16 de julho de 2009

Sistema de Integração Corporativa - Sicorp (versão alternativa)

Apresentação

Introdução

Banco de dados orientado ao objeto

Quando estamos lidando com dados uniformes na forma de números e caracteres os bancos de dados do tipo relacional têm maiores desempenhos que os bancos de dados orientados ao objeto. Mas quando estamos lidando com dados complexos os sistemas orientados ao objeto apresentam desempenho superior o oferecem maior funcionalidade.

Os sistemas de análise quantitativa empregados no controle financeiro e contábil das empresas, assim como os sistemas usados nas mesas de operações para realizar transações e acompanhar os valores dos ativos no mercado financeiro devem empregar um sistema de banco de dados do tipo relacional, porque nestes ambientes circulam apenas os dados uniformes do tipo numérico e "strings" de caracteres.

Os sistemas usados para a definição de estratégias e planejamento criativo são voltados para o estudo da conjuntura e da realidade única. Nesse ambiente há inúmeros atores e agentes, cada um em determinada posição e situação em relação aos demais. Cada agente tem um interesse e uma intenção revelada publicamente ou secreta, de modo que a sua reação diante dos fatos novos é sempre uma incógnita. Um sistema de estratégia e planejamento deve considerar as relações complexas que se estabelecem entre os objetos com existência e identidade no mundo real.Para isso, além de dados uniformes também é preciso empregar outras informações que somente podem ser traduzidas na forma de dados complexos de computador. Somente o banco de dados orientado ao objeto apresenta a versatilidade necessária para aquelas entidades que são consideradas no discurso estratégico.

A Estrutura Básica de Estratégia e Planejamento - EBEP-ISO

A estrutura básica de estratégia e planejamento é um conjunto de sistemas de informações imprescindíveis para implementar e apoiar os processos de inteligência em uma corporação moderna. De forma resumida, podemos citar como exemplo os seguintes sistemas imprescindíveis: o sistema de biblioteca e acesso remoto, para controle de bibliografia e acesso a bases de dados remotas, porque a instituição depende das informações da realidade externa; sem o sistema de acesso e protocolo é impossível controlar o fluxo de pessoas e de patrimônio físico na instituição; sem os sistemas de comunicação não haveria coordenação entre os órgãos; a lei exige guardar muitos documentos nos sistemas de controle de documentação em arquivos físicos da instituição; as ideias, planos e projetos não podem ficar apenas na imaginação, é preciso manter um sistema de gerência da criatividade e planejamento; finalmente, não se pode acompanhar e controlar se as atividades estão sendo executadas pelas pessoas e órgãos sem um sistema de acompanhamento e controle. Se apenas um desses sistemas básicos não funcionar a corporação entrar em colapso operacional.

Cada um dos sistemas básicos tem uma tecnologia própria e seu conteúdo operacional corresponde a pelo menos um curso de graduação na universidade. Nas corporações modernas esses sistemas foram sendo implementados um após o outro e podem estar integrados ou não, mas a alta conectividade dos sistemas e plataformas da atualidade permite que eles sejam interligados para transferência das informações, ou estejam disponíveis ao inicializar um terminal.

O estado atual da arte

Os sistemas básicos acima citados, embora existam nas empresas, na grande maioria são "peças de museu", porque foram desenvolvidos de forma adaptada, trabalham de forma isolada dos demais e são especiais para cada cliente, exatamente como os programa do tipo “chão-de-fábrica”, característicos dos setores de produção de bens e serviços, que são interligados por empresas especializadas em integração do tipo SAP. Por outro lado, para cada sistema básico das instituições há um conteúdo excelente disponível e padronizado, que é exigido para a certificação de qualidade ISO, que confere o máximo de eficiência ao sistema, se for utilizado.

Método científico

O método científico tradicional utiliza a lógica de classes para o tratamento das relações naturais de causa e efeito. Na ciência jurídica a lógica proposicional é a ferramenta usada para desenvolver análise de coerência. O método científico das ciências biológicas e comportamentais utiliza a lógica dialética para as coisas possíveis, e no tratamento dos problemas relacionados aos universos com grandes populações, aplica uma combinação de estatística e probabilidades.

