9 de abril de 2011

A Arte do Ataque

Quando inuciamos a luta, Sun Tzu recomenda, em absoluta igualdade de forças materiais: teste o ânimo do adversário, avance rápido, ameace atacar pontos importantes do seu território e provoque ira; depois finja covardia, recue e provoque perda de tempo com o seu avanço indolente; Para isso, use forças ligeiras dos escalões inferiores.

O novo programa já nos surpreendeu três vezes. Agimos com descuido e precipitação e aprendemos muito, capitulamos nas três partidas anteriores e esta é nossa quarta partida.
Jogadas anteriores apenas levemente desconexas não foram suficientes para sustentar o jogo.

Ao desconhecer o adversário, na dúvida, fique na defesa, seja temeroso, seja prudente, mas é preciso se defender no ataque, mantendo sempre a iniciativa.

Ataque a força central do adversário com o estardalhaço de um bloco de pedra; caminhe sempre de forma imprevisível suas forças para a frente de combate, sem se tornar um alvo fixo e permitir trocas.
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Logo:
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. As expressões no campo desta arte da guerra se dá através do uso das suas armas;
. neste caso temos um embate entre estratégia e tática;
. a Lógica na guerra é o elemento principal, a espada é o raciocínio, os adversários são as proposições falsas e os golpes são os argumentos verdadeiros;

Observando o palco da luta, observamos os seguintes fatos:

(1) a cavalaria da nossa rainha em b1 neste momento nada defende de tão importante;
(2) a sua saída em nada enfraquece a estrutura de defesa;
(3) uma estrutura de defesa já está preparada contra um qualquer ataque isolado do inimigo (isso já é assim desde o início do jogo, com o alinhamento inicial das diversas peças-de-guerra na ala da dama, onde só dois ataques convergindo num ponto será uma ameaça real);
(4) sobra defesa na ala da dama, onde o adversário não tem qualquer motivação de atacar porque o nosso monarca não está lá;
(5) a cavalaria da rainha precisa de muitos lances para avançar até entrar em combate na ala do rei, ou seja, a imediata saída da cavalaria da rainha acelera o nosso ataque;
(6) a saída da cavalaria da dama iguala os tempos necessários para realizar o roque das brancas para ambas as alas. Isso confunde o cálculo matemático do adversário programado matematicamente, tornando-o indeciso;
(7) este avanço nem mesmo é irreversível pois ainda oferece as alternativas de recuo ou mesmo retorno em segurança;

portanto: a cavalaria da dama poderá ser a força ligeira que faz o papel de bobo no centro do tabuleiro, sem qualquer prejuízo de uma estratégia mais profunda de ataque;

os mestres atuais do xadrez não valorizam esta jogada nas aberturas, considerando-a passiva, lenta, sem iniciativa, porque que ela não cria problemas para o adversário. O computador é orientado do mesmo modo e agirá exatamente como tal.
Mas nós estamos seguindo a estratégia de guerra: queremos que o inimigo pense que somos tolos, e que nós não sabemos o que fazemos, e saia em nossa perseguição, avance demais e perca tempo, sem encontrar nada além ganhar espaço no vazio, tendo que evitar propostas mais desinteressantes ainda. Enquanto isso nós aguardamos o demorado avanço do inimigo para então abandonar a posição atacada, evitar a luta prematura, e seguir até a posição designada de vitória no bombate.

Assim, seguindo exatamente os preceitos do mestre da guerra, o militar assessor general da China antiga, Sun Tzu, e raciocinando logicamente com a nossa realidade, vamos tentar comeste nosso lance inicial, "confundir o adversário e testar seu ânimo", realizando "um ataque imediato de forças ligeiras dos escalões inferiores em posições importantes do território do combate", para isso, nós optamos pelo movimento mais natural de avanço da cavalaria da nossa dama para c3, de onde ameaça as casas centrais importantíssimas d5 e e4, porque podem servir de base apoio para um ataque ou defesa, em qualquer ala do tabuleiro.


