticos são os seus adjetivos. Mas a linguagem matemática não pode dispensar o seu enunciado em linguagem corrente para se completar. Só com esta ajuda da linguagem científica corrente a linguagem matemática pode transmitir plenamente o seu conteúdo informacional.

Quando falamos de Lógica podemos estar nos referindo ao método lógico de análise racional da Filosofia, ou da Lógica Matemática, ou do Cálculo Sentencial, ou da Lógica Jurídica, ou da Lógica de Classes, ou da Lógica Simbólica, ou da Lógica Booleana ou do Cálculo de Predicados. Qualquer que seja o método de análise racional acima, todos eles sempre exigem a definição unívoca da identidade de cada objeto do discurso, da definição dos seus atributos e suas relações, antes de poder realizar eficazmente quaisquer operações lógicas. A lógica interna do computador não poderia ser diferente.

1.3 - A linguagem da máquina

Os computadores comerciais da atualidade são aparelhos complexos, que incluem circuitos lógicos digitais e dispositivos eletromecânicos digitais ou analógicos, que funcionam como periféricos.

As impurezas das matérias primas, os limites físicos das ferramentas fabris e dos instrumentos de medida, as variações de valor por mudanças na temperatura interna e externa dos dispositivos, são fatores que geram incertezas no valor eficaz de todos os componentes eletrônicos. Muitas outras influências convergem para gerar aleatoriamente oscilações da polaridade, da voltagem e da corrente elétrica. Decerto que alguns destes problemas podem ser evitados, reduzidos, controlados e minimizados, no uso, na aplicação em projeto, como por exemplo, aumentando os circuitos sensores, que elevam custos de produção. Os fatores naturais de variação de estado podem ser reduzidos e contornados mas nunca eliminados.

Assim, é muito mais fácil e barato detectar, se um dispositivo está simplesmente ativado ou desativado, ligado ou desligado, do que medir exatamente sua voltagem, corrente ou o quanto ele está realizando efetivamente de trabalho na sua função. Estes, dentre inúmeros outros motivos, praticamente determinaram o uso da base numérica binária, a lógica binária booleana dos interruptores como sendo a mais adequada para a construção econômica, padronizada e simples das máquinas digitais de estado finito.

As mesmas regras da linguagem matemática são implementadas na construção dos circuitos lógicos. Numa calculadora digital, o limite dos valores numéricos é igual ao número de dígitos do visor de cristal líquido. Internamente, os circuitos digitais da calculadora são idênticos aos circuitos digitais de um computador. O limite destes mesmos valores numéricos corresponde ao número de saídas em paralelo dos circuitos interruptores digitais internos do processador.

Materialmente e internamente, nos circuitos digitais do processador e do coprocessador matemático do computador, cada registrador interno é um simples conjunto de interruptores especiais. Todos eles possuem um estado inicial e podem alterar seu estado segundo um conjunto diversificado de chaves de entrada. Estes interruptores independentes são dispostos em paralelo, como se representando os dígitos binários no visor de uma calculadora.

O estado ligado ou desligado de cada saída elétrica interna de interruptor, corresponde a um dígito binário ou bit. Os dois estados possíveis do bit, ligado ou desligado, correspondem aos algarismos um "1" e zero "0" em linguagem matemática. O maior número operado numa máquina corresponde ao maior número binário que pode ser representado no conjunto paralelo de saídas do circuito digital do computador. No processamento eletrônico interno do computador, o conjunto dos números que podem ser operados matematicamente numa determinada máquina, corresponde ao conjunto de todos os estados possíveis do seu maior registrador. Os valores numéricos colocados nos registros internos servem como operandos nas operações matemáticas dos circuitos digitais. Atualmente os maiores registradores internos dos processadores têm 64 bits, desde que os primeiros computadores pessoais surgiram, os coprocessadores matemáticos trabalham com oitenta bits. Cada bit do registrador é colocado em estados de ligado (1) ou desligado (0), um ao lado do outro, formando uma palavra. As combinações de bits correspondem a todos os possíveis números binários que podem ser escritos com menor ou igual quantidade de bits.

As palavras do código binário podem ser transportadas e recebidas entre dispositivos digitais de duas formas: 1) transporte em série, onde cada bit é enviado através de uma única saída, um depois do outro; 2) transporte em paralelo, um bit ao lado do outro simultâneamente, para multiplicar a velocidade do transporte e do processamento das palavras, através dos barramentos internos e externos do computador.