Análise, segundo Descartes, é uma das quatro regras do método científico reducionista, que consiste em: "dividir cada uma das dificuldades, isolando-as em tantas partes quantas forem necessárias para melhor resolvê-las". A enumeração é outra regra do método científico de descartes, que recomenda realizar enumerações tão cuidadosas e revisões tão gerais, que se possa ter certeza de nada haver omitido. A evidência: é a regra da metodologia científica pela qual não se deve acolher jamais como verdadeira uma coisa que não se reconheça evidentemente com tal, isto é, evitar a precipitação e o preconceito e não incluir juízos, senão aquilo que se apresente com tal clareza ao espírito que se torne impossível a dúvida. A síntese é o processo de conduzir ordenadamente os pensamentos, principiando com os objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, em seguida, pouco apouco, até o conhecimento dos objetos que não se disponham, de forma natural, em sequência de complexidade crescente.

Quando o método científico reducionista, característico das áreas especializadas do conhecimento, é empregado nos trabalhos de planejamento econômico integrado, eles apontam soluções míopes e frequentemente inconsistentes, como costumam ser as análises econômicas ingênuas. Melhores resultados são obtidos no longo prazo com uma abordagem holística para analisar os complexos problemas da realidade única, a exemplo do "profeta do desenvolvimento", o professor Stephen C. Kanitz. ( segundo o Prof. Stephen Charles Kanitz, o profeta da riqueza, aquele que previu o fim da recessão brasileira com quase uma décadas de antecedência e só um ano de erro, afirma agora que o mercado doméstico não é exigente e está pronto para consumir produtos com qualidade, porém, menos sofisticados que os importados). A abordagem holística se desenvolve no sentido inverso da análise reducionista, porque busca estabelecer as relações, efeitos e influências que cada parte do problema exerce sobre as outras, em busca de soluções integradas.

Definição de Sicorp

O Sistema de Integração Corporativa - Sicorp é uma inovação tecnológica que reúne e disponibiliza o que existe de mais avançado em termos de tecnologia e conteúdo para corporações. Ele foi inspirado no modelo mais eficiente de sistema nacional de inovação, empregado pelos países mais desenvolvidos do mundo, que reúne a iniciativa privada, o governo e as instituições de pesquisa em torno de um sistema cumulativo de informações. O que estes sistemas têm em comum com o Sicorp é a Gerência da criatividade, a ciência mais importante hoje, porque é a única que possibilita os saltos de tecnologia.

O Sicorp é um sistema de Informática que foi desenvolvido para implementar o processo mais poderoso de inteligência para corporações, que consiste na utilização de todos os cérebros existentes na instituição, trabalhando em equipe na análise das informações de uma base cumulativas de dados, que traduzem os diversos aspectos da realidade única.

O Sicorp é um sistema de informações dotado de ferramentas informatizadas, que permitem o tratamento profissional da comunicação interativa e objetiva de grupos. Ele permite empregar as mais modernas técnicas e métodos operacionais, que aumentam a eficácia do trabalho das equipes multidisciplinares, especialmente, aquelas dedicadas à análise e solução de problemas transdisciplinares.

Os recursos do Sicorp permitem construir uma base cumulativa de dados simples e complexos, reunindo todas as informações disponíveis na instituição, ligadas de forma a garantir a coerência lógica. Para reunir e interligar todas as informações disponíveis de forma lógica, o Sicorp integra os sistemas imprescindíveis numa instituição, como: sistema de acesso e protocolo; sistema de comunicação; sistema de documentação; sistema de planejamento; sistema de controle de atividades e tarefas e os sistemas de informação em arquivos digitais, arquivos físicos, bibliotecas e acesso remoto.

O Sicorp é dotado de uma ferramenta inédita, o sistema de análise de coerência lógica de dados complexos no formato texto, que foi idealizada para facilitar análise amplas e complexas da realidade. Ele permite administrar as informações imprescindíveis para desenvolver atividades de planejamento complexo, comunicação objetiva, definição de estratégias, gerência da criatividade, acompanhamento e controle de atividades, avaliação de desempenho e assessoria para a tomada de decisão institucional. Para atualizar as informações da base cumulativa e incorporar novas informações o sistema de análise do Sicorp permite realizar a verificação de coerência lógica, para garantir que a nova informação está de acordo com as informações já existentes na base de dados.