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Partida comentada
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Primeira_vitória_x Xadrez Master
Claydson x nível profissional
25 de junho de 2007 -
(21:19)
1 - b1-c3 b8-c6
2 - d2-d3 d7-d5
3 - e2-e4 d5-d4
4 - c3-e2 e7-e5
5 - f2-f4 c8-g4
6 - h2-h3 g4-e2
7 - g1-e2 g8-f6
8 - f4-f5 h7-h6
9 - g2-g4 f8-b4
10 - e1-f2 h6-h5
11 - g4-g5 f6-d7
12 - h3-h4 e8-f8
13 - a2-a3 b4-e7
14 - b2-b4 c6-b4
15 - a3-b4 e7-b4
16 - c1-a3 b4-a3
17 - a1-a3 d8-e7
18 - d1-a1 e7-c5
19 - a1-a2 a7-a6
20 - a3-a5 c5-a7
21 - a2-d5 a8-d8
22 - g5-g6 f7-g6
23 - f5-g6 f8-e7
24 - d5-f7+ e7-d6
25 - a5-d5+ d6-c6
26 - f7-e6++

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1 - b1-c3
Como já dissemos, agora é fato, a cavalaria da rainha avançou e ameaça d5 e e4 no centro e b5 na ala da dama;
1 - b1-c3 b8-c6
Não entendendo o propósito de deslocar tropas ao ameaçar sem ocupar; o adversário é prudente, e iguala a posição apenas numericamente mas cria espacialmente e matematicamente uma asimetria de posições de força entre os dois lados.
2 - d2-d3
Mas resta uma assimetria e a iniciativa branca. Especula ampliar a pressão em e4 e d5.
2 - d2-d3 d7-d5
Ao ocupar d5 o peão é alvo em minoria de força em d5.
3 - e2-e4
decide ocupar d4 para manter a Iniciativa da pressão em d5, forçando trocas que perdem tempo e avançam as nossas forças;( a cavalaria da rainha iria para o centro do tabuleiro com ganho de tempo);
3 - e2-e4 d5-d4
As negras preferem ganhar espaço pelo tempo perdido e ainda forçar o recuo do cavalo. Mas o centro fica bloqueado. A cavalaria migra para formar uma frente oculta de ataque e estabelecer uma hegemonia na ala do rei (Kasparov).
4 - c3-e2
Uma aparente fuga, mas também é mais um deslocamento da cavalaria da rainha para formar uma frente oculta de combate na ala do rei;
4 - c3-e2 e7-e5
o bloqueio central agora se efetiva por completo;
5 - f2-f4
Uma nova ameaça para limitar as possibilidades das negras, e manter a iniciativa das ações, atacando sem parar, enquanto espera surgir uma oportunidade de vencer.
5 - f2-f4 c8-g4
Evitando a perda de tempo da troca e5xf4, e para não ficar com o bispo da dama estrangulado após o avanço do peão branco f4-f5.
6 - h2-h3
O bispo em g4 permite ganhar tempo ao ameaçá-lo ao avançar e fixar a infantaria para cercar a cavalaria do rei negro na ala do rei.
6 - h2-h3 g4-e2
A troca do bispo bom das negras pelo cavalo é vantagem de fato. É praticamente forçada, para a aliviar as tensões, abrir linhas e deixar caminhos para movimentqar as peças, e assim, evitar restringir suas opções de movimento.
Perderiam o bispo, se fosse para h5; ou ficaria restrito a d7 e c8, se recuando para e6 após o avanço branco f4-f5, porque a diagonal a2g8 está toda dominada pelas peças brancas.
Mas as negras de fato perdem a vantagem potencial do par de bispos, e a posição não é de bloqueio nas duas alas, permitindo assim abrir o jogo e tirar vantagem do par de bispos no final.
7 - g1-e2
Para adicionar mais uma vantagem, das brancas, esta é uma retomada com ganho de tempo no desenvolvimento do cavalo do rei branco, que trama com a dama e o bispo do rei, um assalto irresistível e rápido ao peão da torre das negras, perfurando facilmente a defesa na ala do rei, encerrando o rei negro com um avanço da infantaria, para finalmente vencer, jogando com a dama e apoiando com as torres.