A simplicidade da máquina Von Newman é extrema, não pode ser mais simples, há dois estados possíveis nos terminais dos circuitos, ligado (1) e desligado (0) através da combinação de três circuitos lógicos digitais básicos, (and, or, not) todos os demais circuitos digitais podem ser construídos.

No andar de baixo da programação dos computadores se encontra o chaveamento eletrônico que permite a construção dos circuitos. Através dos circuitos digitais é possível copiar, inverter e comparar. Os circuitos digitais podem realizar uma única operação aritmética de fato, que é a operação de adição de números binários, todas as demais operações são realizadas através da operação de adição, da inversão de bits ou da complementação, como: complementos de 1, com adição de 1, que dá o complemento 2, como é feito, por exemplo, na subtração digital etc. Portanto, neste nível eletrônico se estabelece uma estreita relação entre a Matemática e os circuitos digitais do computador.

Também é no andar de baixo da programação que se encontra outra profunda relação essencial entre a programação da máquina e a Matemática. Neste nível de programação, no nível das instruções da máquina, os códigos binários das instruções de um programa podem ser interpretados de maneira diferente por cada máquina do mercado. A escolha da linguagem montadora específica de cada tipo de máquina depende da vontade, do projeto de cada fabricante de computador, dificultando a padronização e a portabilidade dos programas entre diferentes plataformas. Por isso, todo programador em linguagem montadora sabe muito bem, que é ele mesmo quem precisa indicar para o computador a maneira correta dele interpretar as instruções em código binário. Tudo que a máquina faz além disso também depende do homem, o programador de aplicativo etc.. As decisões dos programas são verificações matemáticas, efetuadas pelos programas, que na sua maioria são inequações ou comparações aritméticas entre dois números para verificar qual deles é menor, igual, ou maior.

1.4 - A mente humana

A mente humana é sagaz, tanto é capaz de decifrar mínimas variações dos fonemas com algum significado agregado ao contexto do discurso, quanto é capaz de perceber significados especiais simbólicos e analógicos, e assim, estabelecer associações pelo simples posicionamento dos termos, pelo ordenamento da mensagem e pelo rítmo dos fonemas.

Este entendimento humano sofisticado das mensagens de uma linguagem complexa somente é possível, porque tais informações são perceptíveis pela acuidade da mente humana, que tem as capacidades naturais de memorização, observação, associação, comparação e reflexão. A mente humana cria, repassa e ensaia seus mecanismos abstratos, até à sua satisfação, usando raciocínio combinado com imaginação e intuição.

A mente humana pode gerar hipóteses, questões ou "abertos lógicos", guardando secretamente as informações na sua memória biológica, enquanto aguarda a chegada de outras informações para estabelecer todas as associações declaradas no texto sob análise. E somente então, poderá realizar alguma inferência lógica, um raciocínio, e talvez, possa concluir incisivamente numa única resposta, se a inferência lógica efetuada se verificar como sendo válida.

II - Apresentação

2.1 - O problema técnico relevante

Há uma grande massa de informações no formato de texto que não é processada, embora esteja disponível nos computadores das corporações. Apenas os cérebros humanos trabalham essas informações de forma primitiva e isolada. Atualmente, o computador não tem inteligência autônoma própria, mas a solução, para muitos tipos de problemas, pode ser perfeitamente automatizada e colocada sob o comando de um programa de computador.

Computador sem programa não resolve problema. O computador não dispõe de inteligência autônoma própria para resolver problemas, ele apenas automatiza os cálculos para ajudar na solução dos problemas já resolvidos pelo homem. É preciso antes, que a inteligência humana sim, e somente ela, desenvolva uma solução, e concomitantemente transforme esta solução em um programa de computador e num sistema como um todo.

O fruto da mente humana, o programa de computador, este sim, não tem limites de inteligência, como tem a máquina. Os programas inteligentes decidem de forma acertada em grande número de casos, desde problemas muito complexos, como as operações no mercado de capitais, até as decisões muitos sutis, como a seleção de frutos e grãos para indústria de alimentos, obtendo estatísticas excelentes, e tomando decisões de forma relativamente autônoma.

O computador é muito eficiente e rápido na solução dos cálculos numéricos e manipulação de "strings" de caracteres, que são os tipos de dados abstratos mais simples que ele é capaz de operar, também chamados de dados uniformes. Como já vimos acima, o processamento da lógica dos dados complexos no formato texto já é uma barreira intransponível para os computadores.

Apesar da grande utilidade dos computadores atuais e seus aplicativos, a complexidade da informação contida na linguagem corrente estabelece uma barreira intransponível para o nosso computador modelo Von Newman. Por isso ele não pode processar nem realizar muitas aplicações úteis com dados complexos de computador no formato de texto.