Aplicação

A utilidade do Sicorp nas corporações e instituições financeiras está relacionada com o processo de acompanhamento e análise da realidade única para substanciar o processo de tomada de decisão dos dirigentes e orientar transações no mercado de capitais. Nas instituições públicas o Sistema tem aplicação no processo da atividade de política econômica para definição de políticas públicas.

A necessidade de Integração dos sistemas básicos

Os sistemas da estrutura básica de estratégia e planejamento não foram reunidos no Sicorp por mera vaidade, mas sim, de modo forçado, para atender aos requisitos de uma inovação tecnológica que foi introduzida, o subsistema de análise de informações do Sicorp.

A integração dos sistemas básicos é uma necessidade, porque toda a informação disponível em uma instituição está contida em alguma forma de documento. Mas existem documentos de diversos tipos e em diversos suportes, como: os documentos institucionais no suporte papel; os mapas; os gráficos; as fitas de vídeo, as fitas magnéticas de gravadores de som, os diversos tipos de arquivos de texto em suporte de mídia digital, etc. Cada sistema básico tem a função específica de administrar as informações contidas em um ou mais tipos diferentes de documento. Logo, para reunir a informação disponível na instituição e ao mesmo tempo evitar a duplicidade de informação, é preciso integrar todos os sistemas básicos em um único sistema.

Por atender à necessidade de integração, a plena compreensão da estrutura interna do Sicorp requer uma formação técnica generalista, porque o conteúdo do Sistema agrega conhecimento de alta tecnologia de Informática, Inteligência Artificial, Administração de Empresas, Gerência da Criatividade, Administração da Informação, Arquivologia, Biblioteconomia, Comunicação, programação operacional e métodos estatísticos diversos para ampliar a Inteligência nas corporações.

É perfeitamente possível construir o Sicorp de modo a utilizar uma base de dados isolada das demais bases de dados da Corporação. Mas, para que o Sicorp tenha o máximo de eficácia em uma corporação, o ideal é que todos os sistemas básicos da corporação estejam integrados em uma mesma hierarquia de objetos. Só assim todas as informações disponíveis na corporação podem ser reunidas em um único sistema cumulativo de informações e todos os cérebros da instituição podem colaborar com as atividades de inteligência compartilhando uma visão única da realidade.

É preciso integrar as bases de dados em meio digital com as informações dos documentos que estão guardados nas bibliotecas e nos arquivos de documentos em papel, nos cadastros de patrimônio, nas bases numéricas de dados uniformes, e nos demais sistemas de informação. Também é preciso levar em conta os documentos digitais que podem ser copiados de outras redes de computadores e outras bases de dados na Internet e bases remotas, bem como os documentos em elaboração, e finalmente os documentos novos ainda não submetidos à analise, que estão sendo gerados no seio da corporação.

Também será preciso integrar os sistemas de comunicação, sistemas de planejamento e controle, sistemas importadores de arquivos e os sistemas aplicativos geradores de documentos, editores de texto, planilhas eletrônicas, geradores de apresentações etc. para que haja um controle eficaz e completo de toda a informação existente na corporação, de forma a eliminar a possibilidade de duplicação e evitar o abandono ou perda da informação.

O Subsistema de Análise

O sistema de análise do Sicorp é um programa de informática para desenvolver as atividades de inteligência combinada e gerência da criatividade, que permite desenvolver análise de coerência lógica de informações no formato de dados complexos de texto em tempo real de leitura e digitação. O sistema de análise funciona a partir de um sistema cumulativo de informações cuja semântica e definição de escopo são estabelecidas sob responsabilidade humana.

Internamente o sistema de análise trabalha com as funções sintáticas da língua, morfologia, semântica dos termos do discurso, signos, caracteres, vocábulos do discurso estruturado, representações dos objetos com existência e identidade do mundo real, objetos virtuais internos persistentes, operações e metadados, proposições lógicas, abertos matemáticos, relações de associação, atributos, quantificadores e operadores lógicos.

Entender como o sistema de análise realiza as suas tarefas é complicado, exige paciência e conhecimento especializado em várias áreas do saber humano, porque ele está integrado aos demais sistemas existentes em uma corporação, por outro lado, entender o que o sistema pode fazer é muito fácil e se resume em análise de coerência lógica de informações no formato de texto.