7 - g1-e2 g8-f6
Este é um lance de desenvolvimento sem ganho de tempo, corrente, nada ataca, nada força.
8 - f4-f5
O lance passivo das negras permite encerrar a tensão central e estabelecer uma hegemonia na ala do rei avançando f4-f5.
8 - f4-f5 h7-h6
Perdem um tempo com este avanço de peão, que evita a eventual cravação do cavalo negro em f6 pelo bispo da dama branco.
9 - g2-g4
Isto é defender no ataque, impede a ida do cavalo de f6 para h5, e impede sutilmente as trocas precipitadas durante o avanço das brancas na ala do rei
9 - g2-g4 f8-b4
Lance normal de desenvolvimento da milícia do clero do rei negro com aparente ganho de tempo.
10 - e1-f2
Surpresa! após bloquear o centro, o rei branco usa os peões bloqueados como um escudo impenetrável, dado que não podem estes peões serem destruídos pelas negras. Ao evitar trocas na ala da dama, deixa o bispo negro a ver navios em b4, perde o roque e avança rumo ao combate na linha de frente. O rei libera a primeira linha para o livre movimento das torres, que avançam paralelamente à tropa ou em linha reta para diante contra o inimigo, repletas de arqueiros com setas incendiárias, capazes de destruir qualquer adversário incauto, que eventualmente se lhe oponha, mesmo que a própria torre possa se destruir também.
10 - e1-f2 h6-h5
As negras se animaram em criar linhas para contra-jogo. Agora elas querem abrir linhas e na ala do rei para criar espaço, simplificar via enfrentamento finalmente aliviar as tensões da batalha.
11 - g4-g5
Este avanço evita as trocas de peões precipitadas, mas vança conquista e ocupa território, com duplo ganho de tempo, força fugir a cavalaria negra a d7.
11 - g4-g5 f6-d7
Nessa altura o roque das brancas para a ala do rei está bem comprometido. Há uma deficiência do peão da torre em h5, que, está defendido pela torre negra em h8. após o roque ele necessitará de apoio, se for atacado, e então O céu desabará sobre o rei negro.
12 - h3-h4
A dupla de peões, lado a lado não permite trocas forçadas de peões em contra-jogo, mas permite um eventual bloqueio na ala do rei, se for conveniente, para impedir uma reação das negras.
12 - h3-h4 e8-f8
O rei negro despreza o roque e sai em socorro da sua ala do rei comprometida, que está na iminência de sofrer um forte ataque. É surpreendente também, mas não equivale à jogada 10 - e1-f2 do rei branco, por três motivos: 1) o rei branco deixou o bispo negro abandonado em b4, sem função, um alvo eventual, uma fraqueza (2) após o início do avanço branco o rei na 2 fila permitirá ampla movimentação das torres na primeira linha (3) a posição do rei negro bloqueia e divide as suas forças, tornando-as insuficientes em ambas as alas.
13 - a2-a3
Uma contra-ofensiva branca, na ala da dama, com ganho de tempo, para restringir mais ainda o jogo das negras, e tirar proveito da situação.
Agora as negras enfrentam indecisas os chifres de um touro que se arremete, como água enxurrada morro abaixo.
13 - a2-a3 b4-e7
Sem muita opção, o bispo negro recua diante da infantaria da torre da rainha para dar espaço e manter a pressão juntamente com o cavalo da dama negro na açao de contra-jogo desesperado que se anuncia.
14 - b2-b4
A infantaria da ala da dama avança velozmente conquistando território e restringindo o espaço das negras, confiantes no seu apoio pela retaguarda, que é confiado às torres logo unidas, e finalmente a dama.
14 - b2-b4 c6-b4