Decorrem desta impossibilidade a séria dificuldade na qualidade da tradução mecanizada da linguagem e a impossibilidade de realizar a verificação da coerência lógica em dados complexos de computador no formato de texto, que abriria uma janela para um novo universo de computação.

2.2 - A nossa questão fundamental

Quais são os procedimentos necessários para realizar a operação de verificação de coerência lógica em dados complexos de computador no formato de texto?

Na verdade, apesar do avançado estado atual da arte da computação, ainda não está resolvido este problema, considerando que o computador conta somente com os recursos da lógica booleana, que é usada na construção física e lógica das máquinas modelo Von Newman.

2.3 - A causa objetiva do problema

Os diversos níveis semânticos associados à linguagem humana corrente criam abertos lógicos no processamento, que impedem a construção indispensável de uma máquina de estado finito no computador modelo Von Newman. Sem uma tal máquina de estado finito, o computador não é capaz de retornar de forma confiável, para cada vocábulo de entrada, um e apenas um termo, dentre vários possíveis, na saída. Ou, expressando de outro modo: sem isso, o computador não tem como encontrar a decisão unívoca para realizar a perfeita tradução do significado de cada vocábulo.

Os problemas de interpretação surgem, porque a linguagem humana corrente é complexa e não atende aos três princípios fundamentais da Lógica. Os cinco níveis de semântica complexa da língua não se encaixam ao princípio da identidade; alusões metafóricas e interpretação de texto não atendem ao princípio do terceiro excluído; nem os paradoxos ao princípio da não contradição. O resultado é que todos os textos, traduzidos por essas máquinas de tradução mecanizada, apresentam elevado número de erros, e ainda precisam da correção humana adicional.

2.4 - Como vem sendo tratado o problema

O problema da barreira semântica, na área técnica da tradução mecanizada, foi atacado, certamente, por muitas vias diferentes, desde a computação estatística da presença dos vocábulos e termos no texto analisado, até ensaios de associação semântica por aproximação na tabela de termos, estatísticas de uso etc.

Os tradutores mecanizados de linguagem foram desenvolvidos para fazer traduções em tempo real de leitura e digitação de texto. Mas, como tudo depende da máquina e os modelos de computadores atuais, do tipo Von Newman, só funcionam com lógica booleana, que é a lógica dos circuitos elétricos, eles não conseguem resolver os problemas da semântica que se apresentam na língua escrita corrente.

A inteligência artificial entrou no problema de interpretação da linguagem e avançou no rumo dos cálculos de lógica complexa, aplicando o cálculo de predicados na solução desses problemas, mas ninguém pode, até hoje, confiar nos resultados obtidos, de modo que as aplicações não foram ainda muito adiante, embora sejam usadas na programação de robôs "inteligentes", permitindo que eles possam decidir, responder ou mesmo comentar algumas perguntas típicas.

2.5 - O mote

O planejamento das atividades profissionais de estudo e pesquisa, contribui para manter o profissional atualizado sobre os fatos relevantes da realidade num mínimo tempo possível. As atividades profissionais da engenharia, em geral, exigem detalhado planejamento de todas as suas atividades, e o acompanhamento muito atento da realidade mundial como um todo. Tal propósito requer muita disciplina e organização. O computador é a biblioteca, o arquivo, a pena, o papel, a caneta, os instrumentos de desenho e a régua de cálculo do engenheiro moderno, o ideal seria, se tal análise da realidade complexa pudesse ser feita e refeita de forma automática pela máquina.

2.6 - A inteligência combinada

Até hoje, ninguém costuma ressaltar isso, talvez porque seja óbvio, mas, somente a inteligência combinada entre homens e máquinas tem permitido encontrar a solução de problemas realmente complexos, que exigem muitos cálculos, como os que ocorrem na estatística multivariada, que é muito aplicada em Biologia, Meteorologia, Astronomia, e simulações de explosões estelares na Astrofísica etc.

A inteligência combinada para corporações evoluiu muito com o uso das redes de computadores, que permitiu a automação de muitos aspectos do trabalho em grupo, "groupware", de onde se originaram as técnicas de trabalho em equipes virtuais, e os conceitos de Intranet, e sistemas corporativos como o Lotus Notes, originalmente lançado no mercado pela empresa fornecedora da planilha eletrônica Lotus 123.