Para implementar a coerência lógica, é preciso um mínimo de conhecimento de inteligência artificial e o princípio de funcionamento dos tradutores mecanizados de linguagem e técnicas de análise de documento, para saber o que é uma ideia isolada, o que é um pensamento, o que é um raciocínio e distinguir os diversos tipos de raciocínios que podemos construir e fixar em um documento de texto. No Apêndice 1 são dadas as definições desses termos e alguns esclarecimentos necessários para facilitar o entendimento.

Características técnicas do Sistema

Uma vez que a verificação de coerência lógica foi implementada e as fontes de informação foram especificadas, estejam os sistemas básicos integrados ou não, a utilização do Sicorp permitirá, em tempo real de leitura e digitação, as seguintes atividades:

. desenvolver soluções lógicas através da agregação de proposições positivas e dialéticas;
. verificar a coerência em bases de dados complexos de texto;
. desenvolver e aprimorar métodos operacionais e realizar análises epistemológicas;
. identificar linhas relevantes de estudo e pesquisa, para ampliar o conhecimento da realidade;
. definir parâmetros para traduzir e ampliar o conhecimento da realidade;
. apontar incoerências para direcionar a pesquisa e o desenvolvimento de estudos, planos e projetos estratégicos;
. programar, acompanhar e controlar a execução de projetos;

Conteúdo tecnológico básico

O conteúdo tecnológico básico do Sistema de Integração Corporativa - Sicorp - é matéria de domínio público e corresponde ao conhecimento atual dos cinco sistemas (c1, c2, c3, c4, c5) imprescindíveis em uma grande corporação. Esses sistemas são os componentes da Estrutura Básica de Estratégia e Planejamento - EBEP-ISO - que é usada na maioria das instituições.

Os componentes básicos do Processo de Estratégia e Planejamento Corporativo são:

a ) - estrutura física.
b ) - estrutura humana.
c ) - estrutura básica.
c.1 - Subsistema de comunicação;
c.2 - Subsistema de documentação (Arquivologia);
c.3 - Subsistema de Análise;
c.4 - Subsistema de Controle;
c.5 - Subsistema de Informações (Biblioteconomia);
d ) estrutura conceitual:
d.1 - tecnologia de uso da estrutura básica;
d.2 - componentes específicos do planejamento da corporação cliente;

Descrição dos elementos

a) Estrutura física

A estrutura física é constituída pelo espaço físico necessário para a instalação e proteção dos elementos do Sistema de Planejamento, como: instalações, sistemas de comunicação, equipamentos e instrumentos. Os sistemas de Planejamento Estratégico devem ser adaptados para as diversas realidades corporativas, como o uso de redes de computadores isolados ou interligados.

A instalação física da EBEP-ISO do SPIAM será um " showroom" dos produtos dos parceiros em regime de comodato, dirigido para a comercialização ampla em todo o mercado corporativo nacional e internacional.
A unidade EBEP-ISO destinada a atender ao portal SPIAM será montada com os produtos dos parceiros de alta tecnologia que apresentarem o melhor desempenho.

b) Estrutura humana

A estrutura humana é formada pelo grupo responsável pela manutenção do Sistema e pelos demais usuários do sistema dedicados ao planejamento. Os usuários do sistema podem ou não atuar ativamente no planejamento. Os usuários que participam ativamente do planejamento, além de consultar o Sistema, também são provedores de dados e informações;

c) Estrutura básica

Os componentes básicos de uma estrutura básica de estratégia e planejamento são os subsistemas indispensáveis em qualquer processo de planejamento moderno, independentemente dos objetivos específicos da corporação ou instituição que o adotar; como:

c.1) Subsistema de Comunicação, onde são desenvolvidos os protocolos de comunicação interno e externo;
c.2) Subsistema de Documentação, composto de um sistema de interface de banco de dados, vinculado a um acervo documental físico;
c.3) Subsistema de Análise e Síntese, onde são analisados os diversos documentos relacionados com uma situação problema e estruturadas analisadas e as alternativas de solução, produtos do processo de planejamento;
c.4) Subsistema de Controle, para desenvolver o controle e permitir o ajuste progressivo dos processos de planejamento;
c.5) Subsistema de Informações, que informa as fontes bibliográficas disponíveis nos acervos das bibliotecas e bases de dados, relativas aos assuntos tratados em uma situação problema do planejamento, para fins de substanciar as alternativas de solução e orientar a tomada de decisão;

d) Estrutura conceitual

A parte conceitual, constituída pela tecnologia de uso do Sistema de Planejamento e pelos componentes específicos ou instrumentos especializados, obviamente, será tanto mais eficiente quanto maior o nível de informatização.

