14 de julho de 2008

Sistema de Integração Corporativa – Sicorp (Parte final)

O crescimento da complexidade

No passado, a tecnologia era rudimentar e as mudanças na sociedade humana ocorriam de forma lenta. A atividade de política econômica era praticada de forma empírica e os processos de ajuste eram “malthusianos”. Com o progresso das técnicas e a revolução industrial o mundo se transforma, as pessoas vivem mais e a população mundial se multiplica.

Os avanços da ciência e da tecnologia permitem uma crescente comunicação entre os povos e aumenta a demanda por inúmeros tipos diferentes de produtos e mercadorias. A “globalização” facilitou a transferência do conhecimento para todos os povos, acirrando a competição tecnológica entre os estados.

A eficiência dos processos de produção cresceu muito nos últimos séculos, apesar disso, para competir, as indústrias buscam sempre agregar valor aos seus produtos. O mercado de bens tradicionais é o mais árduo campo para competir, porque é preciso dominar uma técnica de ajuste fino das medidas e resultados. Hoje, para competir nessas áreas é preciso investir em robótica para reduzir ainda mais os "ciclos operacionais" nas plantas de fabricação de bens.

A competição tecnológica está provocando a redução contínua do ciclo de vida e aumentando o valor agregado aos produtos de alta tecnologia. A disputa tecnológica está voltada para o desenvolvimento de inovações, onde a comercialização ocorre sem concorrência.

A decisão de investimento exige cada vez mais rapidez, porque as transformações provocadas pelos saltos de tecnologia nas áreas de transporte, computação, comunicação, inteligência artificial e automação afetaram profundamente o ambiente econômico. O transporte de "mensagens para tomada de decisão" evoluiu desde o lombo de animais e do transporte marítimo para o rádio-telégrafo, e dai até o estágio atual, onde quantidades incríveis de informação trafegam por segundo.

Os banqueiros de investimento, especialistas em fusões e aquisições, estão lentamente sendo substituídos por operadores, especialistas em transferências lucrativas. As operadoras contratam PhDs ou "quants" para desenvolver programas secretos, inteligentes, voltados para administrar operações instantâneas de compra e venda de valores. O foco das finanças mudou de investimentos para transações, em conseqüência da automação e integração do mercado financeiro (Kurtzman, J.).

As mudanças tecnológicas podem alterar significativamente as relações econômicas entre as empresas e as nações. A escolha do investimento em tecnologia oferece infinitas possibilidades estratégicas e táticas. O aumento da complexidade no ambiente econômico pode ser visto pelo contínuo lançamento de novos produtos e pelas oscilações no mercado financeiro globalizado.

As transformações tecnológica são tão rápidas, que poucos estão podendo acompanhar e muito menos compreender os fatos da realidade. A quantidade de informação disponível está além da capacidade do ser humano.

Compreender um negócio, neste mar agitado que é a economia moderna requer grande esforço intelectual. Para isso executivos modernos usam os mais modernos sistemas de informação, inteligência, computação e comunicação. Esse uso já se reflete na economia americana, os investimentos em tecnologia aumentam a produtividade e as inovações em tecnologia da informação começam a mudar o modo de produzir riqueza (The Economist, july, 24-30 / 1999, pg. 22-24).

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