2.7 - A demarcação conceitual do caminho para automação

Muitas idéias novas surgiram quando repassamos a metodologia do trabalho científico, onde se aplicam as regras da redação científica para simplificar a linguagem corrente e transformá-la em linguagem técnica. Essa nova linguagem deve ser consistente, estruturada, coerente, direta, objetiva, clara, sem adjetivações e despojada de emoções, de modo a reduzir drasticamente os recursos semânticos que inserem adereços de poesia meramente alegóricos.

Logo, o primeiro passo para alcançar o nosso objetivo é realizar um procedimento indispensável, que é a simplificação racional da linguagem corrente. A dificuldade da interpretação das figuras de retórica, recursos de linguagem, adjetivações e indefinições de termos, são drasticamente eliminados através da aplicação das regras e técnicas da redação científica.

Mesmo retirando-se os diversos recursos e figuras de retórica da linguagem corrente, aplicando as regras da linguagem técnico-científica, onde cada termo deve ser completa e claramente definido, ainda assim, a variedade e a multiplicidade de significados associados a cada vocábulo da língua formal leva à variedade de termos passíveis de escolha, associados a um mesmo vocábulo, que implica indefinição da identidade do vocábulo como um único termo.

A dificuldade criada pela barreira semântica, a indefinição do termo representado por um vocábulo em determinado texto, não implica perda irremediável da verdadeira identidade do vocábulo, pois ele está inserido num conjunto de alternativas possíveis, e essas alternativas são todas conhecidas e bem definidas. Assim, a nossa primeira alegria foi descobrir que esse valor existe, e de fato é conhecido e está disponível. Em existindo este valor semântico, então ele pode ser resgatado e disponibilizado.

O método científico exige que a tarefa de definir, precisar e fixar os termos do texto científico cabe ao autor, o próprio cientista, e não ao seu computador. Em outras palavras, já cabe ao autor a tarefa de estabelecer a definição precisa de cada termo inserido no texto, especialmente aqueles vocábulos que possam causar algum tipo de problema ao perfeito entendimento do significado, e prejudicar o raciocínio da análise.

Se um estudo da realidade se desenvolver através da linguagem escrita, e todos os vocábulos e símbolos usados forem conhecidos e únicos, então eles atendem ao principio lógico da identidade. Se durante o tratamento do texto nós eliminarmos as figuras de retórica e paradoxos de linguagem e atendermos aos princípios lógicos da não contradição e do terceiro excluído, então nada nos impede de realizar a verificação de coerência lógica neste texto.

Uma vez especificados os termos, os objetos do discurso adquirem a sua identidade perdida e o texto pode ser submetido às técnicas de análise lógica de documentos, bem conhecidas na área acadêmica. O maior refinamento desta análise ocorre na área de Letras e Literatura, onde se analisa até mesmo aspectos subjetivos, ligados ao contexto da época, e ao próprio autor.

Na área de inteligência artificial são conhecidos pelo menos três métodos para representar o conhecimento dos fatos e o bom senso. O cálculo de predicado é um deles, e sua simbologia é muito adequada para automação das tarefas de análise lógica e verificação de coerência.

2.9 - Conclusão, relevância e expectativas

Portanto, se já existe e está disponível a tecnologia para representar na máquina o texto como sendo a representação do conhecimento e o bom senso, e se o nosso texto atender aos três princípios da Lógica, então nada mais impede realizar a tarefa de verificação automática de coerência lógica em dados complexos de computador no formato de texto.

Uma vez que a verificação de coerência lógica é uma preocupação perene e universal dos homens individualmente, e de todas as demais instituições sociais na atualidade, então, um avanço nesta área do conhecimento técnico apresenta relevância humana e relevância contemporânea muito acentuadas. Como a solução deste problema também é algo importantíssimo para o desenvolvimento de todos os campos da Ciência, então, sua relevância operativa também é imensurável.

Logo, a relevância total desta iniciativa é muito grande, e podemos concluir, afirmando, que a possibilidade de realizar esta análise lógica de textos de forma automática abre uma janela de expectativas para um novo universo de análise da realidade e conduz a incontáveis aplicações práticas para a toda a humanidade.


AVDIENS SAPIENS SAPIENTIOR ERIT
que ouvindo o sábio erija experiência

ET INTELLEGENS GVBERNACVLA POSSIDEBIT ANIMADVERTED
e que entenda o prudente: a via de governar,

PARABOLAM ET INTERPRETATIONEM VERBA SAPIENSIVM ET ENIGMATA EORVM
a parábola e a interpretação, a palavra do sábio e seus enigmas


Leitores convidados: David Intersimone, Bill Gates, Linus Benedict Torvalds, Theodor Holm Nelson.