d.1) Tecnologia de uso da estrutura básica
A tecnologia de uso da estrutura básica é justamente a metodologia padrão ISO correspondente a cada um dos sistemas básicos, amplamente conhecida e utilizada nas grandes corporações e a metodologia de análise, que deve ser adequada para cada instituição na sua atividade de planejamento, existindo uma grande variedade de possibilidades, conforme os atributos do planejamento sejam mais ou menos rigorosos.

d.2) Componentes específicos
Os componentes específicos de um sistema de planejamento são os subsistemas gerados pela informatização das ferramentas ou instrumentos metodológicos específicos de um determinado processo de planejamento do usuário, que podem ser eliminados em outros, sem que haja perda de eficiência nas rotinas de trabalho nem na qualidade dos seus resultados.
Os componentes específicos não farão parte do pacote inicial de ferramentas mas poderão ser desenvolvidos, caso haja interesse dos clientes em cobrir os custos correspondentes ao desenvolvimento.

e) Produtos do Sistema

O presente Sistema de Planejamento Corporativo é estruturado de forma a facilitar a obtenção e o desenvolvimento dos seguintes produtos:
Levantamento atualizado da realidade e suas tendências;
Definição dos cenários futuros com maiores probabilidades de ocorrência nos diferentes contextos, internacional, nacional, regional e institucional;
Diagnósticos, tendências e cenários setoriais específicos;
Diagnósticos atualizados da própria instituição que usa o Sistema;
Alternativas de planos estratégicos com grandezas adequadamente estimadas, premissas logicamente verificadas, estruturadas e estratégias justificadas;
Acervo documental contendo: registro das comunicações internas e externas, análise de documentos desenvolvidas pela equipe de planejamento, relatórios das atividades de planejamento, versões dos planos estratégicos adotados e alternativos, registros da execução das ações e intervenções programadas no plano adotado e respectivas mudanças de curso, adaptações e transformações, além de dados e informações relevantes no escopo do problema de planejamento.



Apêndice 1

O que é um fato?

Fato é um termo usado na linguagem científica para indicar qualquer coisa que existe na realidade. Assim, este texto é um fato, mas também é um fato que você o leitor está lendo este texto. As palavras que aqui estão escritas constituem um fato. Mas, por outro lado, não são fatos, o conjunto das ideias que estas palavras podem suscitar na mente do leitor, porque elas só vão existir, uma de cada vez, durante a leitura, quando o processamento mental se tornar também um fato. Na ciência um fato não é certo nem errado, é apenas um fato sem classificação. O fato apenas "é", se existe prova da sua existência ou "não é", se não existe tal comprovação. Os fatos podem ser produzidos espontaneamente na natureza ou provocados intencionalmente pelo homem, por exemplo, com o objetivo de estudá-los. Uma grande parte do esforço da ciência destina-se ao conhecimento dos fatos ainda desconhecidos e suas implicações. O conjunto dos objetos do mundo real são fatos da realidade, mas não são fatos a realização futura das promessas que fazemos uns aos outros. Assim, o valor variável associado ao dinheiro, sendo uma promessa de pagamento ainda a se realizar no futuro, não constitui nenhum fato, mas, mera ficção.

O que é uma ideia?

As ideias isoladas são entidades de informação que surgem naturalmente no interior da mente. As ideias surgem na mente por diversos motivos. Ideias como "faz frio", "está chovendo", são produto da estimulação dos sentidos. As lembranças de uma pessoa ou coisa são ideias que surgem na mente por causa das informações do passado que estão registradas na memória e surgem eventualmente em momentos de reflexão. A inteligência da mente humana é capaz de criar ideias novas, imaginar coisas que ainda não existem e assim por diante.

O que é um pensamento?