Um momento histórico e raro deste combate, nós presenciamos uma carga suicida de uma divisão de cavalaria negra contra duas divisões de infantaria das brancas.

Sacrifício suiscida para buscar alguma iniciativa e contra-jogo, sem base em alguma superioridade negra.

15 - a3-b4
Uma vitória de Pirro, metade dos homens morreram em apenas um combate, uma divisão inteira jaz quieta, irrigando a terra com o fluido da vida . A outra comemora sua vitória chorando em desespero ao lado dos feridos

15 - a3-b4 e7-b4

Mal o fumo da batalha se esvaia, veio o golpe rápido e mortal das negras conta a outra divisão restante, executado pela mesma milícia do clero do rei das negras que já conhecia bem o terreno, justamente para surpreender os feridos e sobreviventes feridos cançados e fracos no combate anterior...
16 - c1-a3
A milícia do clero da dama branca oferece combate diretamente contra a milícia do clero do rei negro desprotegida em b4 i diretamente interposta entre uma carga adversária e o seu monarca, tendo, portanto, pela honra entrar em combate. Não tem como fugir desta ameaça...
(na verdade esta troca parece forçada mas eu tentaria recuar para deixar a branca trocar e retomar avançando alguma peça de guerra).
Mas, espere! data venia isso é bom mesmo?
Por que isso? por que oferecer a troca do bispo bom branco pelo mau negro?
Isso só é bom após um grande sacrifício material como este feito pelo adversário, sacrificando uma divisão inteira de cavalaria.
Nesta situação nós podemos e devemos forçar as trocas rapidamente. É preciso frear o ímpeto adversário e conduzir rapidamente para um final vencedor, contando com a vantagem material.
16 - c1-a3 b4-a3
Um imediato embate sangrento entre as duas milícias, vencendo o ataque negro, sucumbindo a defesa branca ...
17 - a1-a3
Os sobreviventes milicianos feridos e cançados do combate agora são igualmente surpreendidos e mortos, muitos esmagados no solo pelo avanço da divisão mecanizada de torres brancas no mesmo local da batalha anterior.
17 - a1-a3 d8-e7
Enfim, a grandiosa e real divisão mecanizada da rainha das negras entra em ação, oferecendo perigo à divisão mecanizada de torres móveis das brancas, e interpondo-se ao seu monarca frente ao avanço das brancas.
18 - d1-a1
A resposta das brancas é um imediato reforço em proteção e reforço do se avanço
18 - d1-a1 e7-c5
A rainha avança por uma diagonal escura com ímpeto, pretendendo passar sobre uma divisão de infantaria branca desprotegida, que serve, protege ou avança sob o comando do eminente bispo da rainha branca.
19 - a1-a2
A rainha branca protege imediatamente seus infantes, assumindo também o controle de uma importante via clara diagonal que conduz diretamente a f7, nas cercanias do monarca negro.
19 - a1-a2 a7-a6
Observamos agora apenas uma tímida carga de infantaria apoiada pela divisão mecanizada das negras, não de ataque, mas de defesa, apenas para dar espaço ao deslocamento da rainha negra se alinhar mais na extremidade da sua própria ala que está sob ameaça direta iminente de todo o exército branco.
20 - a3-a5
A divisão mecanizada de torres móveis se posiciona em a5 para oferecer combate frontal as forças reais da rainha negra.
20 - a3-a5 c5-a7
A rainha negra se move para apoiar sua infantaria mais estrema em sua própria ala na linha de combate.
21 - a2-d5
Agora a Rainha branca avança suas forças para a região central do palco da guerra, ameaçando simultaneamente diversos pontos estratégicos e fraquezas das forças negras, notadamente uma divisão inteira de cavalaria sem proteção em d7, presa pela responsabilidade, é o único responsável pelo apoio da sua infantaria pessoal do rei negro, bloqueada em e5.
21 - a2-d5 a8-d8
Agora a proteção aparece para o cavalo
22 - g5-g6
A carga agora é de uma divisão de infantaria que serve a cavalaria do rei branco, que avança para ameaçar f7 em apoio à sua rainha que ameaça se impor e fazer capitular ao rei negro pela força.
22 - g5-g6 f7-g6
não tem escolha aceitar o combate ou perecer, assim, as negras atacam com sua infantaria que protegia o monarca negro e bravamente vencem o primeiro embate
23 - f5-g6
Mas o ataque branco sim está em verdadeira maioria e a ameaça da infantaria é imediatamente substituida e refeita, agora inevitável.
23 - f5-g6 f8-e7
Uma tentativa de fuga ...
24 - d5-f7+
Enfim a dama branca entra em f7 e persegue de perto a fuga do rei negro.
24 - d5-f7+ e7-d6
o monarca está totalmente cercado e perdido
25 - a5-d5+
uma divisão mecanizada bloqueia a passagem do monarca negro em fuga
25 - a5-d5+ d6-c6
Ele tenta seguir adiante mas não resiste ao fechamento do cerco ...
26 - f7-e6++
e finalmente, o rei negro está cercado e sem mais qualquer defesa. Assim, pela força bruta, as negras capitulam ao poder das brancas.

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