Um pensamento é uma associação que se estabelece entre duas ou mais ideias. Um pensamento pode ser simples ou complexo, envolvendo muitas ideias. A ligação entre as ideias pode ser de diversos tipos. Se estabelecermos ligações sem qualquer motivo entre as ideias, nós estaremos diante de um pensamento aleatório e muito provavelmente sem qualquer sentido; se estabelecemos associações do tipo emocionais entre as ideias, nós estaremos produzindo um pensamento no campo da poesia; quando nós estabelecemos associações entre ideias existentes e ideias criadas na nossa imaginação, nos estaremos muito provavelmente desenvolvendo um pensamento de ficção, que pertence ao universo da fantasia; Um pensamento pode ser uma declaração, pode ser uma questão em aberto ou pode ser uma suposição ou uma hipótese. Toda questão em aberto é um problema para a mente inteligente resolver.

O que é raciocínio?

Quando tentamos verificar uma hipótese para que ela se torne uma declaração, e para isso, nós usarmos a capacidade da razão da mente inteligente para ordenar as ligações entre os fatos, nós estaremos estabelecendo um raciocínio. Nem todo pensamento é raciocínio, porque raciocínio é uma associação especial de implicação entre duas ideias, onde a primeira é a premissas e a segunda a conclusão. Assim, quando nós mesclamos associações entre ideias conhecidas e verdadeiras com ideias falsas, ou nós estamos cometendo inadvertidamente um engano; quando apresentamos somente as virtudes ou somente os defeitos de alguma coisa, estamos gerando pensamentos tendenciosos ou ingênuos; quando a tendência dos pensamentos é intencional, nós estamos gerando uma peça de propaganda enganosa, com objetivo de persuasão; quando estabelecemos somente as relações francas entre as ideias nós estaremos descrevendo os diferentes aspectos da nossa visão de realidade, a nossa verdade particular; quando descrevemos as relações entre as ideias de acordo com os princípios gerais comprovados pela Ciência, estamos tentando estabelecer uma verdade única ou absoluta; quando estabelecemos um raciocínio através de associações sem sentido entre as ideias nós estamos desenvolvendo um raciocínio falacioso.

O que é raciocínio lógico?

Como vimos acima, as ideias, os pensamentos e os raciocínios podem ser de vários tipos. Mas um pensamento só é raciocínio lógico se ele satisfizer aos três princípios fundamentais da Lógica, que são: o princípio da identidade, o princípio da não-contradição e o princípio do terceiro-excluído. A Lógica não se preocupa se uma ideia ou pensamento é falso ou verdadeiro; a Lógica é apenas uma maneira particular de ordenar o pensamento, entre outras infinitas maneiras diferentes de se fazer isso, pois se estabelecemos outros princípios "lógicos" como sendo princípios fundamentais, matematicamente nós estaremos diante de outros tipos de lógica. Quem deve estabelecer se uma ideia é falsa ou verdadeira não é a Lógica, mas a Ciência. A utilidade da Lógica é apenas verificar se um raciocínio é válido ou inválido, ou seja, se um determinado raciocínio é composto de relações válidas a ponto de ser considerado coerente ou se apresenta relações não-válidas a ponto de ser considerado incoerente. Os documentos irracionais, sem sentido, contendo erros, os tendenciosos, poéticos, esotéricos, emocionais, subjetivos e falaciosos são inúteis para auxiliar racionalmente na tomada de decisão. Toda a informação técnica e científica é lógica, toda documentação institucional é um documento com valor jurídico, todo documento jurídico deve ser lógico, assim, todos os documentos institucionais, para terem valor operacional e jurídico, devem apresentar total coerência lógica em relação às suas declarações ou proposições.

O que é realidade?

O conceito de realidade não implica necessariamente no conjunto de todas as verdades absolutas, se considerarmos que: primeiro, a realidade é um conjunto de ideias que pertence ao domínio da percepção humana; segundo, que esta é limitada pelos sentidos, pelas limitações da razão e da inteligência humana; terceiro, a realidade de cada um está restrita ao universo limitado das informações corretas disponíveis. Assim o conceito de realidade é relativo e variável, no tempo e no espaço.

O que é conjuntura?

Conjuntura é o nome que se dá a uma visão abrangente da realidade econômica. A realidade econômica é dividida em duas partes bem distintas, a conjuntura real e a conjuntura fictícia: a primeira é estabelecida através de um conjunto de fatos da realidade que compõem a economia positiva ou economia real; a segunda parte da conjuntura se refere aquilo que podemos denominar de economia fictícia, porque trata com o valor presente e futuro dos bens e com as promessas de pagamento decorrentes do uso do dinheiro.

Mesmo considerando apenas a realidade positiva, podemos observar que ela está submetida a um contínuo processo de transformação, de forma que podemos dizer que a realidade é como o vento, quando encerramos o vento em uma caixa ele se torna ar estagnado, do mesmo modo, quando fixamos a realidade na forma de um conjuntura ela se torna uma imagem estagnada. Em função da complexidade, variedade e mutabilidade, haverá sempre, portanto, uma parcela da realidade que será desconhecida e não estará contida em uma determinada conjuntura. O melhor que nós podemos fazer é acompanhar o movimento da realidade através de um esforço de atualização permanente e contínuo.

Para melhor conhecer a realidade positiva os analistas de mercado desenvolvem os estudos de análise fundamentalista, que são baseados principalmente no que realmente existe em de cada sociedade de capital aberto do mercado de capitais, mas também considera as potencialidades futuras e bens imponderáveis. Os analistas de longo prazo estudam em conjunto, a influência mútua dos diversos setores da economia e seus mercados em expansão ou retração, tudo isso, levando em conta os aspectos políticos e sociais presentes na realidade, e suas respectivas tendências, dentre outras informações obtidas de forma exclusiva.

A conjuntura da economia fictícia é muito mais complexa, subjetiva e mutável que a economia real. Ela é objeto de procedimentos automáticos e de análises gráficas nas mesas de operação das instituições financeiras. A grande complexidade e mutabilidade da economia fictícia globalizada pode ser observada com a intensa alteração dos índices e cotações dos papeis da empresas nas bolsas de valores. Nesta área não mais é possível competir sem a ajuda de poderosos sistema informatizados de computação trabalhando com máquinas de grande capacidade.

O que é previsão?

Se perguntarmos a um analista de mercado de capitais se o trabalho que ele realiza é racional ou irracional ele certamente responderá que é racional. Esta resposta certamente se refere ao uso do raciocínio, mas não implica uso exclusivo da lógica, nem está amparada em certezas absolutas porque a decisão do mercado de capitais costuma ser também uma aposta intuitiva no futuro. Os fatos que vão ocorrer no futuro não existem ainda e nada garante que eles realmente venham a existir "de fato", assim, o que não existe não tendo identidade não atende ao primeiro princípio da lógica.

A Lógica que até aqui nos referimos e cujo poder de análise foi ultrapassado pela complexidade conjuntural, é denominada de Lógica de Classes. Para poder analisar melhor a conjuntura é preciso recorrer a um outro tipo de lógica, a Lógica Dialética, que um tipo de lógica que além de considerar as coisas que existem, também considera as coisas que têm possibilidade de existir, em termos probabilísticos.

A Lógica dialética segue aproximadamente os mesmos princípios da Lógica de Classes, estabelecendo associações entre as ideias ou declarações, onde as primeiras são as premissas e as segundas as conclusões. Mas o que é considerado falso e verdadeiro na Lógica Dialética nem é mais estabelecido pela Ciência, é meramente uma afirmação, pela qual assume total responsabilidade apenas pessoa do analista que desenvolve a análise.

Conclusão

Uma vez estabelecido, que tanto a Lógica de Classes como a Lógica Dialética podem ser sistematizadas através dos mesmos princípios de implicação, e que a lógica é a base dos computadores atuais que adotam o modelo Von Newman, então, se forem superadas as dificuldades da semântica da linguagem, será possível fazer com que o computador verifique a coerência lógica de uma base de dados no formato de dados complexos do tipo texto.

A utilidade de um sistema de verificação de coerência lógica é muito simples: além de evitar o retrabalho, erros e enganos internamente na corporação, causados por desinformação, aumentar o tempo disponível para o descanso e criatividade dos funcionários, a principal vantagem prática está na possibilidade de reduzir drasticamente o tempo de reação das corporações em relação aos fatos novos e potenciais da economia real e da economia fictícia. Uma análise conjuntural que hoje é feita em meses poderá ser realizada e atualizada instantaneamente, com maior qualidade, absoluta coerência e grande facilidade de verificação, colocando as corporações usuárias em grande vantagem em relação a todos os demais investidores no mercado de capitais.

Nenhum comentário: